10 Fevereiro 2021
"Uma decisão difícil para nós e cheia de sofrimento, mas infelizmente inevitável e não mais procrastinável", comunica o Mosteiro de Bose, sobre o fechamento da Fraternidade em Cellole di San Gimignano (SI), 09-02-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.
Na segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021, a nossa comunidade foi chamada a realizar um ato de confiante obediência à Igreja, renovando sua gratidão ao Papa Francisco pela solicitude paternal com a qual quis intervir para sarar as feridas de um momento crítico de nossa vida comum.
O passo dado com dolorosa trepidação é o fechamento de nossa Fraternidade em Cellole di San Gimignano (SI), inaugurada em abril de 2013.
Uma fraternidade que, ao longo destes quase oito anos de existência, se revelou rica de dons especialmente para nós, irmãos e irmãs de Bose, antes mesmo e muito mais do que tem podido oferecer a tantos amigos e hospedes que a frequentaram.
Só uma procura de renovado seguimento do Senhor também nestes dias de provação motiva essa escolha dolorosa. Desde junho do ano passado, a Comunidade esperou em vão que o ir. Enzo Bianchi obedecesse ao decreto singular de 13 de maio, aprovado em forma específica pelo Papa Francisco que, para o bem da comunidade, também colocava a definição entre outras providências de seu afastamento por tempo indeterminado de Bose e das suas Fraternidades. Nestes longos meses, o Delegado Pontifício Pe. Amedeo Cencini realizou muitas tentativas para facilitar a execução do referido decreto pelo Ir. Enzo Bianchi, agindo de acordo com a paciência ensinada pelo Evangelho, em virtude do mandato recebido da Santa Sé, no respeito da justiça e, sobretudo, do sofrimento de todas as pessoas envolvidas.
Uma vez que entre as razões apresentadas pelo ir. Enzo Bianchi para evitar a efetiva execução do Decreto e explicar sua permanência em Bose, nos mesmos locais por ele habitados há mais de uma década, havia a indisponibilidade de ir para outro mosteiro e a alegada impossibilidade de encontrar outro local adequado, a Comunidade concordou com a sugestão do Delegado pontifício de renunciar à própria Fraternidade de Cellole, chamando de volta para Bose ou para outras fraternidades os irmãos até hoje presentes em Cellole e cedendo em comodato de uso aqueles imóveis, de forma que o ir. Enzo possa se transferir para lá antes do início da Quaresma, acompanhado de alguns membros professos que - na condição canônica de extra domum e exonerados da proibição, disposto pelo Decreto singular, de manter relações com o ir. Enzo - que possam tornar sustentável sua permanência naquele local, agora separado de "Bose e de suas Fraternidades". Uma decisão difícil para nós e cheia de sofrimento, mas infelizmente inevitável e não mais procrastinável.
Agradecemos de coração a todos aqueles que tornaram possível o evento de Bose em Cellole e o confortaram com sua proximidade e amizade, começando pelo Bispo de Volterra, Mons. Alberto Silvani, confiamos que a misericórdia do Senhor se estenda a todos nós e nos conceda o dom da paz que só Ele pode nos dar.
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Mosteiro de Bose. Um passo doloroso - Instituto Humanitas Unisinos - IHU