DF: Vídeo mostra jovem negro sendo detido: “Vai gritar Lula lá na África agora”

Polícia Militar de Goiás diz que investiga o caso e policial foi afastado das ruas; deputado pede investigação.

A informação é publicada por Brasil de Fato, 06-10-2022.

Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra um jovem negro não identificado algemado e levado por um policial militar na cidade do Novo Gama (GO), que fica no Entorno do Distrito Federal. No vídeo, enquanto o jovem é levado pelo agente de segurança, ouve-se: “Vai gritar Lula lá na África agora”. Não é possível identificar quem fez a afirmação. O responsável pela gravação ainda comenta: “Foi preso o molequinho. Olha como é aí, o bagulho aqui é doido”.

É estarrecedor o que está acontecendo no Brasil. Segundo vídeo-denúncia que foi enviado para nós, um adolescente teria sido preso por manifestar seu apoio a Lula no Novo Gama! E ainda foi vítima de racismo por parte do policial. Inaceitável, pediremos investigação. pic.twitter.com/kKuYMu22Zv

— Fábio Felix ?️‍? Lula 13 (@fabiofelixdf) October 6, 2022

Nas imagens, também é possível ver integrantes da Guarda Civil Municipal (GCM) do Novo Gama acompanhando a ocorrência. De acordo com a própria Polícia Militar de Goiás (PMGO), o caso teria ocorrido no último dia 2 de outubro, dia do primeiro turno das eleições, mas as imagens só repercutiram mesmo nesta quinta-feira (6).

O deputado distrital Fábio Félix (PSOL), que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF (CLDF), enviou ofício a autoridades pedindo investigação do caso. Ele argumenta que o jovem teria sido preso por ter declarado apoio à Lula nas eleições. Os documentos foram encaminhados ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, e ao procurador-geral de Justiça de Goiás, Aylton Vechi.

Em nota, a PM-GO informou que, assim que tomou conhecimento do fato, determinou a abertura de um procedimento administrativo para apurar a circunstância do caso e afastou o policial militar das suas atividades operacionais até o final das apurações.

"A Polícia Militar de Goiás reitera que não compactua com nenhum tipo de conduta contrária aos preceitos das leis", destacou a corporação, que não informou se o jovem chegou a ser preso ou foi liberado.

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