07 Novembro 2022
Nessa sexta-feira, 4, o Santo Padre, que ainda está na cidade de Awali, fará três discursos. O primeiro é por ocasião do encerramento do “Bahrain Forum for Dialogue: East and West for Human Coexistence”; depois, no momento do encontro com o Conselho Muçulmano de Anciãos; e finalmente no encontro ecumênico e de oração pela paz na Catedral de Nossa Senhora da Arábia.
A reportagem é de Il Sismografo, 04-11-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Levando em conta que o papa está realizando sua 39ª peregrinação internacional até domingo, as 12 viagens já realizadas na Ásia – para visitar 18 países – representam 31% dos compromissos pastorais no exterior. O pontífice manteve sua palavra.
É preciso lembrar que, ao regressar do Brasil, onde foi presidir a Jornada Mundial da Juventude em 2013, ele explicou no avião: “Recebi um convite para ir ao Sri Lanka e também às Filipinas. É preciso ir à Ásia. Porque o Papa Bento não teve tempo de ir à Ásia, e é importante”. Com a única exceção das Filipinas, em todos esses países asiáticos visitados pelo papa, os católicos são uma minoria, às vezes uma presença muito pequena. Em outros países, os cristãos em geral, juntos, são confissões religiosas significativas.
O encontro, previsto para as 16h no Bahrein, ocorrerá na residência papal. A ficha do Dicastério para as Comunicações especifica: “O grão-imã da mesquita de al-Azhar e reitor da Universidade de al-Azhar, Ahmad Muhammad Al-Tayyeb, é uma figura de grande relevo na jurisprudência islâmica sunita, cuja influência é reconhecida em nível mundial (...) O grão-imã visitou o Papa Francisco em maio de 2016 e, para uma visita privada à Casa Santa Marta, em outubro de 2018. Ele acolheu o papa durante a Viagem Apostólica ao Egito, de 28 a 29 de abril de 2017, por ocasião da Conferência Internacional pela Paz, organizada por al-Azhar; e se encontrou com o Papa Francisco em Abu Dhabi, assinando com ele, em 4 de fevereiro de 2019, o ‘Documento sobre a Fraternidade Humana pela Paz Mundial e a Convivência Comum’, destinado a promover o diálogo entre cristãos e muçulmanos”.
Essa igreja do vigário apostólico da Arábia do Norte, “foi construída no município de Awali, em um terreno de 9 mil metros quadrados, doado por Sua Majestade o Rei Ahmad bin Isa Al-Khalifa em 11 de fevereiro de 2013, festa de Nossa Senhora de Lourdes, à comunidade católica, para ali construir uma igreja”.
Assim afirma a ficha do Dicastério para a Comunicação, que depois acrescenta: “O lançamento da pedra fundamental ocorreu em 31 de maio de 2014. O projeto de edificação da catedral foi realizado com a consultoria artística de Kiko Argüello, fundador do Caminho Neocatecumenal, por um grupo de arquitetos liderados por Mattia del Prete (...) A Catedral de Nossa Senhora da Arábia foi inaugurada em 9 de dezembro de 2021 por Sua Alteza o Xeique Abdullah bin Hamad Al-Khalifa, representando o rei Hamad bin Isa Al-Khalifa, na presença do cardeal Luis Antonio Tagle. O purpurado consagrou a catedral no dia seguinte, com a participação do núncio apostólico no Bahrein, Kuwait e Qatar, o arcebispo Eugene Martin Nugent, e do administrador apostólico da Arábia do Norte, Dom Paul Hinder. A maior igreja católica da Península Arábica pode acomodar 2.300 pessoas; tem uma forma octogonal altamente simbólica, em cujos cantos se encontram a Capela do Santíssimo Sacramento, a Capela de Nossa Senhora da Arábia e um espaço reservado aos confessionários. Em seu interior, conserva-se uma estátua policromada de Nossa Senhora da Arábia. A estrutura do edifício remete a uma tenda, que quer recordar aquela em que, segundo o Antigo Testamento, Moisés encontrou seu povo. Dezesseis ícones decoram o interior da igreja, com o ícone de Jesus Pantocrator no centro, retratando os principais mistérios da fé católica. O complexo da catedral também inclui um estacionamento subterrâneo, um centro de pastoral e a residência episcopal. A igreja está intitulada a Nossa Senhora da Arábia, cuja devoção remonta a dezembro de 1948, quando foi criada uma pequena capela com esse título no Kuwait, que abrigava uma estátua abençoada no Vaticano pelo Papa Pio XII. Em 1957, Pio XII proclamou Nossa Senhora da Arábia padroeira do território e do Vicariato Apostólico do Kuwait, e, em 2011, a Santa Sé a nomeou padroeira dos países dos dois Vicariatos Apostólicos do Golfo: o Vicariato Apostólico da Arábia do Norte e o Vicariato Apostólico Vicariato da Arábia do Sul”.
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Segundo dia do papa no Reino do Bahrein. Encontros com muçulmanos e católicos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU