22 Outubro 2022
"Reunir e dar apoios é tarefa imediata para ampliar a frente de resistência ao horror que nos cerca", escreve em artigo Clemente Ganz Lúcio, sociólogo, consultor, assessor do Fórum das Centrais Sindicais e ex-diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Alguma vez foi fácil? Desde meados dos anos 70 estou nesta trilha, sempre lutando. O olhar retrospectivo, nesse momento, recupera emoções, ansiedades e angústias de tantas batalhas.
O presente sempre cobra sua urgência e importância, especialmente de quem milita, atua e procura incidir nos destinos coletivos.
Sabemos o que está em disputa e sua vital importância. Há um país que se está a perder diante de uma nação dividida entre dois caminhos radicalmente diferentes. Diante disso, o novo crescimento da extrema-direita traz perplexidade, aqui pelo horror das tragédias já vividas, no mundo pelo que se observa e compartilha e por tudo que o que ameaça de futuro.
Mas o jogo social continua, ininterruptamente, como luta. Não há vazio na política. Por isso, observado o resultado alcançado nas eleições, arregaçar as mangas e seguir lutando, como sempre fizemos, para vencer no segundo turno.
Como destacaram muitas análises que circularam na grande imprensa e redes sociais, a Frente Lula/Alckmin obteve 48,4% dos votos válidos, com mais de 57 milhões de votos, o melhor desempenho de Lula em um 1º turno em todas as eleições que disputou. Nossa vitória no 2º turno será consolidada, sem cantar vitória antes, com muito trabalho de todos desde já.
Reunir e dar apoios é tarefa imediata para ampliar a frente de resistência ao horror que nos cerca. Unir em torno de propósitos a serem construídos nos próximos quatro anos a partir de uma atuação vigorosa e virtuosa nessas próximas semanas.
Devemos enfrentar com inteligência, no contato direto com a população, no trabalho de base e nas redes sociais, as práticas e redes que ativaram o conservadorismo.
O tempo exige prioridade absoluta para o trabalho organizando iniciativas para fazer chegar as mensagens à população. Ajudando e ampliando o trabalho que já se faz, somando esforços, integrando redes, favorecendo as iniciativas de incidência.
Temos a tarefa de apresentar nossas propostas para o crescimento econômico, para a geração de empregos de qualidade e crescimento dos salários com a inovação tecnológica e a industrialização do país; com medidas para o enfrentamento das desigualdades, da pobreza, da fome, da violência; para a proteção das pessoas e das famílias; para a sustentabilidade ambiental, entre tantas outras. Propostas que estão no Projeto Brasil Popular.
Temos uma só tarefa: lutar para vencer no segundo turno, mobilizando todas as nossas capacidades para concluir no próximo dia 30 o resultado que conquistamos neste primeiro domingo de outubro.
Seguir juntos, reunindo forças e ampliando nossa capacidade de lutar, porque esse é o caminho para consolidar a nossa vitória.
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Seguir e lutar para vencer. Artigo de Clemente Ganz Lúcio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU