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“O ensino a distância corre o risco de piorar as desigualdades”. Entrevista com Pascal Plantard

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01 Abril 2020

Desde 16 de março, escolas e universidades estão fechadas. As escolas recebem apenas os filhos da equipe de saúde. Professores e alunos não estão de férias. Os professores devem enviar regularmente lições e deveres de casa pelas plataformas dedicadas a dar uma “continuidade pedagógica”.

A entrevista é de Eva Mignot, publicada por Alternatives Économiques, 27-03-2020. A tradução é de André Langer.

Mas nem todos, crianças e adolescentes, são iguais diante de seu computador. Se os alunos de origens privilegiadas costumam contar com os pais para esclarecê-los e orientá-los tanto no conteúdo educacional quanto no uso da tecnologia digital, os outros podem se sentir perdidos ou até mesmo abandonar completamente os estudos. A desigualdade digital de fato existe. Pascal Plantard expressa seus medos.

Pascal Plantard é professor de ciências da educação na Universidade de Rennes 2 e antropólogo dos usos das tecnologias digitais.

Eis a entrevista.

Podemos temer, nestes tempos de reclusão, que o ensino a distância tenda a aumentar as desigualdades educacionais?

Isso está muito claro. Estudos internacionais como Pisa já o demonstraram, nossa escola já é estruturalmente desigual. É provável que o ensino a distância agrave ainda mais as coisas.

Por um lado, contrariamente à crença popular, nem todos estão conectados: nove em cada dez pessoas são consideradas “internautas” e 10% da população raramente usa a internet. Portanto, restam-nos mais de 80% das pessoas que se conectam com bastante regularidade. Sabendo que em Paris a taxa é próxima de 100%, mas que em algumas áreas rurais e até mesmo em alguns distritos urbanos, cai para 50%! A questão das zonas brancas ainda é muito atual.

Por outro lado, devemos desconstruir a mitologia dos nativos digitais: todos os jovens nasceram com o digital e, portanto, dominam perfeitamente seus códigos. Dentro de uma mesma faixa etária, existem diferenças muito significativas no uso da tecnologia digital. Nem todos os adolescentes conectados à internet têm condições de traduzir seu uso em competências aproveitáveis no trabalho escolar.

Isso é ainda mais verdade uma vez que o acompanhamento dos pais na escola a distância não é o mesmo nas famílias mais abastadas e nas mais desfavorecidas...

De fato, quando os pais são forçados a tirar o nariz dos smartphones e a mergulhar em um ambiente mais exótico, como o TikTok ou o Snapchat, percebemos que há grandes diferenças dependendo do ambiente social: as famílias desfavorecidas são mais carentes.

Elas também exercem menos controle parental do que as outras; assim, seus filhos costumam ter mais uma televisão, um console de jogos ou até um computador no quarto do que em ambientes socialmente favorecidos. Para os professores, a principal dificuldade consiste em atrair os alunos para uma escola digital, socialmente útil e não apenas baseada no lazer.

Uma pequena e simples ilustração: poucos alunos têm um endereço de correio eletrônico pessoal. No entanto, o acesso ao ENT, o espaço digital de trabalho da Educação Nacional, está precisamente condicionado a um endereço de correio eletrônico. O uso de correio eletrônico deixa totalmente para trás alguns alunos: para o envio de currículos ou de exercícios. Podemos então nos encontrar em situações favoráveis ao abandono escolar.

Vemos professores recorrer às ferramentas digitais preferidas dos seus alunos, como o Discord, usado principalmente por jogadores ou ainda o FaceTime. Essa é uma maneira de capturar as pessoas que mais sofrem com as desigualdades ligadas à escola a distância?

As EdTech (1) ou os Gafa podem oferecer ferramentas, os professores “caçam furtivamente”: eles usam outras ou desviam-nos de seu propósito original. Alguns deles separam os conteúdos pedagógicos dos canais de comunicação. Por proposta dos alunos, eles usam Discord, stories Snapchat ou grupos Instagram.

