"Brasil não renunciará a exploração de petróleo para seu desenvolvimento", diz Lula a jornal francês

Foto: Arvind Vallabh/Unsplash

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04 Junho 2025

O site do jornal Le Monde publica nesta terça-feira (3) uma entrevista exclusiva com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a poucos dias da visita do chefe de Estado brasileiro à França, em 5 de junho.

A informação é de Ana Carolina Peliz, publicada por Rfi, 03-06-2025.

"Ardente defensor da paz", de acordo com o diário, na entrevista Lula lembra que sempre teve uma excelente relação com todos os presidentes franceses. Sobre Emmanuel Macron, o presidente brasileiro diz ser bastante grato a ele por ter sido recebido no Palácio do Eliseu, em 2021, quando não era presidente. Lula diz que mantém uma relação privilegiada com o líder francês.

A poucos meses da Conferência do Clima da ONU, que será realizada este ano no Brasil, em Belém, Lula respondeu ao jornalista sobre a espinhosa questão da exploração do petróleo na Amazônia, dizendo que o Brasil não renunciaria a uma riqueza importante para o seu desenvolvimento, enquanto outros países como França, Reino Unido, Noruega e Estados Unidos faziam.

Em relação ao risco de poluição da perfuração, segundo ele, a Petrobras é reconhecida por seus conhecimentos em exploração em águas profundas e nunca sofreu um incidente grave. "A perfuração ocorrerá a 500 quilômetros do Delta do Amazonas e não haverá problemas. E se houvesse o menor risco, eu seria o primeiro a me opor a tal projeto!", afirmou.

O presidente respondeu também sobre outro assunto espinhoso: o seu comparecimento às comemorações do Dia da Vitória na Europa, em Moscou, aceitando um convite do presidente russo Vladimir Putin, que é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional pela guerra na Ucrânia.

Lula afirmou que foi a Moscou para comemorar o aniversário da vitória sobre o nazismo, em respeito a um país que perdeu 26 milhões de vidas na Segunda Guerra Mundial e com o qual o Brasil mantém fortes relações comerciais. Lula acrescentou que não via problema na visita e que se sentia confortável com esta questão.

O presidente brasileiro também afirmou ter dito a Putin que era hora de acabar com a guerra e que aconselhou o líder russo a se encontrar com Volodymyr Zelensky em Istambul, em 16 de maio, e que lamentava que ele não tenha ido.

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