12 Dezembro 2022
A voz do Bispo de Roma tem mais autoridade quando se eleva nos momentos necessários, sobretudo quando está em jogo o respeito pela vida.
A reportagem é publicada por Il Sismografo, 11-12-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.
O Papa Francisco sempre defendeu com força e determinação o respeito pela vida humana. Ele chegou a comparar o aborto a um "assassinato", a "contratar um assassino". Agora, há semanas, é apresentado aos olhos do mundo cotidianamente, um massacre inacreditável e insuportável, como o que a Ucrânia sofre há 10 meses pela Rússia de Putin, sem falar em dezenas de outros países onde, devido a outros conflitos, todos os dias se matam centenas de pessoas inocentes. E são todos assassinatos que não podem ser ignorados.
Parece plausível, e altamente desejável, que depois do Angelus de hoje, domingo 11 de dezembro, sem emitir juízos que possam comprometer a razão de Estado que orienta as relações entre a República Islâmica do Irã e a Sé Apostólica, o Papa Francisco eleve sua voz de líder religioso, de pastor universal dos católicos espalhados pelo mundo, para pedir, aliás, para implorar aos aiatolás que parem a carnificina do povo iraniano, especialmente de crianças, mulheres e jovens.
Se o Papa não pode fazê-lo, pelas costumeiras 'razões' complexas, sofisticadas e incompreensíveis, como aquelas da geopolítica e da razão de Estado, então que o faça outro pastor de autoridade reconhecida da Igreja Católica. Não é possível para nenhum católico aceitar como se nada estivesse acontecendo um silêncio dos líderes da Igreja diante de uma realidade repugnante e imoral como a iraniana.
A voz do Bispo de Roma tem mais autoridade quando se eleva nos momentos necessários, sobretudo quando está em jogo o respeito pela vida.
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Seria possível um apelo do Papa ao regime teocrático do Irã? Francisco poderia pedir aos aiatolás xiitas que respeitassem a vida de todos os iranianos? - Instituto Humanitas Unisinos - IHU