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'Solução não é aumentar a violência contra a violência', diz arcebispo do Rio sobre crise na segurança

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20 Fevereiro 2018

Desde que assumiu a Arquidiocese do Rio em 2009, dom Orani Tempesta já sofreu assalto com arma apontada na cabeça, teve o anel de cardeal roubado (não era o oficial), se escondeu de tiroteio na calçada ao lado de outros motoristas e viu a Residência Assunção, retiro que hospedou o papa Francisco em 2013 durante a Jornada Mundial da Juventude, atingida por tiros na fuga de traficantes da Rocinha em setembro do ano passado.

Apesar da impotência que sentiu nestas ocasiões, os episódios aumentaram seu senso de responsabilidade, diz o religioso em entrevista à BBC Brasil.

"Aquilo que eu vi não me despertou raiva das pessoas, mas sim uma sensação de obrigação de trabalhar mais pela paz, mais pelas pessoas, pelos jovens, pelos adolescentes. Uma responsabilidade aumentada", afirma.

A entrevista é de Júlia Dias Carneiro, publicada por BBC Brasil, 20-02-2018.

Dom Orani diz que a situação no Rio chegou a um "absurdo tal que as pessoas estão com medo de sair de casa", e fala sobre a Campanha da Fraternidade que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou no sábado, com o tema "Fraternidade e Superação da Violência" e o lema "Vóis sois todos irmãos".

"O aumento da criminalidade e violência é muito sério e deve fazer com que toda a sociedade se repense", afirma. "A solução não está em aumentar a violência contra a violência."

O arcebispo fala com cautela sobre a intervenção federal na gestão da segurança pública no Estado do Rio. "Não sou técnico para saber o que é melhor e o que não é", afirma. "Esperamos que traga resultados. Vamos rezar para que isso aconteça", diz.

Eis a entrevista.

Como o senhor vê a intervenção federal sobre a segurança do Rio? Acha que pode ajudar a resolver a situação?

Eu não sou técnico para saber o que é melhor e o que não é. Temos que aguardar os resultados para verificar se foi bom ou não.

Estamos vendo uma guerra no Brasil e no Rio com relação à segurança, com a quantidade de armas que estão por aqui e acolá e a quantidade de soldados (policiais militares) mortos a cada ano. São situações que exigem que alguma coisa seja feita para ajudar a melhorar. Mas acho que só depois de um tempo poderemos ver os resultados.

Sim, mas o Rio já está esperando há bastante tempo. Já houve a convocação das Forças Armadas no ano passado e a situação continuou a se deteriorar.

O Exército já esteve presente em ações como a ocupação da Maré e ultimamente da Rocinha (em operações sob decretos de Garantia de Lei e da Ordem). Foram momentos em que a aqueles espaços passaram a ter uma certa presença das Forças Armadas, mas agora é diferente. É algo que nunca vimos antes.

Não vai ser um momento de vir e invadir, e sim uma intervenção na organização das próprias Polícias Civil e Militar. Esperamos que traga resultados. Vamos rezar para que isso aconteça.

Na carta pastoral que o senhor lançou para a campanha (da CNBB), o senhor diz que o Rio está "estarrecido" com tanta violência. Que impacto o senhor acha que a situação atual tem tido sobre a população?

Infelizmente a situação chegou a um absurdo tal que as pessoas estão com medo de sair de casa, preocupadas com a hora de voltar, com a violência que podem enfrentar no dia a dia.

O aumento da criminalidade e violência deve fazer com que toda a sociedade se repense. Não é esse país, não é esse Estado, não é essa cidade que nós desejamos ou sonhamos em ter. Desejamos uma tranquilidade de poder ir e vir a qualquer hora do dia, poder sair com segurança, poder ter empregos e educação de qualidade para todos. Esse desejo é compartilhado por todos.

A solução, além de confiar nas autoridades e pedir que façam a sua parte, não está em aumentar a violência contra a violência. Desejamos que as autoridades cumpram a sua missão e que cada cidadão ajude fazendo a sua parte.

Mas as autoridades estão fazendo a sua parte?

Se estivessem, não estaria assim né? (risos). Desejamos que façam. Digamos assim, vamos pôr fogo, vamos suscitar para que façam a sua parte. Senão não conseguimos caminhar. Os governantes precisam ser responsáveis por aquilo que assumiram. Cuidar do bem do povo, pensar no bem da sociedade para conduzir suas ações.

