Os jesuítas eslovenos pedem perdão às vítimas do padre Rupnik

Rupnik (Foto: Reprodução YouTube)

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10 Janeiro 2023

Hoje os jesuítas eslovenos publicaram um comunicado sobre os abusos do padre Marko às vítimas de seu coirmão. Em particular, pedem perdão aos membros atuais e ex-membros da Comunidade de Loyola. Acrescentam ainda: quem tiver informações sobre abusos sexuais é convidado a denunciar às instituições competentes.

A reportagem é publicada por Il Sismografo, 07-01-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Os jesuítas eslovenos também asseguram que aceitam e compartilham "a indignação, a raiva e a decepção das vítimas e de seus entes queridos", pois é claro que "como Província no passado não soubemos escutar as vítimas e tomar as medidas adequadas para esclarecer a situação e acabar com os sofrimentos".

O comunicado de imprensa ressalta que Rupnik trabalha em Roma desde 1993 e, portanto, a direção da ordem jesuíta em Roma é diretamente responsável por ele. Os jesuítas eslovenos observam: “não temos informações diretas sobre o procedimento contra o referido coirmão e as nossas possibilidades de ação são limitadas”.

Defendem que as acusações sejam investigadas

No entanto, pedem que as acusações contra Rupnik sejam investigadas e convidam todas as vítimas a participar do processo contra os autores de abusos sexuais. Acrescentam que estão cientes da dificuldade e da morosidade dos procedimentos judiciais, mas se as vítimas não quiserem falar publicamente, podem dirigir-se diretamente às instituições competentes.

Ao mesmo tempo, os jesuítas eslovenos declaram sua intenção de se empenhar a apoiar as vítimas e todos os feridos e a colaborar com as instituições competentes na Eslovênia e no exterior relativamente a este e outros casos de abuso e aceitam também sugestões públicas e privadas sobre ulteriores medidas a tomar.

O documento aponta que o padre Rupnik cometeu vários abusos sexuais contra as freiras da comunidade Loyola em Ljubljana três décadas atrás. As acusações contra o sacerdote, explicam na declaração, foram apresentadas no ano passado, mas o órgão eclesiástico competente considerou-as prescritas, pelo que o caso foi arquivado.

A imprensa eslovena recorda que o Vaticano tinha tomado providências contra Rupnik, e que já em 2019 o havia excomungado por ter absolvido em confissão uma mulher que teve relações sexuais com ele. Conforme confirmado pelo chefe mundial da ordem dos jesuítas, Arturo Sosa, a medida da excomunhão foi posteriormente revogada porque Rupnik confessou seu pecado e se arrependeu. Para a remoção de tal excomunhão na Igreja existe apenas a autoridade do papa.

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