31 Agosto 2017
Sem alarde o Ministério do Meio Ambiente divulgou ontem (29) os dados do desmatamento da Amazônia referente ao calendário anual de 2016, referente aos meses de agosto de 2015 a julho de 2016. Foram 7. 893 km² de florestas degradas na Amazônia Legal captados pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe).
A notícia foi publicada pelo site Amazônia.org, no dia 30 de agosto de 2017.
A taxa representa um aumento um aumento de 27% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando atingiu 6.207 km². O texto do governo, no entanto, preferiu comparar o índice com o ano de 2004, quando o desmatamento foi de 27.772km², maior taxa já registrada.
O Estado do Pará continua sendo o campeão do desmatamento, com 2992 km² de florestas suprimidas, um aumento de 39%, em relação ao ano anterior, seguido do Mato Grosso, 1.489 km² e Rondônia, 1376 km². O estado do Amazonas foi quem apresentou a maior variação: os 712 km² de 2015 se tornaram 1129 km² no ano seguinte, um aumento de 59%.
Segundo o MMA o desmatamento relativo ao período de agosto de 2016 a julho de 2017 está em processamento e deve ser divulgado até novembro de 2017.
Na semana passada o Instituto do Homem e do Meio Ambienta da Amazônia (Imazon) divulgou uma queda do desmatamento da Amazônia no ano de 2017. Mas no ano de 2016 ainda apresentava tendência de aumento. Em 2016 foram 2. 834 km² e em 2017, 2834 km².
A variação é comum. Os órgãos utilizam metodologias diferentes para monitorar a floresta, além de terem objetivos diferentes. O Inpe possui dois programas: o Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia, conhecido como Prodes e o sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real, o Deter. Já o Imazon utiliza o sistema chamado Sistema de Alerta de Desmatamento, ou SAD.
Tanto o SAD, do Imazon, quanto o Deter, do Inpe utilizam imagens que auxiliam o monitoramento e fiscalização da floresta, possui menor resolução do que os dados consolidados do Deter, mas auxiliam no combate gerando alertas de forma muito mais rápida.
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Inpe: Desmatamento na Amazônia Legal aumentou 27% em 2016 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU