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“Fratelli Tutti” oferece uma nova linguagem para a solidariedade muçulmana-católica

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14 Novembro 2020

“A encíclica do Papa – articulada em um idioma compartilhado – trata de nossas crises globais e nos empurra a forjar um novo paradigma de solidariedade social. Muçulmanos e católicos se encontram em um momento crítico em que as possibilidades de inauguração desse paradigma estão maduras”, escreve Asad Dandia, educador graduado em Estudos Islâmicos na Columbia University, em artigo publicado por National Catholic Reporter, 12-11-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

 

Eis o artigo.

 

“Oh humanidade! De fato, nós criamos vocês do homem e da mulher, e lhes fizemos em povos e tribos para que vocês possam se conhecer. Certamente o mais nobre de vocês aos olhos de Alá é o mais justo entre vocês. Alá é verdadeiramente Onisciente”.
Alcorão 49, 13.

 

Esse versículo corânico é emblemático do abraço da tradição islâmica à pluralidade e seu chamado a bondade. A primeira parte afirma que a diferença humana não um acidente, nem um desvio a ser consertado, mas uma manifestação intencional do plano divino para os seres humanos “conhecerem um ao outro” em sua pluralidade. A segunda parte, seguida de uma afirmação de pluralidade, confere nobreza não à nacionalidade ou ao tribalismo, mas à justiça. Esse poderia ser um verso da Fratelli Tutti.

Para muçulmanos, o Alcorão é um discurso divino de Deus, articulado na linguagem árabe e revelado para o profeta Maomé através do arcanjo Gabriel por um período de 23 anos. Serve como um guia ético-moral para as sociedades há séculos, desde os Balcãs à Indonésia e, como uma recente pesquisa demonstrou, às Américas.

Esse texto sacro informou que as vidas de mais de 1 bilhão de crentes através do tempo e espaço sem homogeneizá-las em uma singularidade monocromática tem sido louvada como uma das qualidades da civilização muçulmana. E uma vez que a era da profecia terminou com Maomé, torna-se prerrogativa de todos os crentes forjar um paradigma profético de retidão recorrendo ao idioma comum do Alcorão.

Quando li a nova encíclica do papa Francisco sobre solidariedade, vi um toque de clarim apaixonado do líder da única outra comunidade religiosa com diversidade e números comparáveis, exortando da mesma forma seus seguidores a ideais ético-morais mais elevados em um idioma comum. Mas foi dentro das particularidades desse idioma que paradoxalmente o fez ressoar universalmente. Muito frequentemente o engajamento inter-religioso centra o comum às custas da diferença, mas é precisamente ao abraçar a última que a verdadeira solidariedade é afirmada.

Como meu colega Jordan Denari Duffner escreveu, embora a própria encíclica não mencione “Islã” ou “Muçulmanos”, sua mensagem é claramente animada por encontros católicos muçulmanos – o encontro de São Francisco de Assis com o sultão Malik al-Kamil em 1219 e o encontro do papa Francisco com o Grande Imã de Al-Azhar em 2019 – que servem como modelos para a solidariedade social em nossas tradições.

Católicos e muçulmanos representam, em conjunto, cerca de um terço de todas as pessoas, e o bem-estar do mundo depende não apenas de nossas relações uns com os outros, mas de nossas relações com a humanidade como um todo. Não é apenas que nossas respectivas tradições nos ensinam a ser bons e justos, mas que nos oferecem uma linguagem que pode expandir os horizontes de como pode ser a solidariedade social enquanto o mundo luta com crise após crise.

Para usar um idioma compartilhado entre nós, pode-se dizer que estamos vivendo na era dos faraós. Os muçulmanos estão sob cerco na França, Índia, Mianmar e China, e comunidades cristãs centenárias no Oriente Médio e na Ásia sofrem perseguições sem precedentes. Em meio a esse trauma, o papa Francisco começa sua encíclica com um paradigma de amizade que se baseia em encontros católicos muçulmanos para enfatizar a possibilidade da fraternidade humana. Os muçulmanos fazem parte da família humana, não como competidores nem como subordinados, mas como iguais.

