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A manufatura brasileira se afunda na crise

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25 Abril 2017

A desindustrialização da economia brasileira talvez não seja tão aguda como sugerem alguns diagnósticos, mas a manufatura local, apesar de ainda manter tamanho e complexidade relativamente importantes no contexto mundial, está sendo comida por dentro.

Sob uma avalanche de importações de bens intermediários, aqueles utilizados na fabricação de produtos finais, o setor caminha para assumir, cada vez mais, a cara das maquilas mexicanas, caracterizadas por quase nenhuma produção doméstica e limitadas à montagem final.

A reportagem é de Carlos Drummond, publicada por CartaCapital, 24-04-2017.

O alerta consta do estudo Desempenho recente da indústria brasileira no contexto de mudanças estruturais domésticas e globais (em PDF), dos economistas Fernando Sarti e Célio Hiratuka, professores do Instituto de Economia da Unicamp e pesquisadores do Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia, da mesma universidade.

Enquanto o País permaneceu estacionado na segunda revolução industrial, de base metalmecânica e química, a rápida industrialização da China, com escalas elevadas, custos reduzidos e penetração crescente nos mercados externos, aumentou as dificuldades para os países defasados. Entre outros efeitos, acentuou a forte tendência mundial rumo a preços decrescentes, agravada com a crise financeira de 2008, sublinha Sarti.

Nesse contexto, poderia ser animador, mas não chega a tanto, o fato de que o grau de industrialização, medido pela relação entre o valor agregado manufatureiro e o PIB a preços constantes, ao contrário de diminuir, é crescente para as economias emergentes, segundo os autores. “Não há, portanto, uma desindustrialização generalizada em virtude da expansão e sofisticação do setor de serviços. Além disso, parte daquela regressão, em alguns países em desenvolvimento, é um fenômeno monetário, de preços relativos, não de volume”, analisa o economista.

Examinar o processo de regressão da indústria segundo o critério do valor ou o do emprego mostra tendências diferentes, chamam atenção os economistas. A evolução da produção física do ponto de vista do emprego no setor não indica uma queda tão vertiginosa nos últimos 20 anos e não aponta para uma desindustrialização no grau propalado por muitos.

“O economista Gabriel Palma e vários outros usam o referencial do emprego exatamente para não incorrerem no problema monetário, que surge quando se trabalha com os preços industriais e tem-se de levar em conta o câmbio. Como o setor é muito capital intensivo, as quedas de produção afetam menos o emprego.”

O problema atual mais importante da indústria não estaria, portanto, no seu decantado encolhimento, mas nas dimensões e na dinâmica perversa do seu setor de bens intermediários, e este é um dos principais achados do estudo de Sarti e Hiratuka. O segmento inclui alimentos e bebidas básicos, combustíveis, carburantes e insumos industriais, inclusive peças, acessórios e equipamentos de transporte. “As pessoas não tinham ideia de que esses bens representam 70% da indústria”, diz Sarti.

Na mesma proporção, o aumento das importações de insumos industriais esvaziou a cadeia produtiva da manufatura e reduziu seus efeitos multiplicadores. Não se sustenta, portanto, a falácia neoliberal sobre um suposto Brasil fechado ao comércio internacional e por isso mergulhado no atraso, que parece ter turvado a percepção do crescimento exponencial do coeficiente e do conteúdo importados. A tendência, iniciada nos anos 1990 e aprofundada nos anos 2000, acentuou-se com a crise mundial.

Os bens intermediários representam mais de dois terços da estrutura produtiva brasileira

 (Gráfico: CartaCapital)

Nesse processo, “o Brasil trocou investimento por demanda por importações. Ao contrário de outros países, externalizou sua demanda em vez de externalizar sua produção, por meio de investimento no exterior e exportação. O argumento liberal de que a inserção nas cadeias de produção através de maiores importações é condição necessária e suficiente para ampliar as exportações não se verificou. O coeficiente exportado não acompanhou o crescimento do coeficiente importado”, chama atenção o economista.
Nas pesquisas, diz, costuma-se trabalhar com recortes setoriais, mas quando se examina a indústria automobilística, por exemplo, é importante separar os bens finais dos intermediários e o mesmo vale para o segmento farmacêutico ou outro qualquer.

“Recorremos ao ponderador usado pelo IBGE para montar a produção física por constatarmos que o grande aumento no volume do comércio internacional foi de bens intermediários, não de bens de consumo”, explica o economista. Esses bens compõem o centro nevrálgico da movimentação no interior das cadeias globais de valor e cruzam fronteiras várias vezes antes de tomar a forma de um produto final e chegar ao consumidor.

