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“Uma viagem contra o embrutecimento da Europa”. Entrevista com Maria Antonietta Calabrò

Foto: Vatican Media

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06 Dezembro 2021

 

Viagem religiosa e política de Francisco à ilha de Chipre e à Grécia. No domingo o papa voltou a Lesbos, onde se encontrou com migrantes, um encontro forte. E as palavras expressas em seu discurso em defesa dos migrantes foram igualmente fortes. Outro ponto importante desta intensa viagem foi o discurso proferido no sábado, em Atenas, às autoridades gregas. Dois discursos complementares. Na segunda-feira o pontífice retornará a Roma. Com Maria Antonietta Calabrò, vaticanista do Huffington Post, tentaremos aprofundar o significado desta viagem apostólica do Papa Francisco.

 

A entrevista é de Pierluigi Mele, publicada por Confini, 05-12-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis a entrevista.

 

Maria Antonieta, hoje o Papa Francisco esteve na ilha de Lesbos. Ele se encontrou com migrantes e se colocou ao lado deles, ligou o drama da imigração aos nacionalismos que fecham à solidariedade, proferiu palavras duras contra os construtores de muros. Um discurso político poderoso e rigoroso. Diante dessas palavras, a Europa gagueja. O que lhe parece?

A Europa gagueja, sim. Lembro a todos que "os bárbaros" foram chamados assim no final do mundo antigo justamente porque "gaguejavam", não sabiam se expressar, eram julgados pertencentes a uma civilização primitiva, tosca, feroz e cruel. Conceito muito diferente daquele de estrangeiro, o estrangeiro sempre era acolhido por ser enviado pela divindade, e por isso era sagrado. O Papa Francisco (o que não é fácil para um argentino, que veio quase do fim do mundo) está enfatizando cada vez mais a importância da Europa, da civilização europeia e de suas raízes. Com acentos diferentes daqueles de seu predecessor Bento XVI, mas o que estava no início do pontificado de Ratzinger (alemão), o encontramos agora no final daquele de Francisco. Ontem o Papa quis passar em seu carro para admirar o Partenon, e com que emoção disse que o Evangelho foi escrito em grego e que é grega a própria definição da segunda pessoa trinitária, aquele Jesus de Nazaré que é o Logos que era no início dos tempos e o Logos que está junto a Deus.

 

Ilha grega de Lesbos, no mar Egeu (Foto: Reprodução | Google Maps)

 

Até mesmo para os meios de comunicação, repetir os apelos do Papa sobre os migrantes corre o risco de se desgastar e se transformar numa comunicação empobrecida, em última análise estéril, se desvinculada dessa "redescoberta" da Europa e de sua “forma” greco-romana. Afinal, o cristianismo, no início, "precisou" do Império Romano para se tornar universal, global: ubi Roma, ibi modus. E da "imortal" língua grega, da filosofia grega para se expressar e pensar sobre si mesma. Só assim os mais diversos povos puderam ser alcançados pela evangelização. Se hoje criamos muros para impedir a entrada de migrantes e transformamos o Mediterrâneo "em um cemitério sem lápides", como disse Francisco, é porque nos tornamos "bárbaros".

 

Vamos passar para a segunda, extraordinária, intervenção desta viagem: aquela proferida no sábado, em Atenas, perante as autoridades helénicas. O discurso é realmente muito culto (com citações de Aristóteles, da Ilíada e dos Padres da Igreja gregos). Em suma, um discurso de alta política. Pergunto-lhe quais são as diretrizes do renovado europeu imaginado pelo Papa?

Como eu dizia, trata-se de dois discursos absolutamente complementares, mas o de Lesbos só pode ser totalmente compreendido lendo-o através daquele de Atenas. O discurso em que o Papa frisou que ele foi como "peregrino" e que cultura e civilização transbordam de espiritualidade para haurir da mesma felicidade que entusiasmou "o grande padre da Igreja São Gregório de Nazianzo: ‘Era a alegria de cultivar a sabedoria e de compartilhar sua beleza, uma felicidade que não individual e isolada, mas que nasce do assombro, tende ao infinito e se abre à comunidade’. A Grécia - acrescentou o Papa - convida o homem de todo tempo a orientar a viagem da vida para o Alto. Para Deus, porque precisamos da transcendência para sermos verdadeiramente humanos”. Quero continuar: "enquanto no Ocidente, que surgiu daqui, há uma tendência de ofuscar a necessidade do Céu, engaiolados no frenesi de mil coisas terrenas, da ganância insaciável de um consumismo despersonalizante.

Em Atenas, o homem - como recordou o Papa, citando Aristóteles - tomou consciência de “ser um animal político”. E aqui nasceu a democracia. O famoso discurso de Péricles aos atenienses de 431 a.C. (apesar de ter sido explorado e depois abandonado em uma deriva populista na Itália) é o exemplo mais clássico do que significa uma democracia (e em contraste o que é uma ditadura, que hoje assume as formas de monstruosos autocracias): justiça igual, excelência, respeito pelas leis e “nunca esquecer que devemos defender quem é ofendido”. E ainda: "Que nos foi ensinados a respeitar aquelas leis não escritas que residem no sentimento universal do que é certo e do que é de bom senso"... E é por isso que "nossa cidade está aberta ao mundo e nós nunca rejeitamos um estrangeiro".

E eis que a Europa persegue os refugiados porque já não tem "mais confiança em si mesma e a prontidão para enfrentar qualquer situação", são as palavras de Péricles, pelo que "a pobreza não é um impedimento" para servir o Estado, o bem comum.

 

Você não acha significativo que o Papa tenha mencionado De Gasperi?

Deveríamos nos orgulhar como italianos por ele ter feito isso. Citou De Gasperi como um dos fundadores da Europa e da necessidade de ir em frente, rumo à justiça social e não para a direita ou para a esquerda.

 

O Papa continua a criticar os autoritarismos, os soberanismos que conduzem a um retrocesso da democracia. A que forças políticas ele fala?

Bem, parece-me que a referência seja muito clara. Mas a raiz dessas atitudes humanas e políticas é que basicamente os soberanistas, os autoritários são "bárbaros".

 

Voltemos à imigração. Na sua opinião, as críticas no encerramento foram dirigidas apenas à política ou também às conferências episcopais (Polônia)?

Para as duas.

 

Em suma, uma viagem política e religiosa. As duas coisas, em Francisco, se unem. Como, em João Paulo II, essa união derrubou o muro de Berlim, você acha que Francisco será capaz de derrubar o muro dos nacionalismos?

 

Foto: YouTube

 

A sua aposta será vencida se conseguir fazer brotar novamente a Europa, a sua cultura, a sua civilização, fornecer nova linfa àquelas raízes que, como disse, estão lá embaixo da terra e atualmente não estão em condições de fazer crescer uma árvore. Mas não estão mortas. O impressionante é que Francisco aponta para a Europa um caminho, não conceitos. Francisco convida a todos a fazerem como Ulisses, antigo migrante, embora fosse um rei rico e famoso: entrar no mar, um mar agitado e arriscado, fonte de conhecimento e de dor, mas que acaba por levá-lo de volta para a pátria. A força da imagem do herói grego por excelência é posta a serviço do caminho a percorrer hoje. Não há alternativa além do mar. Mas, mais cedo ou mais tarde, vai se conseguir chegar em Ítaca. Somos todos migrantes e é por isso que os refugiados de Lesbos e os outros além do arame farpado de Chipre são nossos irmãos.

 

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