• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

“Querida Amazônia” também pode se tornar “Querida Mujer”? Sobre os leigos e o ministério das mulheres. Artigo de Andrea Grillo

Mais Lidos

  • A herança crioula do Papa Leão XIV destaca a complexa história do racismo e da Igreja nos Estados Unidos

    LER MAIS
  • Guerrilheiro, refém, presidente, filósofo: a imensa vida de Pepe Mujica

    LER MAIS
  • O fascismo do fim dos tempos – e o refúgio dos bilionários. Artigo de Naomi Klein e Astra Taylor

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

17 Fevereiro 2020

Eu acredito que o “sonho eclesial”, que a “Querida Amazônia” escreveu com fogo e que deixará a sua marca, também deve contemplar um “sonho feminino”, um sonho sobre as mulheres, mas, acima de tudo, um sonho das mulheres, que brota do seu corpo, do seu desejo e do seu discernimento da Palavra.

A opinião é de Andrea Grillo, teólogo italiano e professor do Pontifício Ateneu Santo Anselmo, em Roma, em artigo publicado por Come Se Non, 14-02-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

O debate levantado pelo novo documento papal é de grande interesse. Não apenas porque levanta as mais diversas reações, do total pessimismo sobre as possibilidades de renovação eclesial até a descoberta de novos caminhos de transformação real que se descerram justamente graças a essa exortação.

Aqui, porém, gostaria de me deter sobre um ponto particular da exortação, ou seja, considerando que ela reserva à categoria de “leigo” e, em seu interior, à de “mulher”. E gostaria de partir de dois textos importantes, que lemos nesses dias.

Por um lado, a audaz reação de Cristina Simonelli, no blog da revista Il Regno. Por outro, a afiada leitura de Riccardo Cristiano, em relação a um texto do arcebispo Víctor Manuel Fernández, para o blog Formiche.

Em uma síntese extrema, surpreende-me como pode se dar, ao mesmo tempo, uma grande mutação de horizonte, que possa prever uma “Igreja marcadamente laical”, até mesmo uma “Igreja Católica de rito amazônico”, fundada sobre uma autoridade predominantemente laical, e, ao mesmo tempo, apareça no mesmo texto uma compreensão tão limitada e tão desajeitada da mulher, na qual ela é pensada e apresentada “fora do espaço e fora do tempo” e sem impulso.

Esse é o ponto sobre o qual eu gostaria de me deter. A questão é rapidamente formulada: para pensar o “processo eclesial” de transformação da “forma tridentina” da instituição, precisaríamos de uma elaboração bem mais avançada daquilo que chamamos de “leigo” e daquilo que dizemos sobre a “mulher”.

Vejamos rapidamente algo de ambas as categorias.

Uma Igreja de “leigos”?

A categoria “leigos” continua sendo uma categoria residual e pouco significativa, tanto do ponto de vista teológico, quanto do ponto de vista eclesiológico. Se continuarmos raciocinando “por diferença” – leigos são todos aqueles que não são clérigos – não obteremos muito fruto com isso.

Penso que deveríamos deixar de falar assim. Porque os cristãos, todos os cristãos batizados, são “conformes a Cristo” e, na relação, com ele participam do “sacerdócio comum”, a serviço do qual existe um sacerdócio ministerial.

É evidente que a vantagem da categoria “laicato” é justamente deixar inalterada uma categoria de sacerdócio reservada aos clérigos. Mas isso, a partir do Concílio Vaticano II, é uma visão velha, datada e ineficaz. Eu entendo muito bem que se deva trabalhar por modelos eclesiais diferentes, mas, acima de tudo, devemos começar pelas palavras.

Na Amazônia – como na Alemanha, na Polônia ou na África – não há “leigos”, mas sim fiéis que participam do sacerdócio comum, além do múnus profético e real. Se começarmos a pensar desse modo, certamente podemos ver que uma Igreja “de batizados” – que não é uma coisa nova – exige uma reavaliação acurada dos sujeitos comuns e dos sujeitos ministeriais.

A mulher fora do espaço e do tempo?

As páginas dedicadas à mulher estão entre as menos felizes da “Querida Amazônia”. Mas isso não ocorre sem motivo. Com efeito, o tema do laicato já é redutivo; se acrescentarmos o adjetivo “laicato feminino”, alcançaremos o máximo da redução. Trata-se de uma redução que sofre de uma dupla minoridade.

