14 Dezembro 2022
O regime de Teerã está agonizando. Clinicamente morto. Todos os sintomas estão presentes. A história ensina que nunca aconteceu de um povo inteiro se rebelar para depois ser derrotado. O uso de uma violência sem precedentes por parte de uma ditadura é um claríssimo sinal de fraqueza e declínio.
O comentário é de Tonio Dell'Olio, presidente da Pro Civitate Christiana, publicado por Mosaico di Pace, 13-12-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.
Seja teocrático ou totalitário, um regime em sua fase triunfante se sustenta na propaganda ideológico-religiosa que molda as consciências de seus súditos mantendo-os sob seu controle com a mera força do fanatismo identitário. Paradoxalmente, mesmo a ditadura - de forma diferente da democracia - precisa fatalmente do consenso do povo. Quando precisa reprimir as revoltas com sangue, infligir penas de morte aos opositores, ameaçar e semear o terror, significa que é um doente em estado terminal.
No caso da teocracia xiita iraniana, não se deve debater se ela vai cair, mas sim quando isso vai acontecer, ou seja, quanto tempo ainda vai durar, quantos sacrifícios humanos exige o seu delírio. Quem vai decidir o prazo é a comunidade internacional. Vai escolher aproveitar os saldos de fim de temporada para garantir apetitosas pechinchas em troca de silêncio e apoios disfarçados, ou com toda firmeza vai decidir apoiar a aspiração à liberdade, à vida, à dignidade reconhecida de todo um povo?
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Irã: agonia de uma teocracia. Artigo de Tonio Dell’Olio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU