• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Líder indígena Davi Kopenawa denuncia governo Bolsonaro na ONU

Mais Lidos

  • O oxímoro que articula o título da entrevista está na base das reflexões que o autor traz sobre levarmos a sério o pensamento e os modos de vida dos Outros, não por acaso nossos povos indígenas, cuja literatura e a antropologia são caminhos que levam a novos horizontes

    A saída para as encruzilhadas no Antropoceno está não em nós mesmos, mas em nós-outros. Entrevista especial com Alexandre Nodari

    LER MAIS
  • Seríamos todos uberizáveis? Entrevista com Ludmila Costhek Abílio

    LER MAIS
  • “A resposta a Trump não deve ser voltar ao normal”. Entrevista com Michael Hardt

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    5º domingo de páscoa – Ano C – A comunidade do ressuscitado

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

04 Março 2020

Em Genebra, porta-voz dos ianomâmis e organizações apresentam denúncia contra o presidente por violações dos direitos dos povos indígenas, sobretudo os isolados. "Bolsonaro quer acabar conosco, mas lutando vamos viver."

A reportagem é de Karina Gomes, publicada por Deutsche Welle, 03-03-2020.

"O presidente [Jair] Bolsonaro quer acabar com os povos indígenas no Brasil. [O governo] trata a terra e a nós como mercadoria", afirmou o líder indígena Davi Kopenawa, porta-voz dos ianomâmis, ao apresentar uma denúncia à ONU contra o governo Bolsonaro por violações dos direitos dos povos indígenas isolados no Brasil. "Ele [o presidente] não gosta de índio e não gosta de mim", complementou. 

Davi Kopenawa. (Foto: Divulgação)

A denúncia foi apresentada nesta terça-feira (03/03) durante a 43ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça, que decorre até 20 de março. O relatório submetido às Nações Unidas foi elaborado pelo Instituto Socioambiental (ISA) e detalha como as ações adotadas pelo governo desde o início de 2019 têm elevado o risco de genocídio e etnocídio dos povos indígenas isolados do Brasil.

"Dos 115 povos indígenas isolados do país, 28 já foram reconhecidos pela Funai [Fundação Nacional do Índio]. Outros aguardam o processo administrativo de qualificação, mas esses processos estão praticamente paralisados", explica o pesquisador do ISA Antonio Oviedo, que denuncia o que chama de desmonte dos órgãos de proteção dos povos indígenas no país.

Durante a sessão do órgão das Nações Unidas, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, incluiu o Brasil na lista de países que provocam preocupações sobre direitos humanos devido a "retrocessos significativos de políticas de proteção do meio ambiente e dos direitos dos povos indígenas".

Em reação, a embaixadora do Brasil nas Nações Unidas, Maria Nazareth Farani Azevedo, afirmou que é preciso "corrigir falácias" e lamentou que Bachelet seja "tão mal aconselhada" sobre a situação dos direitos ambientais e dos povos indígenas no Brasil. "Dos dez maiores países do mundo, o Brasil faz o máximo para preservar o meio ambiente dentro de suas fronteiras", disse.

Em entrevista exclusiva à DW em Genebra, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, discordou que as políticas do governo violam os direitos dos povos indígenas e ainda defendeu o projeto de lei que permite a mineração em terras indígenas, apresentado por Bolsonaro ao Congresso Nacional. "Se o Congresso decidir que haverá mineração legal em áreas indígenas, ela vai acontecer e vai ter critérios, parâmetros e regramento. O garimpo ilegal no Brasil acabou", afirmou.

Por outro lado, a diretora da Human Rights Watch no Brasil, Maria Laura Canineu, e a consultora Andrea Carvalho argumentam que a exploração comercial de recursos naturais em territórios indígenas pode estimular mais invasões e desmatamento.

"Em vez de garantir o cumprimento da lei, fortalecer as agências federais, responsabilizar as redes criminosas e proteger os guardiões das florestas, o governo quer responder à mineração ilegal simplesmente legalizando-a", criticam as duas no artigo intitulado "A proposta de Bolsonaro para legalizar crimes contra povos indígenas".

