Igreja paulistana acolhe LGBTIA+

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23 Julho 2022

 

A Igreja Betesda, de São Paulo, liderada pelo pastor Ricardo Gondim, anunciou a introdução de grupos de acolhimento para pessoas LGBTIA+. “Aqui na Betesda você está num lugar seguro, que ninguém vai rir de vocês, que ninguém vai usar de nenhum tipo de preconceito nesta comunidade”, assegurou o pastor. Aqui, disse, “seguimos o caminho aberto por Jesus e nos comprometemos a amar sem medidas”.

 

A reportagem é de Eldeberto Behs, jornalista.

 

Num vídeo gravado em culto e divulgado no Instagram, Gondim explica que a igreja hegemônica “obriga das pessoas LGBTIA+ a fazerem uma escolha: para pertencerem a uma comunidade cristã, precisam anular a sua identidade e sexualidade. Em algumas dessas igrejas elas até podem assumir publicamente sua orientação sexual, mas sua pertença ao grupo será restrita ou anulada”. Ou seja, “você pode ser gay, só não pode praticar”.

 

Segundo Gondim, “exigir essa escolha de alguém é diabólico, pois o pertencimento, a identidade, o afeto e os relacionamentos são direitos de todas as pessoas que foram criadas à imagem e semelhança de Deus”.

 

Além de surpresa, o anúncio de Gondim motivou reações. O pastor Renato Vargens, da Igreja Cristã Aliança e membro da Coalizão Pelo Evangelho, disse que Gondim, quando um famoso pastor pentecostal, “na década de 90 ‘servia ao Senhor’, mas hoje apostatou da fé, negando a Cristo e o seu sacrifício vicário, defendendo a teologia inclusiva”.

 

Gondim reagiu: “Meus posicionamentos furam as bexigas do ‘espanto moral’. Certas verdades estão tão enraizadas no pensamento dos crentes, e o fundamentalismo é tão forte que as pessoas custam acreditar que alguém ousou dizer algo o contrário”.

 

Ele também refutou a pecha de ser relativista. Não há nada de errado em ser um relativista, afirmou, “desde que relativizemos o que é relativo. Certas coisas que são absolutas não podem ser relativizadas, mas outras carregam em si a necessidade de mudança, de atualização ou de flexibilização. Sou intransigente e absolutista em defender os direitos dos indígenas, a floresta, os rios etc. Não abro mão em afirmar que devemos dividir a riqueza do país com todos. Relativizo, sim, textos bíblicos misóginos, escravagistas, racistas”.

 

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