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O mundo tem apenas 11 anos para queimar o orçamento de carbono. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

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09 Novembro 2021

 

"Os países e as lideranças políticas que participam da COP26 precisam saber que a procrastinação no corte das emissões é um perigo, pois mais caras e penosas serão os custos futuros. Após a temperatura atingir 1,5º C o mundo terá de fazer emissões negativas, ou seja, desenvolver tecnologias de captura e armazenagem de carbono", escreve José Eustáquio Diniz Alves, demógrafo e pesquisador em meio ambiente, em artigo publicado por EcoDebate, 08-11-2021.

 

Eis o artigo.

 

Para reestabelecer o equilíbrio homeostático do Planeta, a civilização humana precisa dar um cavalo-de-pau no modo de produção e consumo e trocar o vício do crescimento pela alternativa do decrescimento demoeconômico.

“A COP26 não é mais uma Conferência climática. É um festival de maquiagem verde do Hemisfério Norte. Uma celebração dos negócios de sempre e muito blá-blá-blá”. Greta Thunberg (04/11/2021).

Um dos principais pontos do Acordo de Paris é limitar o aquecimento global a, no máximo, 1,5º Celsius acima dos valores pré-industriais, para evitar um colapso climático que teria consequências tenebrosas para as pessoas e a civilização humana. Para atingir este objetivo é preciso reduzir imediatamente as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e zerar no médio prazo. O limite das emissões é definido pelo orçamento de carbono, que é a quantidade de gases de efeito estufa que ainda pode ser emitida antes de a atmosfera do planeta esquentar até o ponto crítico de 1,5°C.

Contudo, as emissões de GEE continuam em patamar elevado e aumentando, mesmo 6 anos após o Acordo de Paris. O último relatório do Instituto Global Carbon Project – que reúne um conjunto de pesquisadores de 70 instituições nos cinco continentes – divulgado no dia 04 de novembro de 2021, mostra que as emissões, que tinham caído no auge da pandemia da covid-19, voltaram a subir em 2021 e retornaram ao montante de 2019, como mostra o gráfico abaixo.

 

 

Para os padrões de 2015, o Global Carbon Project havia estimado uma cota de 903 gigatoneladas para o orçamento de carbono limitar a temperatura a 1,5º C, o que correspondia a 20 anos de emissões. Atualmente, o balanço de carbono restante para limitar o aquecimento global a 1,5º C, ou 1,7º C ou 2º C encolheu para 120 GtC (420 GtCO2), 210 GtC (770 GtCO2) e 350 GtC (1270 GtCO2), respectivamente, o que é equivalente a 11, 20 e 32 anos a partir do início de 2022, assumindo os níveis de emissões de 2021. Portanto, o tempo é curto e as ações precisam ser colocadas em prática urgentemente.

Historicamente, foram os países desenvolvidos que mais emitiram GEE. Em 2020 houve queda nas emissões na maioria dos países e, em 2021, houve alta. Porém, nos anos 2000, os países desenvolvidos apresentam tendência de queda das emissões, enquanto os países em desenvolvimento apresentam elevação das emissões, conforme mostra o gráfico abaixo. Nota-se que a China é o grande emissor global. Os EUA vêm em segundo lugar, mas com menos da metade das emissões chinesas. A Índia está prestes a ultrapassar as emissões de toda a União Europeia. As emissões estão em declínio no conjunto dos países da OCDE, mas estão em elevação nos países fora da OCDE.

 

 

A Índia representa bem o dilema dos países em desenvolvimento que precisam reduzir a pobreza, mas são muito dependentes do consumo de combustíveis fósseis. O gráfico abaixo mostra que a matriz energética é muito dependente do carvão e do petróleo. As energias renováveis são as que mais crescem, mas ainda estão longe de ter um peso significativo na oferta de energia.

 

 

Os países e as lideranças políticas que participam da COP26 precisam saber que a procrastinação no corte das emissões é um perigo, pois mais caras e penosas serão os custos futuros. Após a temperatura atingir 1,5º C o mundo terá de fazer emissões negativas, ou seja, desenvolver tecnologias de captura e armazenagem de carbono. O esforço para limpar o que a humanidade sujou nos últimos 240 anos será enorme, pois o crescimento econômico trará cada vez menos benefícios. É por isto que Herman Daly afirma: “Teremos, então, o que denomino crescimento deseconômico, produzindo ‘males’ mais rapidamente do que bens – tornando-nos mais pobres, e não mais ricos”.

Para reestabelecer o equilíbrio homeostático do Planeta, a civilização humana precisa dar um cavalo-de-pau no modo de produção e consumo e trocar o vício do crescimento pela alternativa do decrescimento demoeconômico, visando reduzir a Pegada Ecológica, no mínimo, até o ponto de suporte da Biocapacidade da Terra.

Como disse George Monbiot pouco antes da COP26: “Em todos os lugares, os governos procuram aumentar a carga econômica, falando em ‘liberar nosso potencial’ e ‘sobrecarregar nossa economia’. Boris Johnson insiste que ‘uma recuperação global da pandemia deve estar enraizada no crescimento verde’. Mas não existe crescimento verde. O crescimento está apagando o verde da Terra. Não temos esperança de sair desta crise de amplo espectro, a menos que reduzamos a atividade econômica. A riqueza deve ser distribuída – o mundo dos pobres não pode pagar pelos ricos – mas também deve ser reduzido. Manter nossos sistemas de suporte de vida significa fazer menos de quase tudo. Mas essa noção – que deveria ser central para uma nova ética ambiental – é uma blasfêmia secular”.

 

Referência

 

ALVES, JED. Aquecimento global e Orçamento Carbono, Ecodebate, 11/11/2016. Disponível aqui.

George Monbiot. Level Down, Blog do autor, 04/10/2021. Disponível aqui.

Global Carbon Budget (04/11). Disponível aqui.

 

Leia mais

 

  • Planeta deve ultrapassar "orçamento de carbono" já em 2034
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