14 Novembro 2022
Pelo assassinato de seis padres jesuítas, nove soldados foram julgados como autores materiais do massacre.
A reportagem é publicada por TeleSur, 13-11-2022.
A comunidade jesuíta de El Salvador e centenas de cidadãos exigiram, neste sábado, o esclarecimento dos assassinatos de seis padres e três mulheres cometidos pelo exército durante a guerra civil (1980-1992).
Hace treinta y tres años me tocó decir ante los féretros de los jesuitas, "No han matado a la Compañía de Jesús, no han matado a la UCA". Hoy otros jesuitas y laicos/as siguen demostrando con sus vidas y servicio que es cierto lo dicho hace 33 años.
— josé maría tojeira (@ChemaTojeira) November 12, 2022
Com luzes, velas, flores e fotos das vítimas, centenas de pessoas fizeram uma procissão pelo campus da Universidade Jesuíta Centro-Americana (UCA), em San Salvador, capital do país, palco dos acontecimentos de 1989.
"A verdade é um direito do povo saber quem foram os que cometeram esses crimes hediondos (de padres e mulheres) e por que os cometeram para que não voltem a acontecer", disse à imprensa o atual reitor da UCA, o Pe. Andréu Oliva.
Por sua vez, uma das participantes da peregrinação disse à mídia local que “os padres assassinados eram pessoas boas que lutaram pelos pobres, por isso os lembramos e pedimos justiça”.
Por ocasião da comemoração, a Frente Universitária Roque Dalton (FURD) exigiu, em nota, a necessidade de “trazer à tona todas as atrocidades cometidas pelo exército nas ditaduras militares e o que a direita neoliberal continuou até hoje”.
Como Frente Universitario Roque Dalton (FURD) conmemoramos otro año más a los mártires jesuitas de la UCA.
— Frente Universitario Roque Dalton FURD (@furd_oficial) November 12, 2022
Acompañamos y participamos en la realización de la alfombra titulada "VERDAD, JUSTICIA Y REPARACIÓN".#MártiresUCA #FURD #UES #MemoriaHistórica @ysuca91siete pic.twitter.com/Y5Bnd1H7rq
"Porque a luta é justa, a esperança não esmorece", foi o lema escolhido para o 33º aniversário dos acontecimentos, enquanto se aguarda a justiça contra os mandantes do massacre.
Em setembro de 1991, um tribunal julgou apenas nove militares como autores materiais dos eventos, segundo documentos de organizações humanitárias.
Os participantes da cerimônia no campus da UCA lembraram que o massacre ocorreu naquele exato local na manhã de 16 de novembro de 1989 pelas mãos do extinto batalhão Atlacatl, em meio a uma ofensiva de guerrilha em San Salvador.
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El Salvador. 33 anos depois do assassinato dos jesuítas da UCA, os salvadorenhos ainda clamam por justiça - Instituto Humanitas Unisinos - IHU