A igreja quer fazer a sua parte. Temos poucos recursos, mas temos trabalhos sociais, educacionais, e ao mesmo tempo buscamos levar as pessoas à reflexão.

O senhor passou por alguns episódios de violência e também sofreu na pele os efeitos dessa insegurança.

Sim, várias vezes. Eu passei por dois assaltos.

Um foi na região do Quintino (na zona norte do Rio). O carro foi parado por homens armados e o pessoal nos tirou do carro. Fiquei com arma na cabeça enquanto me revistavam e levaram tudo que eu tinha. Na segunda vez, eu estava voltando do Sumaré (onde fica a Residência Assunção, onde mora) para a Arquidiocese (na Glória, zona sul do Rio). Em Santa Teresa, o carro foi levado com motorista e tudo. Fiquei preocupado, mas acabaram soltando o motorista depois no meio do caminho.

Em outra ocasião, estava voltando do Cristo Redentor e indo para o aeroporto quando começou um tiroteio em Santa Teresa. Ficamos presos no meio dos disparos. Fiquei atrás do carro e aproveitei para responder algumas mensagens no celular enquanto esperava os tiros acabarem (risos).

Tinha um ônibus na minha frente e o pessoal me filmou. Consegui chegar no aeroporto e pegar o meu voo, e quando cheguei a Curitiba eu já tinha saído na televisão e o pessoal estava me reconhecendo, perguntando se eu estava bem.

A gente olhava para aqueles adolescentes com armas na mão. São pessoas que necessitam ser educadas, são frutos de falta de famílias, de carências estruturais, e tomaram esse caminho achando que seria melhor para eles. Pensam que isso é vida, mas acabam tendo uma vida bastante efêmera, logo morrendo por causa do crime. Ou podendo tirar a vida de alguém.

E levaram a sua cruz e seu anel de cardeal, correto?

Levaram, mas não era o anel oficial. Aquele eu não uso sempre. Só saio com ele para solenidades.

Como o senhor se sentiu ao ser assaltado a mão armada, ou ao se ver preso no meio de um tiroteio?

Por um lado, é uma sensação de impotência. Você não pode fazer nada. Se você reagir, acaba levando um tiro na cabeça. Por outro lado, aquilo que eu vi não me despertou raiva das pessoas, mas sim uma sensação de obrigação de trabalhar mais pela paz, mais pelas pessoas, pelos jovens, pelos adolescentes. Uma responsabilidade aumentada. São meus irmãos que estão ali, e nós precisamos trabalhar mais para que não caiam nisso (no crime).

Acho que na hora H, quando uma pessoa sofre violência, ela se sente machucada e vê o fato enquanto tal. Pede prisão, repressão. Mas é preciso pensar também em por que chegamos a esse ponto.

A CNBB adotou como tema de sua campanha o combate à violência. Como a Igreja pode ajudar?

Para além da questão da violência física, de tiros, de mortes, de assaltos, de tudo que acontece na cidade, existe um clima hoje em dia no qual as pessoas se tornaram violentas com tudo.

No WhatsApp, nas redes sociais, na vizinhança, no trânsito, brigam por qualquer coisa. Há uma cultura de violência, de ódio. Nas nossas pastorais carcerárias, nos deparamos com a ótica de que as pessoas têm que pagar pelo que fez, da punição, de que ninguém é recuperável. Mas nem todo mundo pensa assim. Com essa campanha, queremos dizer que as pessoas são recuperáveis, que podemos construir uma cultura de paz, de perdão, de reconciliação.

Claro que isso não isenta o Estado de responsabilidade e fazer a sua parte. De promover julgamentos, investigações e de dar segurança ao povo, além de saúde, educação, emprego. Mas é preciso desarmar não só as pessoas, mas os corações.

O senhor acha que a crise atual é uma fase transitória?

Todos nós desejamos que isso não seja permanente, né? Que as coisas melhorem, que não possam piorar mais.

O momento é de crise, mas não podemos desanimar. Sabemos que os problemas existem, temos os pés na terra, mas ao mesmo tempo sabemos que existem soluções. Temos que fazer parte da solução.

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