A denúncia apresentada nas Nações Unidas nesta terça-feira destaca ações inconstitucionais praticadas pelo governo brasileiro contra os povos indígenas, bem como critica a mineração em terras protegidas e o desmonte dos órgãos de regulamentação, como a Funai.

Mineração em terras indígenas

Em entrevista à DW, o líder indígena Davi Kopenawa afirmou que o principal problema dos ianomâmis em Roraima é o avanço dos garimpeiros. A atividade de mineração tem poluído rios importantes, como o Uraricoera e o Mucajaí.

"Os garimpos estão por toda a parte. A nossa preocupação é com doenças como malária, tuberculose e câncer. Estamos tomando água envenenada com mercúrio", denuncia. "Não queremos a entrada da mineração nas terras ianomâmis. Isso só vai trazer problemas, brigas, doenças e poluição. Vai acabar com as nossas casas e com os nossos peixes. Não vai trazer nenhum benefício."

Antonio Oviedo, do ISA, questiona o interesse de Bolsonaro em permitir a mineração em territórios protegidos, levando em consideração que apenas 2% dos requerimentos de mineração no Brasil estão localizados em terras indígenas.

"Por que o governo quer iniciar a regulamentação de uma atividade a partir da sua exceção? O governo não tem uma proposta nacional para o setor e quer começar a legislar pela exceção dentro dos territórios indígenas, ferindo todas as normativas constitucionais", critica.

Davi Kopenawa, que ganhou o Prêmio Right Livelihood, também conhecido como "Nobel Alternativo", ao lado de Greta Thunberg em 2019, relata ameaças de morte contra ele e sua família feitas por garimpeiros na região. "Eu os denuncio, e eles me perseguem", conta, "mas eu continuo lutando."

"Legalizar o garimpo é predatório"

Para Laura Greenhalgh, diretora-executiva da Comissão Arns, organização de defesa e monitoramento dos direitos humanos no Brasil, o governo usa uma "carga muito alta de desinformação como estratégia política" para justificar tais violações ambientais e contra indígenas.

"Existem terras homologadas, demarcadas e protegidas de qualquer atividade dessa natureza. Dizem que vão legalizar o garimpo como se isso não fosse predatório, o que é um total absurdo", afirma.

Greenhalgh também critica a determinação de Bolsonaro em não demarcar "nenhum centímetro a mais de terras indígenas" no Brasil. "Cabe à União a demarcação e a proteção das terras indígenas. Existem dezenas de processos demarcatórios suspensos. Quando o governo diz que não vai demarcar mais nada, está infringindo as leis brasileiras", argumenta.

A diretora-executiva da Comissão Arns também defende o princípio constitucional de autodeterminação dos povos indígenas. "Os índios têm o direito de viver como querem e não como a ministra [Damares Alves] ou o presidente pensam que eles deveriam viver", diz.

No ano passado, a Comissão Arns apresentou uma petição ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda, solicitando a investigação de ações do presidente Bolsonaro desde a posse, no início de 2019. "A visão e as práticas do governo colocam em risco a sobrevivência desses povos. Por isso, na petição, falamos em risco de genocídio e etnocídio para que Bolsonaro seja eventualmente responsabilizado por ação criminal contra esses povos", explica.

Desmonte dos órgãos de regulamentação

A denúncia levada à ONU também enumera ações do governo para fragilizar órgãos que têm responsabilidade na garantia e proteção dos direitos dos povos indígenas, como o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – com o desmantelamento das atividades de fiscalização –, e a Funai.

"O presidente e o ministro [do Meio Ambiente, Ricardo Salles] dão uma mensagem muito clara aos desmatadores, garimpeiros, grileiros e invasores de que o governo está do lado deles, de que as terras indígenas e os índios representam uma limitação para o desenvolvimento do país", observa o pesquisador Oviedo, do ISA.

Segundo ele, a Funai é o órgão mais fragilizado, com cortes expressivos no orçamento. Oviedo lembra que o novo diretor da fundação, Marcelo Augusto Xavier, ligado à Polícia Federal, defendeu no passado processos contra os povos indígenas.

"Quando há uma decisão negativa sobre a demarcação de uma terra indígena, ele vai no Twitter para comemorar que essas terras não lograram os seus objetivos", afirma.

