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10 Dezembro 2020

“A pandemia serviu para que um gigantesco espelho se colocasse para o mundo todo e para que pudéssemos perceber o quanto ainda temos que avançar para superar a violência, respeitar a dignidade do outro e viver num mundo mais saudável. Mas temos que prestar atenção ao nosso reflexo, ao que o espelho está nos mostrando, fazer uma “reflexão””, escreve Roberto (Beto) Mistrorigo Barbosa, membro das Comunidades de Vida Cristã – CVX e da Comissão Nacional de Formação do Conselho Nacional do Laicato do Brasil – CNLB.

Eis o artigo.

Em um ano marcado pela tragédia causada pelo novo coronavírus, as distorções dos modelos econômicos adotados em todo o mundo se acirraram, fazendo com que os ricos ficassem mais ricos e muitos pobres mergulhassem na miséria abjeta, o que significa um desprezo completo pelos Direitos Humanos, proclamados logo após a 2º grande guerra, há 72 anos.

Muito embora os alertas tenham sido claros, divulgados em todos os meios de comunicação, exigindo a solidariedade e compreensão dos governos em relação à pandemia, pouco se fez para preservar as vidas e a absurda marca de 1,5 milhão de mortos foi atingida. Como a disseminação da covid-19 ainda não cessou, pelo contrário, se acirrou neste final de ano, os números de vítimas podem ser ainda muito maiores.

Profeticamente, no ano passado, o Papa Francisco chamou a atenção do mundo ao falar sobre a fragilidade que pairava sobre o pacto elaborado no pós-guerra. “O ser humano é sempre sagrado e inviolável, em qualquer situação e em qualquer fase do seu desenvolvimento. Se esta convicção cair, não há uma base sólida e permanente para a defesa dos Direitos Humanos".

Enquanto os ricos e super-ricos estiveram em boa medida a salvo da pandemia, se valendo de suas possibilidades de acesso à saúde e tratamentos diversos, a população em geral foi entregue ao martírio. Quem teve condições de manter o isolamento social, conseguiu se preservar. Os que precisaram e precisam ainda trabalhar para sobreviver se veem obrigados a usar transporte público lotado e se expor ao vírus de várias outras maneiras.

Na outra ponta, governantes irresponsáveis continuam em seu negacionismo, desdenhando da doença, num movimento meramente político para “salvar a economia” e forçando mais e mais pessoas a dar sua vida em sacrifício para manter o padrão de consumo das elites a salvo dos efeitos deletérios da pandemia.

Por ocasião do Dia Mundial dos Direitos Humanos em 2018, Francisco fez uma análise certeira sobre o desprezo com os Direitos Humanos. “Hoje, persistem no mundo várias formas de injustiça, alimentadas por visões antropológicas redutivas e por um modelo econômico baseado no lucro, que não hesita em explorar, descartar e até mesmo matar o ser humano. Enquanto uma parte da humanidade vive na riqueza, outra parte vê sua própria dignidade renegada, desprezada ou pisoteada e seus direitos fundamentais ignorados ou violados”.

Apesar de sua enorme relevância e força, os apelos do pontífice seguem ignorados e os Direitos Humanos, quando não completamente esquecidos, são motivo de chacota pelos que pregam “direitos humanos para humanos direitos”.

A pandemia serviu para que um gigantesco espelho se colocasse para o mundo todo e para que pudéssemos perceber o quanto ainda temos que avançar para superar a violência, respeitar a dignidade do outro e viver num mundo mais saudável. Mas temos que prestar atenção ao nosso reflexo, ao que o espelho está nos mostrando, fazer uma “reflexão”.

Em 2014, o padre jesuíta João Batista Libânio discorreu em uma palestra sobre como as pessoas lidam com o dilema da existência, de sua separação do mundo e da solidão. Para ele, uma das maneiras utilizadas para se sentirem englobadas é a conformação a uma situação, a uma determinada cultura e a um modo de ser. Dessa maneira se perdem no mundo, não se distinguem, não se veem, não “refletem” sobre quem realmente são, perdem a identidade encontrando assim a resposta para suas inquietações. A saída desse estado de “contentamento” é urgente e necessária para encontrar soluções para além da satisfação de nossas necessidades mais instintivas. Sem isso, não vamos perceber suficientemente os dilemas do mundo, a fome, a miséria e a falta de políticas públicas.

E nesse movimento em busca de uma saúde espiritual pessoal para enxergarmos o reflexo nada otimista sobre o mundo lançado pela pandemia, precisamos também buscar a saúde do planeta, sem o qual nossa existência não é possível.

Todos os cientistas são unânimes em afirmar que esta não foi a primeira, nem será a última pandemia. Todas, indistintamente, são resultado do modelo econômico que suga os recursos naturais como se houvesse três planetas disponíveis, do modelo que explora seres humanos à exaustão, que joga populações inteiras na indigência e que se alimenta do sangue de homens e animais.

Estima-se que entre 70 e 85 milhões de pessoas pereceram na 2º Guerra. Em um estudo inédito realizado por conta da pandemia de covid-19, em julho de 2020, a Oxfam International advertiu sobre o aumento da fome no planeta, à medida que o novo coronavírus lança milhões de pessoas na pobreza extrema.

De acordo com dados da organização não governamental britânica, a covid-19 jogou lenha na fogueira de uma crise alimentar que vinha se acirrando nos últimos anos. Pelas estimativas da Oxfam, até o fim de 2020, entre 6,1 mil e 12,2 mil pessoas poderão morrer diariamente de fome em decorrência dos impactos socioeconômicos da pandemia. Isso significa, no pior cenário, 4,8 milhões de pessoas.

A título de comparação, durante a Segunda Guerra, uma média de 11 milhões de pessoas morreram todos os anos enquanto o conflito durou. Sem o confronto mundial, estamos perdendo quase a metade disso.

Não precisamos de uma nova Declaração Universal dos Direitos Humanos. Precisamos que esse texto quase centenário seja minimamente respeitado, e pelos mesmos motivos pelos quais ele foi criado. É preciso compreender que outras experiências estão aí a bater à porta da inteligência humana e que o respeito à dor e ao sofrimento do outro devem nos levar a repensar nossos hábitos, evidências, tradições e visões de mundo.

Nota do Instituto Humanitas Unisinos - IHU

A leitura do artigo inspira a audição do moteto de Mozart que pode ser ouvido no vídeo abaixo, 3'40:

"Tu virginum corona,
tu nobis pacem dona,
tu consolare affectus,
unde suspirat cor"

 

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