• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

A inteligência artificial e o fim do trabalho. Artigo de Andrea Komlos

Mais Lidos

  • O consenso cresceu como uma onda: "Mais de cem votos para Prévost no Conclave"

    LER MAIS
  • A brilhante jogada do Conclave: o Papa Leão XIV é uma escolha à altura da tarefa da situação geopolítica. Artigo de Marco Politi

    LER MAIS
  • Vozes de Emaús: Leão XIV: a abertura do pontificado. Artigo de Pedro A. Ribeiro de Oliveira

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

24 Janeiro 2020

“Ainda não está claro quais novas atividades surgirão no futuro como resultado da perda de afeto pessoal, quando máquinas e algoritmos substituírem a comunicação entre os seres humanos. Em algum momento, assim como tivemos que enfrentar a transição dos setores primário para o secundário e ao terciário no passado, essa lacuna dará lugar a um novo setor econômico, com novas formas de atividades mercantilizadas”, escreve Andrea Komlos, professora do Departamento de História Econômica e Social da Universidade de Viena, em artigo publicado por El Economista, 22-01-2020. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

A difusão da inteligência artificial por toda a economia apresenta a possibilidade - e, para muitos, o medo de que - as máquinas eventualmente acabem substituindo o trabalho humano. Não apenas se ocuparão de uma parte cada vez maior das tarefas mecânicas - como observamos desde a primeira Revolução Industrial -, como também coordenarão as tarefas por meio da comunicação direta entre máquinas (a chamada Internet das coisas).

Há aqueles que aplaudem esses grandes avanços, porque dariam lugar ao antigo sonho humano de nos libertar do trabalho, enquanto outros os acusam de impedir que as pessoas se sintam realizadas pelo trabalho e de romper o vínculo entre renda e benefícios sociais relacionados ao trabalho. De acordo com esse segundo cenário, cada vez mais e mais empregos desaparecerão e isso levará ao desemprego em massa, embora a demanda por especialistas em design de processos e produtos aumente. Os estudos sobre os prováveis efeitos da inteligência artificial e a crescente automação no mercado de trabalho são, obviamente, altamente especulativos, mas não devemos subestimar as potenciais consequências das novas tecnologias para o emprego.

Muitos comentaristas, que temem o pior, propuseram uma renda básica incondicional sem trabalho associado para evitar o empobrecimento previsível. Contudo, antes que economistas e formuladores de políticas comecem a calcular os custos e benefícios de uma renda básica geral, faríamos bem em questionar a própria premissa de um futuro sem trabalho.

Nossa atual e limitada definição de trabalho remonta ao final do século XIX, quando o impulso crescente da grande indústria levou a uma separação entre o local de trabalho e o lar - Andrea Komlos

Nossa atual e limitada definição de trabalho remonta ao final do século XIX, quando o impulso crescente da grande indústria levou a uma generalizada separação entre o local de trabalho e o lar. O trabalho nas regiões industriais centrais foi reduzido a empregos remunerados fora de casa, enquanto as tarefas domésticas, a agricultura de subsistência e as trocas na vizinhança foram subitamente excluídas do cálculo do valor. Essas atividades não desapareceram, nem da periferia, nem do núcleo da economia mundial, mas não foram incluídas como parte do mundo do trabalho e do emprego. A ausência de salário implicava a falta de reconhecimento, registro estatístico e acesso aos benefícios públicos.

Os cientistas sociais declararam que o trabalho doméstico de subsistência não remunerado, assim como a agricultura realizada pelos campesinos e o artesanato tradicional, eram atividades econômicas residuais que logo seriam substituídas por técnicas modernas e a total mercantilização. Embora essa visão tenha inspirado movimentos socialistas ao longo do século XX, ela não se materializou. É verdade que as relações salariais cresceram, mas em vastas regiões do mundo em desenvolvimento, os salários eram insuficientes para alimentar uma família, de modo que a subsistência e o trabalho doméstico precisavam compensar. A partir dos anos 1980, o trabalho não remunerado também retornou às economias desenvolvidas.