A nomeação recente do ex-missionário evangélico Ricardo Lopes Dias como chefe da Coordenação Geral de Índios Isolados e de Recente Contato da Funai é também criticada. "Ele tem um histórico de contatos forçados com outras etnias, que resultaram em violência contra indígenas. O discurso dessa diretoria é que precisam contatar esses índios, ensinar a língua portuguesa e inseri-los na sociedade brasileira. É um completo absurdo. Foi criada uma 'anti-Funai'", lamenta Oviedo.

Davi Kopenawa afirma ter "medo dos missionários". "Eles entram nas nossas comunidades sem consulta com as lideranças das aldeias. Eles carregam doenças. Nós não precisamos aprender a virar um homem branco. Não há interesse. Só queremos falar português para poder defender os direitos do meu povo. Esse homem [Bolsonaro] é doido", diz o líder dos ianomâmis. "Lutando vamos viver. Sem a luta, vamos viver calados."

Leia mais

  • O genocídio dos povos indígenas. A luta contra a invisibilidade, a indiferença e o aniquilamento. Revista IHU On-Line, Nº. 478
  • “Os brancos estão destruindo a Amazônia porque não sabem sonhar”. Entrevista com Davi Kopenawa
  • Davi Kopenawa ganha “Nobel alternativo” e faz alerta ao mundo: garimpo está matando os Yanomami
  • Povos Yanomami e Ye’kwana se unem e exigem: “Fora, garimpo!”
  • Davi Kopenawa: “Bolsonaro é o que nós, Yanomami, chamamos de xauara, possui um pensamento adoecido”
  • “O ‘pouco índio’ está protegendo todo o planeta”, diz Davi Kopenawa
  • Violência, problemas para a saúde e meio ambiente: a exploração de ouro em território Yanomami
  • Yanomami e Ye'kwana entregam ao governo plano de gestão para garantir seu bem-viver
  • Dário Kopenawa: “São 20 mil garimpeiros explorando a nossa casa”
  • Campeã de requerimentos minerários, Terra Indígena Yanomami sofre com explosão do garimpo
  • Yanomami respondem Bolsonaro: “Não somos pobres e não queremos garimpo”
  • “Eles são contra nossa vida porque protegemos a terra que o avô deles queria roubar”. Entrevista com Davi Kopenawa
  • “O governo Bolsonaro é o principal responsável pela insegurança dos povos indígenas”. Entrevista com o Secretário Executivo do CIMI
  • Em nota pública, MPF critica projeto de lei que permite mineração em terras indígenas
  • O que está em jogo com a nomeação de um missionário para a coordenação de isolados da Funai
  • Povos indígenas isolados estão ameaçados por quase 4 mil requerimentos minerários
  • “Como vocês explicarão aos seus filhos que desistiram?”. Discurso de Greta Thunberg em Davos
  • Todas as 800 multas ambientais aplicadas no Brasil desde outubro não foram cobradas
  • Davi Kopenawa ganha “Nobel alternativo” e faz alerta ao mundo: garimpo está matando os Yanomami
  • Denúncia internacional de Bolsonaro visa evitar ‘extermínio indígena’, diz ex-ministro
  • Juristas e ex-ministros criam a Comissão Arns para monitorar casos de violação aos direitos humanos
  • A atual política nacional para o meio ambiente e o incentivo ao crime ambiental. Entrevista especial com Antonio Oviedo
  • ONG ligada à ministra Damares levou malária a indígenas isolados e foi acusada de extrair mogno

Notícias relacionadas

  • A ambígua e ineficiente política indigenista brasileira. Entrevista especial com Egydio Schwade

    LER MAIS
  • Quinto vazamento de petróleo do ano pinta de preto a Amazônia peruana

    Horas depois do Dia Internacional dos Povos Indígenas, as imagens de fontes de água da Amazônia tingidas de petróleo volta[...]

    LER MAIS
  • A batalha do maracá contra o cassetete e a gravata

    "Foi gratificante acompanhar não apenas uma semana de mobilização pelos direitos dos povos e comunidades indígenas e tradicion[...]

    LER MAIS
  • Declaração do Fórum Mundial de Teologia e Libertação

    "Denunciamos a onda conservadora que se abate sobre o Congresso Nacional e os Projetos de emenda à Constituição que atentam con[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados