30 Agosto 2021
Esta semana, do nada, Lula atravessou a rua para pisar numa casca de banana e voltou a defender a "regulação da mídia". Para quê? Apanhou feito cachorro vadio em todas as mídias, como há muito tempo não acontecia, com os comentaristas de sempre, acusando-o de querer censurar a imprensa. Aí não adianta falar em modelos de autorregulação na Inglaterra ou na Alemanha, sem explicar como isso funciona por lá, algo impossível num discurso ou numa entrevista. Lula deveria ouvir mais os governadores e parlamentares do partido, companheiros que têm voto, do que aqueles que só sabem dizer sim, senhor.
A opinião é de Ricardo Kotscho, jornalista, em Balaio do Kotscho, publicado por Portal Uol, 29-08-2021.
Ainda é tempo de balizar a campanha, desde já, em meia dúzia de prioridades e propostas factíveis para tirar o país do buraco, algo que o povo entenda, e não provocar polêmicas estéreis que só servem para alimentar os adversários.
Garantir três refeições por dia, teto e trabalho para todos os brasileiros (lembra?) ainda são as prioridades do país, que voltou ao Mapa da Fome, cinco anos após o golpe de 2016.
Costurar conversas políticas além da esquerda é bom e necessário para alargar o campo de alianças, mas já é hora também de voltar a se dirigir diretamente a quem tem fome, aos milhões de desempregados, às famílias das vítimas da pandemia, para que não percam a esperança. Sem esperança, fica difícil sobreviver até as próximas eleições.
A íntegra do artigo pode ser lida aqui.
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‘Já é hora de Lula voltar a se dirigir diretamente a quem tem fome’, afirma ex-assessor de imprensa do PT - Instituto Humanitas Unisinos - IHU