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Em nome de Deus e da ecologia, o Rei Charles e o Papa, vozes fora do coro. Artigo de Carlo Petrini

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08 Abril 2025

"Apesar da saúde do Santo Padre, neste momento, não garantir que o encontro ocorrerá, os compromissos já confirmados de Charles e Camila no Vaticano significam um grande respeito e uma reconciliação sincera entre as Igrejas Anglicana e Católica. Afinal, de certa forma, o chefe do anglicanismo já havia declarado sua intenção de defender todas as religiões presentes no Reino Unido, demonstrando mais uma vez estar em sintonia com os tempos, talvez alguns passos à frente", escreve Carlo Petrini, fundador do Slow Food, ativista e gastrônomo, sociólogo e autor do livro Terrafutura (Giunti e Slow Food Editore), no qual relata suas conversas com o Papa Francisco sobre ecologia integral e o destino do planeta, em artigo publicado por La Stampa, 06-04-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

A semana que está prestes a começar trará consigo alguns eventos extraordinários. E se no campo geopolítico, infelizmente, já estamos acostumados com o “fora do comum”, a excepcionalidade dos próximos dias está justamente na perspectiva de respirar um ar diferente em comparação com a preocupação, a instabilidade e a incerteza sobre o amanhã que nublaram a semana que, com o dia de hoje, está chegando ao fim. De fato, os protagonistas dos próximos eventos representam, com suas ideias e status, uma verdadeira mensagem de esperança.

É com essa ´perspectiva que aguardamos o Rei Charles III e a Rainha Consorte Camila na Itália. Uma viagem cheia de compromissos, cada um deles de grande significado. Um deles, acima de tudo, é o possível encontro com o Papa Francisco.

Dois homens, duas figuras distintas, mas com muitos pontos em comum. Charles da Inglaterra e Bergoglio são de fato os chefes de duas das mais importantes igrejas do cristianismo: o catolicismo e o anglicanismo. Mas não é só isso. Sua espiritualidade, sua fé, bem como seu empenho constante e concreto, a comunhão de tudo isso levou os dois a desenvolver uma sensibilidade ecológica verdadeiramente relevante e valiosa nos dias de hoje.

O primeiro, em tempos não muito distante, quando ainda ostentava o título de Príncipe de Gales e a ecologia era um assunto marginal, sempre manifestou com grande orgulho sua paixão e seu trabalho efetivo em favor do ambientalismo, da preservação da biodiversidade e até mesmo da agricultura: uma grande novidade naqueles anos, ainda mais para um futuro monarca. Embora muitos não perderam tempos em rotulá-lo de ser um nobre às voltas com um passatempo trivial, hoje podemos reconhecer nele uma visão e uma coerência realmente incomparáveis.

Em 2007, por outro lado, na conferência dos bispos latino-americanos, o septuagenário cardeal Bergoglio admitia ter olhado com desconfiança aqueles bispos brasileiros, bolivianos, equatorianos etc. que, em uma assembleia religiosa, falavam com grande veemência sobre desmatamento, mudança climática e até mesmo ecologismo. Se na época ele ficou espantado, depois de oito anos, com a ajuda de vários especialistas em meio ambiente, ele quis produzir um dos documentos mais extraordinários deste terceiro milênio: sua Encíclica Laudato Si'.

Inicialmente, o mundo ambientalista encarou essa “conversão ecológica” do Papa Francisco e, portanto, da Igreja Católica, com grande ceticismo: uma encíclica papal que chega bem atrasada na questão ambiental. No entanto, o caráter extraordinário da Laudato Si' não está apenas na abertura do mundo católico para a ecologia, um aspecto que ainda hoje divide a Igreja entre os que perceberam a situação, os indiferentes e os reacionários, mas a verdadeira inovação foi aproximar as questões da crise climática das tantas questões sociais, mostrando à maioria que tudo nesta Terra está conectado.

E assim, na terça-feira, 8 de abril, os dois membros da realeza farão sua estreia em um dia dedicado à espiritualidade.

Apesar da saúde do Santo Padre, neste momento, não garantir que o encontro ocorrerá, os compromissos já confirmados de Charles e Camila no Vaticano significam um grande respeito e uma reconciliação sincera entre as Igrejas Anglicana e Católica. Afinal, de certa forma, o chefe do anglicanismo já havia declarado sua intenção de defender todas as religiões presentes no Reino Unido, demonstrando mais uma vez estar em sintonia com os tempos, talvez alguns passos à frente, e uma sensibilidade ampliada realmente louvável. Visitas a locais icônicos, como a Capela Sistina, São Paulo fora dos Muros (onde desde sempre as relações entre as religiões cristãs são celebradas) e o encontro com diferentes comunidades religiosas tornam o ecumenismo tangível desse primeiro dia ainda mais evidente.

Isso não diminui a esperança de que o encontro com o Papa Francisco ainda possa acontecer. Em um momento em que ambos estão enfrentando problemas de saúde, a disposição deles de não esconder suas fraquezas físicas e, ao mesmo tempo, permanecer firmes em seus empenhos também deve ser destacada. Seria muito bom vê-los reunidos novamente, também porque estou convencido de que a importância dessas duas personalidades, por sua retidão e integridade moral - qualidades realmente únicas neste período histórico específico - só será totalmente compreendida em um futuro próximo. Digo isso ciente dos danos da crise climática, de seus efeitos cada vez mais catastróficos.

Os dados falam por si: 2024 foi o ano com a temperatura mais alta: 1,5° C acima dos níveis pré-industriais. Isso gerou uma intensificação dos fenômenos climáticos: mais furacões e mais fortes (os ventos aumentaram em média 20 milhas horárias), ondas de calor prolongadas, derretimento recorde das geleiras, longos períodos de seca intermeados por inundações sem precedentes (tivemos exemplos disso na Itália, mas também no Uruguai, Afeganistão, Paquistão e Brasil). E como tudo está conectado, esses desastres estão gerando perdas econômicas de centenas de bilhões e, ao mesmo tempo, um aumento realmente dramático dos problemas sociais.

Basta dizer que 28,9% da população global, 2,33 bilhões de pessoas, estão em situação de insegurança alimentar moderada ou grave. E 2,83 bilhões de indivíduos não conseguem ter uma dieta saudável. Isso explica os dados da FAO que prevê 200 milhões de migrantes climáticos até 2050.

Em um contexto como esse, parece absurdo que a política só possa se concentrar na guerra, seja ela finalizada para a conquista de novos territórios, seja para enfatizar a supremacia de um certo tipo de finanças, a mais comum, infelizmente, que coloca o dinheiro, o PIB e o mero lucro acima de tudo.

À luz de tudo isso, o Rei Charles e o Papa Francisco realmente representam duas vozes fora do coro.

Torna-se bastante interessante que, no segundo dia na Itália, Charles da Inglaterra discursará para as câmaras reunidas do Parlamento italiano. Uma excepcionalidade reservada a apenas um Papa na história, João Paulo II, e que na quarta-feira caberá pela primeira vez a um monarca inglês. Quero interpretar esse momento como um verdadeiro reconhecimento à figura política que, pela primeira vez, há décadas, foi capaz de compreender e dar a devida atenção às instâncias ambientais e ao papel de primeira ordem que elas desempenham na construção de um futuro melhor para toda a humanidade.

Os três dias na Itália dos principais representantes da Família Real Britânica terminarão em uma esplêndida cidade da Península. A escolha de visitar as riquezas da arte, do artesanato e, não menos importante, da gastronomia em Ravenna é novamente muito significativa. Aqui se manifesta o reconhecimento de quanto valor reside na província, italiana e outras. Em um mundo que tende a centralizar, padronizar e uniformizar, as áreas de maior interesse são aquelas que conseguem preservar a biodiversidade natural e cultural. Portanto, que melhor exemplo do que um território que, com determinação e coragem, foi capaz de reagir a duas enchentes devastadoras nos últimos dois anos.

O próximo 10 de abril será o dia menos institucional para Rei e Consorte, mas talvez também o que melhor exemplifica sua extrema sensibilidade. O Slow Food foi convidado a participar e a trazer o melhor do artesanato agroalimentar da Emilia Romagna para representá-lo. Não podíamos recusar o convite. Portanto, voltaremos para atualizar as notícias após a visita de Charles e Camila.

Leia mais

  • O Papa Francisco receberá o Rei Charles III e a Rainha Camila em audiência no Vaticano em 8 de abril
  • Agir para salvar a humanidade. Artigo de Carlo Petrini
  • Católicos e anglicanos
  • A crise climática e o colapso da civilização. Artigo de Liszt Vieira
  • Deter a crise climática: impossível. Artigo de Raúl Zibechi
  • “Colapso é a forma como estamos atuando diante das mudanças climáticas”. Entrevista especial com Paulo Petersen
  • Negacionistas tentam rejeitar relação entre crise climática e tragédia em RS
  • Para Ailton Krenak, crise não é só climática, é de uma sociedade 'estragada' pela 'monocultura de tudo'
  • Brasil teve 12 eventos climáticos extremos em 2023
  • Aumento das temperaturas globais deve superar 1,5°C acima dos níveis pré-industriais nos próximos 5 anos
  • Emissões de gases de efeito estufa estão em níveis sem precedentes
  • Maioria das capitais brasileiras não tem plano de enfrentamento às mudanças climáticas

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