E a porta foi aberta!

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28 Abril 2023

  • "Um passo muito surpreendente mas também esperado, intuído, desejado, pedido muitas vezes... e recebo-o com muita alegria".

  • “O discernimento, a escuta, o encontro, a reconciliação não podem ser feitos sem uma grande parte da comunidade eclesial”.

  • “Imagino que alguns bispos, como outras pessoas, podem não gostar de certas mudanças. Sabemos que há uma forte resistência, mas a vida prevalece”.

  • “Agradeço ao Francisco pelo seu gesto, pela sua abertura e sinto-me empenhado em colaborar para que a porta não se feche, mas sim que continue cada vez mais aberta”.

O artigo é de María Luisa Berzosa, publicado por Religión Digital, 27-04-2023

María é licenciada em Ciências da Educação, Teologia e Filosofia e Letras em Valladolid e em Roma (Universidade Salesiana). Ela foi formada na espiritualidade inaciana, para ser diretora de exercícios espirituais e em acompanhamento espiritual.

Eis o artigo.

Assim, como me pedem, dou minha contribuição no passo anunciado hoje pelo Papa Francisco. Muito surpreendente mas também esperado, intuído, desejado, pedido muitas vezes... e recebo com muita alegria.

Acho que é coerente com o processo sinodal que estamos vivendo, porque tem a novidade do convite universal, todo o Povo de Deus pode dizer a sua palavra, inclusive crentes e incrédulos.

Portanto, a possibilidade de participar da assembléia sinodal e de ter voz e voto, mulheres e leigos, é coerente, como digo, com o Sínodo da Sinodalidade. Porque o discernimento, a escuta, o encontro, a reconciliação não podem ser feitos sem uma grande parte da comunidade eclesial.

Sim. É uma nova porta aberta que abrirá outras, se caminharmos à escuta do Espírito que fala também nos gritos, sussurros e silêncios do nosso mundo e que nos dará a criatividade necessária para responder.

Imagino que alguns bispos, como outras pessoas, podem não gostar de certas mudanças. Sabemos que há fortes resistências, mas a vida prevalece e é um diálogo dinâmico e plural como a Igreja sempre será mais rica, e não uma parte decidindo tudo.

Agradeço ao Francisco o seu gesto, a sua abertura, e sinto-me empenhado em colaborar para que a porta não se feche, mas continue cada vez mais aberta. Muito obrigado!.

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