11 Fevereiro 2019
Autor do requerimento que pede a instalação de uma CPI para investigar as causas e as circunstâncias da tragédia de Brumadinho (Minas Gerais), o senador Carlos Viana (PSD-MG) teve um representante do setor de mineração como seu principal doador em 2018, descontadas as contribuições de seu partido. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Fernando Franceschini doou R$ 100 mil para a campanha do parlamentar. Essa foi a única contribuição do executivo para políticos no ano passado. Franceschini é diretor do Grupo Biogold.
A informação é publicada por Coluna do Estadão, O Estado de S. Paulo, 11-02-2019.
Viana afirmou, em nota, que não conhece o empresário e que a doação foi viabilizada pelo seu então partido, o PHS, que teria indicado Franceschini como sendo um advogado e professor universitário interessado em ajudar.
O diretor da Biogold disse, também por meio de nota, que fez a doação por acreditar que Viana representaria uma “renovação”. Afirmou ainda que o rompimento da barragem é uma “tragédia” e que não é o momento de “politizar” o acidente de Brumadinho.
Viana participou, como jornalista, de eventos do setor de mineração. Em 2012, mediou o 7.º Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto. “Soa-me estranha qualquer tentativa de fazer ilações a respeito da minha atuação no exercício da profissão”, afirmou o senador.
Não é só o senador do PSD que tem relações com o setor. O presidente da Green Metals, mineradora que pertence ao grupo Biogold, Bruno Luciano Henriques, repassou R$ 50 mil para o diretório estadual do DEM, e R$ 5 mil para o senador e ex-governador Anastasia (PSDB).
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Senador que propôs CPI de Brumadinho recebeu doação de executivo de mineradoras - Instituto Humanitas Unisinos - IHU