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A Igreja e uma Itália que desvaneceu

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19 Outubro 2020

"A falta de verdadeiras competências de carácter extrarreligioso e, ao mesmo tempo, a impossibilidade de contar com as competências de uma sociedade civil católica agora já inexistente ou distante, condenam não só a gestão financeira da Santa Sé, mas de um modo geral todas as suas relações com o "século" a viver perigosamente, sempre à beira da fraude ou da ilegalidade ou, na melhor das hipóteses, da mais desanimadora inépcia", escreve Ernesto Galli Della Loggia, historiador, jornalista italiano e professor do Instituto Italiano de Ciências Humanas de Florença (SUM), publicado por Corriere della Sera, 18-10-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

As enésimas desventuras, vamos chamá-las eufemisticamente assim, das finanças do Vaticano indiretamente destacam um fato importante: o desaparecimento de uma específica Itália católica de molde aristocrata e burguês de cujas competências até tempos nem tão distantes a Igreja se serviu de várias maneiras, e que serviu à Igreja e as sortes do catolicismo à insígnia de um forte empenho ético e de um substancial desinteresse pessoal.

Aquela Itália católica tinha seus baluartes especialmente na Lombardia e no Veneto e nos Estados Pontifícios (nas antigas e menos antigas famílias dos Gallarati Scotti, Casati, Valmarana, Falck, bem como em não poucos círculos burgueses das profissões e da cultura), e embora a fé tradicionalmente ligasse aquela Itália à Santa Sé, em decorrência da Unificação – sendo uma orientação católico-liberal predominante em suas fileiras - ela não deixou de prestar importantes serviços também ao novo Estado.

A Democracia Cristã de Alcide De Gasperi, por exemplo, fez amplo uso de não poucos de seus membros para uma série de cargos importantes e geralmente com excelentes resultados. Tudo isso nos faz pensar, quando somos informados pelos jornais sobre como os fundos conspícuos da Santa Sé são geralmente administrados por bispos de todos os escalões. Tudo obviamente muito desinformados em questões financeiras (e alguns certamente honestos, como eu me obstino a considerar o cardeal Becciu), que durante anos, como se nada fosse, se acostumaram a confiar milhões e milhões a empresas sediadas nos lugares mais suspeitos, a personagens entre os mais improváveis, a banqueiros medíocres, a intermediários de perfil mais do que duvidoso, a sujeitos apresentados por outros sujeitos, e assim por diante. A um grupo de tipos, em suma, que qualquer pessoa um pouco mais avisada teria posto imediatamente porta afora, tendo o cuidado de não lhe confiar nem um centavo.

Tipos que, em vez disso, parecem ter recebido no Vaticano a tarefa de manipular valores alucinantes: como o óbvio resultado, que qualquer pessoa razoável teria esperado, ou seja, que uma parte desses valores acabasse ilegalmente em seus bolsos. É mais que possível que em alguns dos mandantes de batina houvesse originalmente uma intenção fraudulenta (contar com trapaceiros para poder trapacear e roubar). Mas a ingenuidade, o desconhecimento e eu diria quase a credulidade na escolha das pessoas em quem confiar, parecem ter sido tão difundidas e constantes ao longo do tempo a ponto de beirar o improvável.

Em contraste com essa massa de vigaristas de vários tipos perambulando pelos sagrados palácios, como não lembrar, só para citar um nome, da figura de um homem como Bernardino Nogara? Muito poucos, acredito, sabem quem ele foi, mas talvez seja esse o seu maior título de glória.

Bernardino Nogara - vindo de uma família Comasco de doze filhos, com profundas tradições católicas - depois de uma bem sucedida carreira no mundo da indústria e das finanças durante a qual também pôde colaborar com Giolitti em importantes questões de política externa, foi aquele a quem em 1929 Pio XI conferiu a tarefa com plenos poderes de reorganizar as finanças do Vaticano. Que além de incluírem o Óbolo de São Pedro, precisamente em 1929, haviam se enriquecido com a cifra astronômica que lhes fora conferida pelo Estado Italiano após os Pactos de Latrão. Pois bem, Nogara pôs ordem, evitou perigos, investiu com prudência e clarividência, administrou com a maior honestidade e, ao cabo de vinte e cinco anos de serviço, deixou a Santa Sé em condições de prosperidade ímpar.

Nogara é apenas um exemplo que os acontecimentos destes últimos dias trazem à memória. Um exemplo daquela Itália católica de molde aristocrático e burguês de que eu falava no início, que tanto a nível paroquial como diocesano e, finalmente, de Vaticano, por muito tempo apoiou a Igreja de muitas maneiras, e com a qual a Igreja sabia que podia contar em vez dos suspeitos indivíduos a que ela se acostumou a recorrer já há muito tempo.

Uma Itália que hoje parece ter desvanecido ou realmente desapareceu. Em parte, porque provavelmente não é (ou não se sente mais) católica ou porque seus filhos conheceram o processo de secularização que afetou todo o país. Mas em parte porque tanto no centro como na periferia, a Igreja decidiu prescindir dela. Ao implementar uma escolha por trás da qual é fácil ver o efeito de dois processos concomitantes.

O primeiro é a atitude que se espalhou na Igreja após o Concílio. Uma atitude orientada para a renovação como tal, fora dos velhos padrões, ao repúdio a todos os antigos hábitos. Acima de tudo, visando afastar de si qualquer suspeita de proximidade ao poder, de proximidade com as classes dominantes em vez que dos "últimos". Mais cedo ou mais tarde, tudo o que cheirava a tradição e parecesse democraticamente ambíguo foi posto de lado. Não causa surpresa que, em tal atmosfera, utilizar os serviços de um antigo senhor da nobreza ou as competências de um rico profissional conhecidos por sua fé pré-conciliar e por sua posição social eminente, tenha acabado parecendo, no mínimo, inconveniente e inoportuna. De fato, desde então, todas as relações entre a Igreja e as figuras sociais desse tipo desapareceram substancialmente.

O segundo processo foi a internacionalização do papado e da Cúria, que ocorreu no último meio século após a eleição de Wojtyla: produzido e acompanhado pela difusão na opinião pública católica mundial e cada vez mais no próprio ambiente papal de um tácito, mas forte, preconceito anti-italiano. O efeito combinado de tudo isso foi, a partir dos anos 1970, a progressiva internacionalização também da gestão das finanças do Vaticano, cujo símbolo pode ser considerado o papel de mais de um vintênio exercido por um homem como o bispo lituano-estadunidense Paul Marcinkus.

Uma orientação, como se sabe, desde o início marcada por vínculos mais do que suspeitos com ambientes financeiros mundiais de baixíssima reputação, quando não envolvidos em verdadeiras atividades criminosas. Exceto por breves períodos, há trinta anos, tudo prossegue por esse caminho, com a pontual trupe de vilões, escândalos e falcatruas.

A falta de verdadeiras competências de carácter extrarreligioso e, ao mesmo tempo, a impossibilidade de contar com as competências de uma sociedade civil católica agora já inexistente ou distante, condenam não só a gestão financeira da Santa Sé, mas de um modo geral todas as suas relações com o "século" a viver perigosamente, sempre à beira da fraude ou da ilegalidade ou, na melhor das hipóteses, da mais desanimadora inépcia.

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