Para esses professores, o objetivo é conseguir recuperar os alunos que estão afastados da escola e dos usos digitais, usando seu próprio ambiente tecnológico ordinário para, em seguida, fazê-los retornar aos conteúdos mais clássicos. É uma transformação que tem suas consequências: em poucas semanas, a escola ocidental no sentido amplo terá de fato mudado.

Os cursos de informática e de iniciação ao digital não contribuíram para fazer as coisas acontecerem?

Difícil dizer. Os sucessivos ministros da Educação nacional tiveram a tendência de desfazer o que seu antecessor realizou ou, pelo menos, de seguir uma direção completamente diferente. O governo pegou o último chocalho da moda. François Hollande, por exemplo, queria criar um impacto midiático ao distribuir tablets para os alunos de uma série dos “collèges”.

Mas nós sabemos muito bem que a simples distribuição de material nunca funcionou para reduzir o fosso digital. São necessários tempo e recursos humanos. Nos últimos anos, entre ensinar a dimensão crítica e social da tecnologia digital ou aprender o código, os governos nunca foram realmente capazes de decidir. Mas um não se opõe ao outro, pelo contrário.

Quem são os públicos mais expostos ao aumento das desigualdades entre alunos com esse ensino a distância? O primário? O “collège” ou o “lycée”? (*)

As distâncias culturais e as dificuldades de acesso às tecnologias digitais geralmente estão mais relacionadas à família do que à idade dos alunos. No entanto, é verdade que outros fatores entram em jogo.

Devemos lembrar que grande parte da organização do primeiro grau nunca se fez a pergunta sobre as tecnologias digitais na escola. Até a semana passada, algumas escolas não tinham um ENT (espaço digital de trabalho) para alunos e para os professores do ensino fundamental. Na Bretanha, por exemplo, um sistema foi criado em dois dias!

Mas é possível que o comprometimento dos professores do primário e sua proximidade com as famílias compensem sua distância tecnológica e limitem os riscos de aumento das desigualdades entre os alunos.

No lado do “lycée”, os alunos são mais independentes. Eles próprios oferecem ferramentas aos seus professores para combater o isolamento desse ou daquele colega de classe.

Na minha opinião, o lugar onde tudo se complica é de fato o “collège”: é o momento do balanço entre a pré-adolescência e a adolescência. Geralmente é onde encontramos as principais situações de abandono ou de assédio escolar. Os professores do “collège” ficam assoberbados com estas questões e não têm necessariamente tempo para iniciá-los nos usos da tecnologia digital.

Que soluções você recomenda para reduzir esse fosso digital?

É um trabalho de longo prazo. Em primeiro lugar, certamente, será necessário resolver o problema das zonas brancas e, acima de tudo, parar de partir da premissa de que os jovens de hoje estão todos conectados e usam o digital da mesma maneira. Também será necessário, em vez de pensar na formação técnica dos professores, acompanhá-los para pensar os usos pedagógicos das tecnologias digitais.

É importante retomar o que eles foram capazes de fazer durante esse período de reclusão e de ensino a distância e tirar lições. Além disso, também é hora de colocar novamente no centro da nossa sociedade a profissão de mediador digital, que deveria estar presente nas bibliotecas, nos centros sociais...

Só que, em muitos lugares, esse trabalho é confiado a pessoas que não foram formadas, a jovens em serviço cívico! No entanto, é uma profissão fundamental para reduzir a desigualdade digital. O mediador digital não é apenas útil no contexto da educação a distância: ele poderia ser criado para os assistentes de pré-escola, para os trabalhadores dos Ehpad (lares para idosos) ou para os assistentes sociais.

Notas:

1. As EdTechs são empresas, geralmente start-ups, que desenvolvem soluções digitais para facilitar o ensino e a aprendizagem.

(*) Na França, o “collège” (corresponde aos últimos quatro anos do ensino fundamental) e o “lycée” (aos três anos do ensino médio) (Nota do tradutor).

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