• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Um ano depois de Covid-19 somos reféns das multinacionais farmacêuticas

Mais Lidos

  • Nenhuma ‘Nakba’ parece acordar o mundo. Artigo de Ivone Gebara

    LER MAIS
  • Para o professor e pesquisador de origem judaica, o genocídio em Gaza está sendo concretizado pela inação do Ocidente, que não se manifesta por meio de sanções contra os planos de Netanyahu

    O mundo está inerte diante da ofensiva final de Israel contra a Palestina. Entrevista especial com Bruno Huberman

    LER MAIS
  • O alívio do Opus Dei durou pouco: Leão XIV exige a reforma de seus estatutos e a causa é reativada na Argentina

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    5º domingo de páscoa – Ano C – A comunidade do ressuscitado

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

08 Fevereiro 2021

"O Covid-19 impõe um profundo repensar, uma nova cultura sanitária em chave europeia. Agora que estamos em um momento de pandemia, a Comissão precisa apoiar imediatamente a renúncia aos direitos de propriedade intelectual, conforme previsto pelo tratado fundador da Organização Mundial do Comércio, e como solicitado pela Índia e África do Sul: para liberar o conhecimento científico produzido com fundos públicos e incentivar o protagonismo de novos sujeitos na luta contra o Covid-19 é uma necessidade real, para derrotar o vírus", escreve Nicoletta Dentico, jornalista e analista sênior de políticas em saúde global e desenvolvimento, que atualmente lidera o programa de saúde global da Sociedade para o Desenvolvimento Internacional (SID), em artigo publicado por Giornale, 26-01-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

A euforia em torno das vacinas e a campanha de comunicação ativada pelos governos no final de 2020, com o anúncio de que seu advento teria marcado o início do fim da pandemia, suscitaram algumas perplexidades na comunidade científica, devido às expectativas geradas. Claro, o fato de duas vacinas - Pfizer/Biontech e Moderna - terem sido descobertas e colocadas em produção em um tempo recorde, 10 meses em vez dos habituais 10-12 anos, e com uma eficácia inicial de tirar o fôlego, acima de 90%, é um verdadeiro milagre da medicina. E é uma ótima notícia que outras vacinas estão em estágio avançado de testes clínicos, em mais partes do mundo. Uma mobilização científica tão centrada contra o mesmo vírus nunca havia sido vista. Mas o cenário continua cheio de armadilhas, e não apenas pelas incógnitas sobre a evolução do vírus.

É preciso apoiar imediatamente a renúncia aos direitos de propriedade intelectual, conforme previsto pelo tratado fundador da Organização Mundial do Comércio, e como solicitado pela Índia e África do Sul – Nicoletta Dentico

Para começar, a chegada das vacinas marca o fim do início da pandemia, na melhor das hipóteses. A gangorra de notícias sobre atrasos nas entregas de vacinas projetam o claro-escuro de um rude despertar, o primeiro banho de realidade após o atordoamento da propaganda natalina.

Vamos ser claros: colocar no mercado uma produção em larga escala em poucos meses para combater uma pandemia em regime de emergência não é brincadeira. Isso nunca aconteceu antes. Portanto, não deve surpreender que um terço dos 27 países europeus registrou fornecimento insuficiente dos produtos e 6 governos (Suécia, Dinamarca, Finlândia, Lituânia, Letônia, Estônia) escreveram à Pfizer/Biontech para pedir "estabilidade e transparência no prazo entrega de vacinas". Acompanhar a demanda é um desafio que não contempla ambiguidades por parte da indústria, muito menos falsas promessas. Os atrasos nas tabelas de entrega acordadas não apenas impactam os cronogramas de vacinação para a administração da segunda dose, mas podem comprometer a eficácia geral do plano de vacinação. O cabo de guerra entre governos e empresas relembra fragmentos da história já vividos vinte anos atrás com a pandemia de HIV/AIDS. Não podemos repetir aquele script para as vacinas pandêmicas.

Também porque, desta vez, o financiamento público funcionou como uma alavanca em uma rota científica sem precedentes. Junto com as novas tecnologias, os fundos governamentais revolucionaram a pesquisa clínica, favorecendo sua aceleração extrema. O recente relatório da fundação KENUP revela que em 11 meses de atividade sobre o SARS-CoV-2, o setor público investiu 93 bilhões de dólares, 95% dos quais destinados às vacinas - 86,5 bilhões - e 5% para medicamentos e diagnósticos.

Liberar o conhecimento científico produzido com fundos públicos e incentivar o protagonismo de novos sujeitos na luta contra o Covid-19 é uma necessidade real, para derrotar o vírus – Nicoletta Dentico

A injeção vem de países industrializados: 32% dos Estados Unidos (Operação WARP Speed), 24% da Comissão Europeia, 13% do Japão e Coréia do Sul.

