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México debe mirar al sur ante proteccionismo de Trump, dice experta

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10 Fevereiro 2017

México debería tomar en serio la señal enviada este martes desde Sudamérica en favor de una mayor integración comercial en la región ante el eventual proteccionismo de Estados Unidos bajo la presidencia de Donald Trump, según la experta Raquel León.

El reportaje es publicado por Xinhua Español, 08-02-2017.

"Es un momento crítico que nos lleva a replantear las relaciones económicas, políticas y, lógicamente, en cuestión de identidad cultural", señaló a Xinhua la profesora e investigadora de la Licenciatura en Negocios Internacionales de la Benemérita Universidad Autónoma de Puebla (BUAP).

Los presidentes de Argentina, Mauricio Macri, y de Brasil, Michel Temer, dijeron hoy a la prensa en Brasilia que ambos países comparten interés en estrechar vínculos comerciales con México ante el cambio de escenario en Estados Unidos.

El bloque del Mercosur (integrado por Brasil, Argentina, Paraguay, Uruguay y la suspendida Venezuela) debería buscar acuerdos comerciales con la Alianza del Pacífico, conformada por Chile, Colombia, México y Perú, destacaron los mandatarios de las dos mayores economías sudamericanas.

La académica sugirió al Gobierno mexicano que aproveche la voluntad expresada por Brasil y Argentina para volver a mirar a la región como un socio, tras el distanciamiento que ha tenido desde la década de 1980 del siglo pasado a consecuencia de su apuesta por integrarse con Estados Unidos y Canadá.

La amenaza de Trump de cobrar altos aranceles a las importaciones manufactureras y de renegociar el Tratado de Libre Comercio de América del Norte (TLCAN), vigente desde 1994, ha encendido las alarmas en México, lo que muestra que concentrar el 80 por ciento de las exportaciones en un solo país no es el mejor camino, advirtió León.

"Un punto a reflexionar es la falta de reacción por parte del Gobierno mexicano, que a pesar de estos llamados que llegan del exterior pareciera ser que se está cerrando a una relación", dijo.

La académica comentó que la Administración de Enrique Peña Nieto ha manifestado desde su comienzo, en 2012, una intención de relanzar las relaciones comerciales con América Latina, pero ha faltado que concrete los discursos en acciones.

Así, el comercio bilateral con Brasil, el principal socio de México en América Latina, rondó los 9.213 millones de dólares en 2014, mientras que con Argentina fue de 2.554 millones en 2015, según datos oficiales del Gobierno mexicano.

Dichos números están lejos de los 550.000 millones de dólares del comercio con Estados Unidos, el mayor socio y aliado de México a nivel global.

León expuso que existen opciones comerciales y económicas a explorar para que México estreche los vínculos con la región, ya sea mediante inversión directa de empresas mexicanas o la exportación de media y alta tecnología manufacturada en el país.

La estrategia podría aprovechar la experiencia de multinacionales mexicanas de los sectores de los servicios y alimentos que han tenido éxito en Brasil, apuntó.

"Nos hemos enfrascado más al análisis de nuestras manufacturas, de lo que mandamos a Estados Unidos, de replantear el TLCAN, pero no se ha visto cómo podrían abrirse otro tipo de ventanas al mismo capital mexicano en el exterior para crear otro tipo de ingresos para nuestra economía", sostuvo.

La experta destacó que el interés expresado por Macri y Temer se suma al que manifestó el 26 de enero el presidente de Bolivia, Evo Morales, quien llamó a México a mirar más hacia el sur para que se construya unidad con base en la identidad latinoamericana.

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