Os encontros históricos entre o islamismo e o catolicismo contêm conflito e comunhão, e os crentes em ambas as tradições devem lidar com o peso de sua história, mas o fato de haver uma história aponta para uma potencialidade do que ainda está por ser.

Como pode ser uma nova linguagem de solidariedade católica-muçulmana neste momento?

Um dos conceitos centrais de solidariedade social na tradição islâmica é a ordem de “ordenar o bem e proibir o mal” (أمر بالمعروف وائل نهي عن المنكر), que o sábio muçulmano Imã al-Ghazali (falecido em 1111) referiu como “o maior eixo na religião e a principal preocupação para a qual Deus enviou todos os profetas”.

Embora haja uma rica discussão dentro da tradição islâmica quanto às categorias, práticas e implementação do conceito, sua centralidade como uma força orientadora para os crentes é afirmada dentro do próprio Alcorão.

O estudioso Talal Asad escreve que a tradição do Islã de impor o bem e proibir o mal pode potencialmente forjar um paradigma de amizade e responsabilidade mútua fora do Estado e do capitalismo, e nos ajudar “a dispensar nossa linguagem de poder soberano, com suas obsessões calculistas e lógicas e corrida para o progresso que essa linguagem nos convida a aderir”.

Suspeito que o Papa também reconheça a urgência de um novo paradigma. Ele indica isso ao rejeitar “um populismo que explora [os vulneráveis] demagogicamente para seus próprios fins” e “um liberalismo que serve aos interesses econômicos dos poderosos”.

Ao mesmo tempo, ele reafirma, como fez com o grande imã (devo salientar que não há analogia com o Papa no Islã. O grande imã é reitor da instituição sunita mais respeitada do mundo, mas ele não possui uma posição teológica como tal), que “não ignoramos os avanços positivos feitos nas áreas da ciência, tecnologia, medicina, indústria e bem-estar”, mas que todos esses avanços são tão bons quanto os seres humanos os fazem avançar.

Nem atribuindo desigualdade econômica, conflito armado, xenofobia populista e destruição ambiental ao fatalismo, nem os descrevendo como o estado natural das coisas, Francisco reconhece o papel da agência humana em gerá-los e desafiá-los.

Ao canalizar a tradição latino-americana radical que influenciou sua personalidade, Francisco visa vigorosamente às condições materiais que privaram as massas mundiais da capacidade de viver uma vida digna. Em um mundo que se esgota com a fala vazia, a encíclica evita se entregar a banalidades vagas e egoístas. O discurso religioso frequentemente fica tão enredado em debates teológicos escolásticos ou sermões paternalistas que cuidar do bem-estar humano geralmente fica em segundo plano. Nossas teologias não devem ser meramente enunciadas, mas corporificadas, e nossas práxis não devem ser antropocêntricas, mas antropológicas. Temos o dever de mostrar como Deus pode e deve estar presente para atender às nossas necessidades imanentes.

A encíclica do Papa – articulada em um idioma compartilhado – trata de nossas crises globais e nos empurra a forjar um novo paradigma de solidariedade social. Muçulmanos e católicos se encontram em um momento crítico em que as possibilidades de inauguração desse paradigma estão maduras. Somos nações e tribos, diferentes, mas, precisamente por causa dessa diferença, devemos proteger uns aos outros como testemunhas em nome de Deus.

Como diz o Alcorão, “Se Deus não repelisse algumas pessoas por meio de outras, muitos mosteiros, igrejas, sinagogas e mesquitas, onde o nome de Deus é muito invocado, teriam sido destruídos” (Alcorão 22, 40). Fazer a obra de ordenar o bem e proibir o mal é fazer a obra dos profetas na era dos faraós. Mas a missão profética acabou, então é nosso trabalho assumir o manto e forjar um paradigma profético.

 

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