Defender a vida hoje no Brasil é lutar por vacinas para todas as pessoas, advoga a Pastoral Popular Luterana

Foto: Governo do Estado de SP | Flickr CC

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25 Junho 2021

 

Se Jesus é a Vida do mundo, Deus espera de nós que defendamos a vida em todas as suas dimensões, admoesta a mensagem da Pastoral Popular Luterana (PPL) emitida depois que o país atingiu a triste marca de 500 mil pessoas mortas pelo covid-19. “Difícil encontrar palavras que nos consolem, que nos ajudem a elaborar tanto luto, tanta perda, tanta ausência, tanta dor, tanto desamparo”, expressa a carta pastoral.

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.

Defender a vida em todas as dimensões hoje no país significa, afirma a PPL, defender vacina para todas as pessoas, garantir auxílio emergencial para mais de 15 milhões de pessoas desempregadas e suas famílias, apoiar campanhas massivas para o uso da máscara, apoiar pequenas e médias empresas, garantir crédito para a agricultura familiar, defender, de forma intransigente, povos e territórios indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais.

A carta pastoral recorre ao filósofo camaronês A. Mbembe, que formulou o conceito de necropolítica, a política da morte. “Quando um governo de um país decide deliberadamente desprezar medidas como providenciar em tempo vacina para toda sua população”, desconsiderar o distanciamento social, medidas que poderiam salvar muitas vidas, a nação chega a uma situação-limite. “Não é justo, não é razoável, não é admissível suportar um governo inepto, iníquo, ímpio. Toda piedade tem limites. Este limite chegou”, entende a coordenação nacional da PPL.

Ao se solidarizar com as famílias brasileiras que choram a perda de entes queridos em todo o país, a carta pastoral lembra que “de uma comunidade cristã se espera também ações de solidariedade, de apoio, de consolação nos momentos mais trágicos”, o que muitas comunidades de fé têm demonstrado.

Esta luta, enfatiza a carta pastoral, “é de todas as pessoas que se confessam testemunhas da ressurreição! Nada pode justificar neste momento trágico da vida nacional a nossa omissão”. A mensagem finaliza lembrando o Salmo 92: os ímpios podem brotar como erva do campo e suas políticas podem florescer como flores que matam, mas irão perecer! Serão destruídos, mais dia, menos dia.

“Ora, o Deus da Paz é também o Deus da Justiça. Que este Deus nos cubra com sua graça e bênção!”

 

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