Os autores do estudo optaram por não lançar mão da medida clássica da relação entre importações e PIB. “Por esse critério, o coeficiente brasileiro é igual ao dos Estados Unidos, e eu nunca ouvi nenhum analista dizer que esse país tem uma economia fechada”, critica Sarti. O caminho adotado foi dividir as importações de manufaturados (exceto petróleo e outros itens) pelo produto industrial. Esse enfoque mostra que o grau de abertura da nossa economia não só cresceu muito como superou as economias do mesmo nível de desenvolvimento.

“O que mais impactou a economia brasileira, o que entrou pesado e derrubou grande parte da produção manufatureira não foram o macarrão e o vinho importados, mas os bens intermediários, sobretudo os industriais”, sublinha Sarti.

“Essa é a questão que consideramos mais importante e que, de alguma maneira, está endogeneisada nas empresas. Elas reverteram seu processo para fora, externalisaram, arbitraram, vamos dizer assim, o diferencial de ociosidade produtiva entre os diversos países em que mantêm produção. Quando um grupo tem capacidade ociosa no México ou na Coreia, por exemplo, começa a importar mais de lá. Traz bens de consumo final, mas, sobretudo, intermediários. Isso se acentuou de forma absolutamente exponencial depois da crise, revelando um forte componente corporativo no processo. O mundo permanece estagnado, a demanda aqui não está ‘bombando’ e, mesmo nesse contexto, o Brasil é a economia com maior crescimento das importações depois da crise mundial de 2008.”

O boom importador de insumos abrange principalmente os setores eletroeletrônico, químico e de autopeças e inclui empresas nacionais e multinacionais instaladas no País, mas é muito mais forte nas últimas.

“A conclusão é que, quando se fala em abertura, não é suficiente considerar só o comércio, é preciso examinar principalmente o aspecto da origem do capital. Assim se percebe que o Brasil se tornou um grande receptor de capital estrangeiro, o que faz com que o centro decisório sobre o que produzir, onde produzir, o que exportar e o que importar é cada vez mais transferido para fora.”

O esvaziamento provocado pela avalanche de semimanufaturados e produtos acabados importados ocorreu num setor estacionado na segunda revolução industrial, conforme mencionado acima, e que não internalizou, ou internalizou só parcialmente, a terceira revolução, a da eletrônica e das tecnologias de informação. A defasagem diminuiu a sua capacidade de capturar os impactos das novas tecnologias da chamada quarta revolução industrial. Nessa etapa, sistemas combinam máquinas e robôs com processos digitais, através da internet das coisas e da computação na nuvem, em fábricas inteligentes articuladas em redes.

O que já era ruim, portanto, tende a piorar. Reduzida cada vez mais a uma casca, o outrora vibrante e complexo parque fabril do País corre o risco de sucumbir ao advento da indústria 4.0. O recuo do crescimento do setor de transformação, de 1,4% em janeiro para insignificante 0,1% em fevereiro, reforçou a convicção de que a retomada sustentada continua a ser uma miragem para um segmento imerso em problemas de vários tipos. Superar a recessão e a austeridade fiscal, livrar-se da valorização do real e dos juros inviabilizadores da atividade e vencer a defasagem tecnológica e a concorrência dos importados nunca pareceu tão distante.

Entrevistado por CartaCapital, Sarti fez um alerta: “O Brasil, bem ou mal, ainda segura uma indústria, mas sua sobrevivência não está garantida. Ela enfrenta a concorrência predatória da fábrica asiática e uma pressão baixista dos preços, que drena recursos para investir. Todas as empresas estão trocando investimento por importação, porque ninguém quer imobilizar recursos aqui numa estrutura não competitiva. O processo é semelhante ao das maquiladoras mexicanas, de importar cada vez mais peças e outros insumos. É como se o setor jogasse fora o recheio do sanduíche, que é o bem intermediário, onde reside boa parte da intensidade tecnológica, da agregação de valor. O nosso parque fabril está sendo comido por dentro. Há um grau extremamente preocupante de crescimento do coeficiente e do conteúdo de importação. Aquilo que poderia ser um salto para o futuro, com aproveitamento das novas tecnologias, talvez agrave a situação, pois a estrutura existente e os problemas crônicos, conjunturais e estruturais dificultarão o aproveitamento e a capitalização das novas mudanças.”

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