O fim do ciclo de reconstrução posterior à Segunda Guerra Mundial, no final dos anos 1960 e início dos anos 1970, marcou a transição da antiga para a nova divisão internacional do trabalho. A racionalização, financiamento e terceirização das operações intensivas em mão de obra nos países que começavam a se industrializar na periferia do mundo romperam o nexo entre o emprego para toda a vida e a seguridade social, que caracterizaram os mercados de trabalho no mundo desenvolvido.

Quando a digitalização e a globalização ganharam impulso, os empregadores introduziram contratos de trabalho flexíveis, forçando os trabalhadores a aceitarem condições precárias de emprego - Andrea Komlos

Na medida em que a digitalização e a globalização das cadeias produtivas ganharam impulso, os empregadores introduziram contratos de trabalho flexíveis, forçando cada vez mais trabalhadores a aceitar condições precárias de emprego. Muitos tiveram que combinar várias fontes de renda, contar com subsídios públicos e ampliar suas horas de trabalho não remunerado para compensar a insegurança no emprego, períodos de desemprego e a perda de postos de trabalho que lhes permitiam acessar benefícios sociais. Os trabalhadores pobres, que não podem viver com seus salários, agora aceitam vários empregos e contratos e, nas áreas rurais, cobrem parcialmente suas necessidades de comida e moradia com a agricultura e a construção de subsistência.

Mas o aumento da atividade não remunerada não se limita aos pobres. Para atender aos novos requisitos de emprego na era da IA e das máquinas, os ricos devem trabalhar para melhorar e promover seu desempenho físico e mental, incluindo aparência, motivação e resistência. Embora possam ter empregados domésticos para cozinhar, limpar e cuidar, e assistência profissional para capacitação e apoio psicológico adicionais, precisam investir cada vez mais tempo para desenvolver e orientar outros membros da família.

Ainda não está claro quais novas atividades surgirão no futuro como resultado da perda de afeto pessoal, quando máquinas e algoritmos substituírem a comunicação entre os seres humanos - Andrea Komlos

Somente uma pequena fração do crescente trabalho não remunerado pode ser realizada pela inteligência artificial e as tarefas das quais irá se ocupar, sim, criarão novas demandas que será necessário satisfazer. Ainda não está claro quais novas atividades surgirão no futuro como resultado da perda de afeto pessoal, quando máquinas e algoritmos substituírem a comunicação entre os seres humanos. Em algum momento, assim como tivemos que enfrentar a transição dos setores primário para o secundário e ao terciário no passado, essa lacuna dará lugar a um novo setor econômico, com novas formas de atividades mercantilizadas. As relações recíprocas também poderão preencher esse vazio.

Já quase ninguém, independentemente da renda, pode recusar o trabalho fantasma exigido pelas comunicações modernas, as compras e o banco. Quando fornecem seus dados para a economia de plataformas, os clientes se tornam trabalhadores não remunerados de empresas comerciais e as ajudam a impulsionar o capitalismo mundial.

Se olharmos para o futuro do trabalho na perspectiva da necessidade ou da realização, o trabalho não desaparecerá com a introdução da inteligência artificial - Andrea Komlos

Se olharmos para o futuro do trabalho na perspectiva da necessidade ou da realização, o trabalho não desaparecerá com a introdução da inteligência artificial. É muito provável que a redução no emprego e no trabalho remunerado seja acompanhada de um aumento nas atividades de assistência e subsistência não remuneradas, bem como no trabalho fantasma moderno.

Esse cenário é apenas tranquilizador se conseguirmos encontrar novas maneiras de distribuir trabalho remunerado e não remunerado de maneira justa entre todos os cidadãos. Caso contrário, corremos o risco de desembocar para um mundo bifurcado. Os ricos viciados em trabalho teriam empregos financeiramente satisfatórios, mas estressantes, ao passo que os desempregados teriam que recorrer a estratégias de subsistência para complementar sua renda básica ou a assistência aos pobres.