A fatia financeira mais consistente foi para pequenas e médias empresas e 18% para os grandes produtores farmacêuticos. As biotech tiveram um papel determinante contra a Covid-19. Empresas desconhecidas como a estadunidense Moderna ou a alemã CureVac e a BionNThec, especializadas em tecnologia de RNA mensageiro, são as protagonistas absolutas dessa história de inovação, com resultados estratosféricos no mercado financeiro: em meados de agosto, a CureVac viu subir seus títulos em 249,4 % em 24 horas, 400% em dois dias. Para a alegria da Fundação Bill & Melinda Gates, um dos principais investidores.

No frenesi da corrida pela reserva, os governos ocidentais operaram na esteira de um incompreensível laissez faire em relação às indústrias, para as quais também distribuíram montanhas de dinheiro. Não negociaram as restrições comerciais e a flexibilidade de tempo e preço do regime pandêmico. Não estabeleceram cláusulas de transparência - os acordos são secretos - nem estabeleceram ex ante as condições de acesso à vacina segundo critérios de saúde pública, com um olhar além dos países ocidentais.

Outra pesquisa farmacêutica é possível. Depois do Covid-19, indispensável – Nicoletta Dentico

A vacina não existe em isolamento: precisamos de uma estratégia de vacinação adequada, condições de adaptação aos diferentes contextos. Quem e quando imunizar, e em que ordem de prioridade (se a disponibilidade da vacina for limitada), são decisões a serem tomadas com base nas informações epidemiológicas e nas propriedades da vacina que são suscetíveis a mudanças dependendo da evolução da doença e da eventual presença de outras vacinas, numa análise dinâmica e nunca tida como certa de riscos e benefícios. Ainda assim, com a Covid-19, esses objetivos de saúde pública correm o risco de se perder na prática confusa de acordos bilaterais - 44, segundo a OMS, 12 dos quais foram firmados apenas em 2021 - com as empresas para doses adicionais ad hoc.

O Covid-19 impõe um profundo repensar, uma nova cultura sanitária em chave europeia. Agora que estamos em um momento de pandemia, a Comissão precisa apoiar imediatamente a renúncia aos direitos de propriedade intelectual, conforme previsto pelo tratado fundador da Organização Mundial do Comércio, e como solicitado pela Índia e África do Sul: para liberar o conhecimento científico produzido com fundos públicos e incentivar o protagonismo de novos sujeitos na luta contra o Covid-19 é uma necessidade real, para derrotar o vírus. Além disso, a Europa precisa preparar o mais rapidamente possível uma pesquisa e produção públicas de produtos farmacêuticos e médicos essenciais, para emancipá-la da lógica individualista de cada estado membro na gestão das próximas pandemias, já no horizonte. Outra pesquisa farmacêutica é possível. Depois do Covid-19, indispensável.

Leia mais

  • "Trágico fracasso ético". A Europa esqueceu-se da vacina para os pobres
  • Pandemia dispara a corrida entre as grandes potências e farmacêuticas para aproveitar o novo mercado de vacinas
  • Interesses da indústria e disputas políticas decidirão acesso à vacina, afirma ex-ministro
  • Os dragões da maldade e os santos guerreiros: indústria da doença na pandemia
  • Sem quebra de patente, vacinas contra covid não chegarão a todas as pessoas do mundo. Entrevista especial com Maitê Gauto
  • Um “plano” de vacinação sonolento e inaceitável
  • "Trágico fracasso ético". A Europa esqueceu-se da vacina para os pobres.
  • “Vacinas para todos!” Declaração da Pontifícia Academia para a Vida sobre as vacinas contra a Covid-19
  • Vacinas, saúde para todos sob o domínio do mercado
  • A vacina não é um bem comum
  • AstraZeneca-Oxford, uma vacina milagrosa para os países em desenvolvimento?
  • Vacina já com data e hora marcada
  • Papa Francisco: “Acredito que eticamente todos devam tomar a vacina”
  • Quem deve ser vacinado primeiro?
  • Vacinar-se: uma escolha moral
  • Entidades se posicionam contra vacinação privada: medida seria ‘moralmente inaceitável’
  • Fornecer a vacina a todos é uma meta possível
  • O grito de socorro dos virologistas africanos: “Não podem nos deixar sem vacinas”

Notícias relacionadas

  • O retorno de doenças vetoriais é sintoma de políticas públicas não integradas. Entrevista especial com Marcia Chame

    LER MAIS
  • Mal do país de Oswaldo Cruz persiste há 100 anos

    LER MAIS
  • Febre amarela entre nós

    LER MAIS
  • Febre amarela: os enigmas que a ciência ainda não consegue explicar

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados