15 Mai 2020
Aldeias indígenas Kaigang de Tabaí, Estrela e Lajeado, no Alto Taquari, receberam, na terça-feira 12, a doação de 1.160 quilos de alimentos – arroz, feijão, farinha de milho, leite, bolachas –, de produtos sanitários, máscaras e roupas, arrecadados pelos 50 grupos de mulheres vinculados à Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) da região.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
Os caciques das aldeias agradeceram a doação, que chegou em boa hora, disseram, pois estão impossibilitados de vender artesanato em função das restrições associadas ao combate do covid-19.
Essa limitação também dificultou o trabalho dos 50 grupos da Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas (OASE) na angariação dos produtos. Acatando orientações das autoridades da saúde e da própria igreja, os grupos não estão se reunindo presencialmente nesses tempos de coronavírus. As mulheres mobilizaram-se via telefone e mensagens de whatsapp.
Motivadas pelas palavras do apóstolo Paulo – “não nos cansemos de fazer o bem”, em Gálatas 6,9 – os grupos de mulheres luteranas não se cansaram com a campanha, “mas nos animamos para as próximas que poderão vir. Esta é a vocação da OASE”, que presta serviços nas comunidades, de modo especial na área de visitação e eventos, declarou ao grupo de emissoras Independente a presidenta da Ordem do Vale do Taquari, Gladis Kettermann Dickel.
Em Manaus, a comunidade anglicana local, em parceria com a Associação de Mulheres Indígenas Artesãs do Alto Rio Negro, também distribuiu cestas básicas para mais de 70 famílias indígenas. Na capital paulista, o Exército da Salvação serve, diariamente, refeições e produtos de higiene – álcool em gel, escovas de dente, sabonetes – a moradores de rua, informa o portal do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).
O mesmo acontece em Maceió, onde voluntári@s da Igreja Batista do Pinheiro, vinculada à Aliança de Batistas do Brasil, distribuem comida e materiais de higiene pessoal a famílias de bairros da periferia e moradores de rua que não conseguem vaga em abrigos. Desde 2017, um grupo de homens e mulheres desenvolve o projeto Banho Solidário, que oferece local apropriado para que pessoas em situação de rua possam se lavar.
A Arquidiocese de Curitiba lançou um serviço de escuta telefônica solidária, um ouvido aberto a pessoas que se sentem solitárias ou emocionalmente abaladas neste momento de isolamento social. Em forma de revezamento, 65 voluntári@s atendem o telefone (41) 3550-0003, que está disponível, diariamente, das 6h às 22h30.
A Paróquia Nossa Senhora do Rosário, de Teutônia (RS), está produzindo máscaras de proteção, que são vendidas a 2 reais cada, dinheiro que cai num fundo para aquisição de roupas e cestas básicas que são distribuídas a famílias necessitadas. A campanha é tradicional na paróquia, mas este ano ganhou um novo componente com a pandemia do covid-19, explicou o padre Eduardo Schuster à Folha Popular. Quem não têm condições de adquiri-las recebe as máscaras gratuitamente.
Anglican@s distribuíram 450 máscaras de proteção ao coronavírus no maior bairro indígena da capital amazonense, o Parque das Tribos. Mulheres da Congregação Evangélica Luterana Castelo Forte, de Canoas (RS), produziram máscaras e aventais para uso das equipe de atendimento básico de hospitais e clínicas de atendimento a idos@s do município.
O projeto Máscara com Amor, da Comunidade Evangélica da IECLB em Lajeado (RS), já distribuiu mais de 2 mil dessas confecções à população. As máscaras são embaladas em sacos plásticos, que são pendurados na cerca do templo, localizado na rua principal da cidade, e ficam disponíveis às pessoas, que ainda recebem a seguinte mensagem:
A fé não descansa nem tira férias. Ao testemunhar o amor de Deus através do gesto de confeccionar máscaras, sabemos que a igreja tem um chamado para a transformação social. Mais de 40 voluntárias participam deste projeto. Leve uma máscara para você e ore pelas pessoas, comprometa-se com um mundo melhor e saiba que você não está sozinho. Com carinho, Equipe Máscaras com Amor.
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Comunidades eclesiais realizam ações solidárias em tempos de coronavírus - Instituto Humanitas Unisinos - IHU