- A primeira depende da pretensão de que “o modelo de mulher” seja sempre o mesmo, no espaço e no tempo. E que, portanto, não deve ser afetado pelas variáveis culturais. Que tudo pode ser inculturado, menos a mulher, imune a qualquer mudança, seja as “modernas”, que fizeram emergir uma nova identidade “pública” da mulher; seja as provenientes de “tradições diferentes”, nas quais, não por causa da modernização, mas por outras razões, as mulheres exercem um papel “público” e “de autoridade” de modo estrutural.

- A segunda depende da interferência “espiritual” desse modelo “a-histórico”, em que a vocação da mulher é lida projetando todo o peso da definição sobre alguns modelos femininos da tradição. Até o ponto de correlacionar os homens batizados com Cristo e as mulheres batizadas com Maria. Essa operação é teoricamente fragilíssima e sem um verdadeiro fundamento, senão nos hábitos de uma parte da tradição europeia, que assim elaborou a pretensão de uma identidade estática.

Como dizer “querida mujer”?

Por isso, parece-me, o grande valor da “Querida Amazônia” deriva de um grande esforço de “conhecimento direto” do fenômeno Amazônia. Podemos dizer “querida” para a Amazônia, porque fizemos o esforço de conhecê-la realmente, de subtraí-la dos estereótipos, de vivê-la com paixão. A sua floresta se torna hospitaleira e cheia de vida se não a submetemos imediatamente às regras da floresta urbana ou da floresta curial.

Devemos fazer a mesma coisa com a “mulher”. A floresta do feminino, que cobre metade da terra, também deve ser subtraída à força de preconceitos seculares, da cegueira de correlações ingênuas demais ou maliciosas demais, das quais a floresta curial é mestra.

Uma teologia da mulher só pode passar por uma teologia das mulheres. O caminho eclesial, que é clarividente, já tem mulheres, muitas e qualificadas, que podem ensinar teologia e ter autoridade na Igreja, não apenas em privado. Nenhuma mulher jamais teria escrito aquilo que os homens da Cúria escreveram sobre ela, sem conhecê-la realmente.

Eu acredito que o “sonho eclesial”, que a “Querida Amazônia” escreveu com fogo e que deixará a sua marca, também deve contemplar um “sonho feminino”, um sonho sobre as mulheres, mas, acima de tudo, um sonho das mulheres, que brota do seu corpo, do seu desejo e do seu discernimento da Palavra.

Eu não gostaria que nos iludíssemos de que estamos construindo uma “Igreja do povo”, na Amazônia ou em outro lugar, sem rever, bem a fundo, o modo com que falamos das mulheres. Salvas pelo único Cristo e a serviço do único Senhor. Sob a “proteção” de Maria, certamente, mas exatamente como todos os outros.

 