 

Nota de IHU On-Line:

O Instituto Humanitas Unisinos – IHU promove o XIX Simpósio Internacional IHU. Homo Digitalis. A escalada da algoritmização da vida, a ser realizado nos dias 19 a 21 de outubro de 2020, no Campus Unisinos Porto Alegre.

XIX Simpósio Internacional IHU. Homo Digitalis. A escalada da algoritmização da vida.

 

Leia mais

  • Os desafios de uma tecnologia que sirva ao humano e não que se sirva do humano. Revista IHU On-Line, Nº. 544
  • Um guia para compreender a quarta Revolução Industrial. Revista IHU On-Line, N° 506
  • Homo Deus e a grande revolução algorítmica no século XXI. Revista IHU On-Line, Nº 516
  • Na Revolução 4.0, automação ameaçará postos de trabalho mais rapidamente. Entrevista especial com Bruno Ottoni Eloy Vaz
  • O fim do indivíduo. Viagem de um filósofo à terra da inteligência artificial
  • A mutação do mundo do trabalho e a proteção dos trabalhadores - 60% dos empregos serão automatizados. Entrevista especial com Yuri Lima
  • A Revolução 4.0 e a reedição das lógicas das revoluções burguesas. Entrevista especial com Gaudêncio Frigotto
  • É importante pensar política industrial e competitividade para o Brasil não perder a revolução 4.0
  • Robôs estão entre nós. Como viver num mundo sem empregos para todos?
  • Indústria brasileira 2.5. O futuro do Brasil no contexto da Revolução 4.0. Entrevista especial com Fábio do Prado
  • Automação vai mudar a carreira de 16 milhões de brasileiros até 2030
  • Robótica eliminará até 800 milhões de empregos até 2030
  • 50% do trabalho no Brasil pode ser feito por robô, diz estudo
  • O impacto da quarta revolução industrial na sociedade
  • Quem são os mais propensos a sofrer com a automação do trabalho?
  • Tempos de incerteza: um robô poderia substituir meu trabalho?
  • 'Profissões deixam de existir, mas surgem outras', diz consultor
  • Indústria instala 1,5 mil robôs por ano
  • Seremos líderes ou escravos da Indústria 4.0?
  • 60% dos jovens estão aprendendo profissões que vão deixar de existir
  • A 4.ª revolução industrial e o futuro do emprego
  • Futuro do trabalho diante do desmonte do Estado
  • O emprego ameaçado por robôs
  • A tecnologia que confina o humano. Entrevista especial com Marildo Menegat
  • Você corre risco de perder o emprego para um robô?
  • Um guia para compreender a quarta Revolução Industrial
  • Desculpe, 2020 não indica que será melhor que 2019
  • Revolução tecnológica exige novo Estado social, escreve professora
  • Os países mais avançados no uso de robôs são os com menor desemprego
  • O trabalho do futuro e a alienação do presente
  • Robô substitui vaqueiros e faz manejo de gado com sucesso

Notícias relacionadas

  • Participação de jovens no mercado de trabalho passa de 41,78% para 34,31% em 10 anos

    34,31% dos trabalhadores do mercado formal do Vale do Sinos possuem de 15 a 29 anos. No entanto, a participação destes trabalhad[...]

    LER MAIS
  • "Nossas cidades são insustentáveis". Entrevista especial com Luciana Ferrara

    LER MAIS
  • “Homens trabalham mais que mulheres”: mais uma gafe de Ricardo Barros

    O ministro da Saúde, Ricardo Barros, causou mais uma polêmica ao afirmar na tarde desta quinta-feira (11), que os homens procura[...]

    LER MAIS
  • Mercado de trabalho encolhe 0,36% na RMPA em maio de 2016

    Houve a redução de 4.130 postos de trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre - RMPA em maio de 2016, o que representa re[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados