''A lógica do anúncio do Evangelho, para Francisco, não é expansionista nem neocolonial''

Foto: L'Osservatore Romano

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29 Julho 2018

Francisco é um pontífice romano, mas também um grande líder moral para o mundo. Ele se expõe às partidas vencendo, mas sofre gols e, se faz um gol contra, ele admite. Só assim ele joga realmente a sua partida. E faz isso a sério”. Foi o que afirmou o diretor da revista La Civiltà Cattolica, Pe. Antonio Spadaro, ao falar, na noite desta quarta-feira, 25, em Roma, na apresentação do volume da revista Limes intitulado “Francisco e o Estado da Igreja”.

A nota é do Servizio Informazione Religiosa (SIR), 25-07-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O jesuíta ressaltou que “a lógica do anúncio Evangelho, para Francisco, não é expansionista ou neocolonial” e reiterou que “o discernimento para o papa consiste em entender não onde há estruturas sólidas, mas sim onde estão as sementes para dar fruto”.

“O verdadeiro espaço da Igreja é um hospital de campanha.” Uma afirmação que, segundo o Pe. Spadaro, tem três projeções geopolíticas: tocar os muros, falar com todos os players em jogo e as migrações, que Francisco definiu como “nó político global”.

“Para o papa, os muros são as feridas a serem curadas”. As migrações, por outro lado, correm o risco de ser “uma chave para sacudir a Europa, sem pagar preços insustentáveis, como a saída da Itália do euro. O medo do caos é politicamente grande”. Daí a consciência de que “não basta mais formar as elites, mas é preciso recuperar a ‘efetividade de ser cidadão’”, acrescentou Spadaro, citando Francisco. “É preciso se transformar de habitantes em cidadãos europeus. Esse é o problema da Europa. Nós somos habitantes europeus, mas ainda não nos tornamos cidadãos. É preciso dar um senso de controle aos cidadãos, experimentando novas formas de participação no respeito das instituições democráticas”.

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