Leia mais

  • Sínodo Pan-Amazônico - Página Especial
  • Querida Amazônia: uma carta de amor para a conversão dos corações
  • “Querida Amazônia”, uma carta de amor. Artigo de Raniero La Valle
  • "A bandeira de uma Igreja pós-colonial, com rosto amazônico, está apontando para um longo caminho, para uma via-sacra com esperança pascal”. Entrevista especial com Paulo Suess
  • Bolsonaro ataca Papa Francisco depois de seu apelo para proteger a Amazônia
  • Padres casados: “O jogo ainda não acabou”. Entrevista com Massimo Faggioli
  • “Em Querida Amazônia, os sonhos são mapas para construir realidades”, afirma Tania Avila Meneses, teóloga
  • Reações variadas a ‘Querida Amazônia’ entre os bispos brasileiros
  • Primaz irlandês sobre padres casados: “Sou bastante aberto à ideia, e acho que o Papa Francisco também”
  • Francisco não diz 'sim' aos padres casados, mas também não diz 'não'
  • Em páginas diferentes? Francisco evita as recomendações do Sínodo. Artigo de Massimo Faggioli
  • “Querida Amazônia” e o Sínodo. E se entendemos mal?
  • Francisco decidiu não decidir... por enquanto
  • Por que Francisco evitou falar em padres casados no seu documento sobre a Amazônia?
  • “As sementes do Sínodo estão vivas, respiram, brotaram e deram frutos”. Assembleia do CIMI Norte1
  • Amazônia, entre sonhos e medos
  • “Querida Amazônia”, um texto aberto à criatividade eclesial. Entrevista com Andrea Grillo
  • “A floresta amazônica é como o “coração biológico” da Terra. O planeta (pelo menos, o planeta que conhecemos) não pode viver sem a Amazônia”
  • ‘Querida Amazônia’ mostra como Francisco busca uma mudança mais profunda
  • Decepção, indignação com o documento papal sobre a Amazônia
  • Francisco capta a ciência e a beleza da Amazônia, mas fica aquém na ação para salvá-la
  • A abordagem “feminina” da “Querida Amazônia”: fora de lugar e fora de tempo
  • “A sinodalidade está em risco, mas o documento do Sínodo indica o caminho para o futuro”
  • O “pulmão verde” da Igreja
  • A profunda necessidade de desclericalizar a Igreja
  • Schönborn: “É preciso um anúncio de Cristo mais corajoso na Amazônia”
  • ’Querida Amazônia’ é a emergência de uma nova hermenêutica no magistério. Artigo de Rafael Luciani
  • “Papa Francisco foi obstruído. E se encontra mais sozinho a partir de hoje”
  • “Querida Amazônia”: Papa Francisco sonha e nos desperta novamente. Artigo de Pierluigi Consorti
  • “O Papa tomou a decisão que era possível tomar, a que menos dano poderia fazer à Igreja”, escreve José María Castillo
  • “A exortação ‘complementa’ o documento sinodal, sem anulá-lo”, comenta Víctor Manuel Fernández, arcebispo de La Plata, Argentina
  • “Querida Amazônia”: o sonho da floresta amazônica e a insônia da floresta curial. Artigo de Andrea Grillo
  • Cinco destaques de ‘Querida Amazônia’
  • As seis poesias citadas pelo Papa Francisco na “Querida Amazônia”
  • Bispos do Regional Norte 1 avaliam a exortação como impulso para uma Igreja encarnada, culturalmente inserida, ambientalmente preparada, que sabe evangelizar e ser missionária
  • Uma inédita novidade na exortação “Querida Amazônia”: papa declara que documento final do Sínodo não está superado
  • "A exortação é uma carta de amor, um gesto extraordinário que chama a atenção de todos". Entrevista com o Cardeal Czerny
  • "Querida Amazônia": o sonho de Francisco por um mundo melhor
  • Os sonhos do papa para a sua Querida Amazônia. Artigo de Adelson Araújo dos Santos, SJ
  • Francisco chora sobre a Amazônia. Não menciona os padres casados, mas pede respostas “corajosas”
  • "O Documento Final e a Querida Amazônia exigirão um entendimento criativo e empático para além da Amazônia", diz cardeal Czerny
  • O Papa cede à pressão e não aprova a ordenação de padres casados na Amazônia
  • Celibato: Papa Francisco contraria conservadores e progressistas
  • ‘Querida Amazônia’: tristeza e decepção, com um leve toque de esperança
  • "Querida Amazônia": um título que causa esperança
  • “Querida Amazônia": a ressurreição da irmã Dorothy Stang
  • "Esperar a Exortação Pós-Sinodal de Francisco com realismo", adverte o vaticanista Luis Badilla
  • Padres casados: Papa Francisco está nas garras dos opositores
  • Dez Mandamentos do Sínodo para a Amazônia, uma proposta de conversão e compromisso

Notícias relacionadas

  • Recado para o Papa Francisco: Pelo amor de Deus, faça uma pausa!

    O Papa Francisco tem uma ética de trabalho prodigiosa e profundamente admirável, mas há três bons motivos por que esse líde[...]

    LER MAIS
  • O próximo Sínodo provavelmente focará a ordenação de homens casados

    LER MAIS
  • Papa faz visita surpresa a comunidade que acolhe mulheres vítimas de tráfico humano

    Foto: L’Osservatore Romano/EPA O Papa Francisco visitou no dia 12, sexta-feira, a Comunidade Papa João XXIII onde conversou [...]

    LER MAIS
  • 2 de março: Dia Mundial de Oração das Mulheres

    A dimensão feminina na oração ecumênica: nesta sexta-feira, 2 de março, celebra-se em todo o mundo a jornada de meditação q[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados