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24 Setembro 2019

Os intelectuais do bolsonarismo, Ernesto Araújo e Olavo de Carvalho, concordaram nos Estados Unidos, na semana passada, e suas declarações não passaram despercebidas. Melhor dito, não passaram despercebidas para os estudantes dos rebuscados filósofos marxistas da Escola de Frankfurt, a quem os cérebros da nova direita brasileira ainda consideram seus grandes rivais ideológicos.

A reportagem é de Andy Robinson, publicada por Ctxt, 18-09-2019. A tradução é do Cepat.

Em Washington, Araújo, ministro das Relações Exteriores, que em oito meses dinamitou a fama histórica da diplomacia brasileira por ser a mais pragmática do mundo, alertou sobre o perigo do chamado “marxismo cultural”, uma aliança, segundo sua tese, não menos original, do “tráfico de drogas e as ideias de Antonio Gramsci”. Ao ouvir isso, até os reaganistas ficaram perplexos na sede da Heritage Foundation, onde Araújo proferiu seu discurso, na quinta-feira, 12 de setembro. Mais tarde, o chanceler atacou o filósofo do 68 de Paris, Herbert Marcuse, responsável, segundo o ministro bolsonarista, pela degeneração moral causada pela chamada “ideologia de gênero”.

Utilizou o termo “climatismo” para criticar a suposta lucratividade da mudança climática, orientada para impor uma ditadura da esquerda ambientalista e desafiou toda a ciência reconhecida a constatar que a mudança climática não tem razão para ser o resultado de emissões de CO2 causadas pelos seres humanos.

As referências se tornariam ainda mais difíceis para o público, ao menos para aqueles que não eram leitores regulares da New Left Review. Araújo culpou o teórico literário marxista Georg Lukács e o marxista argentino Ernesto Laclau pela presença de uma ditadura invisível que doutrina crianças nas escolas. Felizmente, os presidentes brasileiro e americano, Jair Bolsonaro e Donald Trump, estão liderando “uma rebelião universal pela liberdade e contra as besteiras”, disse.

Quando o chanceler fez uma rápida revisão das diferenças entre stalinismo e leninismo, o colunista do Washington Post, Ishaan Tharoor, que participou da conferência, tuitou exaltado: “Não percebe que na Heritage tudo isso não tem a mínima importância? E, de fato, a moderadora da conferência no famoso think tank conservador agradeceu a Araújo, ao final, com uma dose suave de sarcasmo: “Da próxima vez, trarei meu caderno”.

Tantas referências ao “marxismo cultural” e à nefasta influência de Gramsci para a boa família tradicional têm uma explicação. O chanceler brasileiro é um convertido ao pensamento de Olavo de Carvalho. Esse ex-militante juvenil do Partido Comunista de São Paulo, que agora é o astrólogo e filósofo da nova direita, radicado nos Estados Unidos, e apaixonado por cachimbo, utilizando chapéus de caubói e camisas de lenhador. Ele é o guru veterano de Bolsonaro e seus três filhos, e recomendou Araújo para liderar a pasta do prestigiado Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores), em Brasília.

Horas depois do discurso do chanceler em Washington, Carvalho, de sua casa na Virgínia, divulgou seu mais recente vídeo-monólogo dedicado a questões da cultura pop. Primeiro, destacou a relação entre o rock dos anos 1960 e o satanismo. Em seguida, propôs uma tese ainda mais ousada que a de Araújo: “Os Beatles eram analfabetos musicais. Nem sabiam tocar violão. Quem compôs as canções foi Theodor Adorno... ”, finalizou, fazendo referência ao filósofo marxista da mesma Escola de Frankfurt.

Os comentários paranóicos e delirantes de Bolsonaro estão bem documentados. Desde sua ameaça pré-eleitoral de enviar “todos os vermelhos para a ponta da praia” (a costa do Rio onde a ditadura matou seus dissidentes), até sua insistência, na semana passada, de que “enquanto houver indígenas, não haverá soberania brasileira” . Sem mencionar a fixação escatológica do presidente que, segundo o jornal The Guardian, acrescentou cinco referências em público ao ato de defecar (questionado sobre o plano de desenvolvimento do Governo, o presidente brasileiro respondeu: “É necessário fazer cocô a cada dois dias”).

No entanto, as ideias de Araújo e Carvalho - mais esotéricas, mas não menos descabidas - são menos conhecidas. Carvalho se tornou famoso nas redes sociais da ultradireita por seu costume de propor audazes contrateses às explicações usuais da ciência, como as mudanças climáticas e o darwinismo. Compartilha isso com muitos charlatães da nova direita cristã. Contudo, Carvalho dá um passo a mais, combina tudo com hipóteses que parecem mais extraídas do manicômio que da grande igreja neopentecostal. “Não há nada que refute que a Terra é plana”, disse. Essas provocações são complementadas por uma pseudofilosofia salpicada de referências a Heidegger e críticas obsessivas a Gramsci.

Tudo isso pode ser anedótico, mas Carvalho e Araújo não atuam apenas no circuito brasileiro de teorias de conspiração delirantes, pós-verdade e notícias falsas. Procuram aliados internacionais. Mantêm relações muito boas com Steve Bannon, o Svengali da alt-right (nova extrema direita) em todo o mundo.

Araújo se encontrou com Bannon na última quinta-feira, após sua palestra na Heritage, para elaborar o discurso que o presidente brasileiro fará na Organização das Nações Unidas, neste mês. Eduardo, filho de Bolsonaro, que foi visitar seu pai no hospital, na semana passada, com uma arma visivelmente enfiada nas calças, é o acólito número um das teorias delirantes de Carvalho, que se orgulha de ser amigo de Bannon.

Os três ideólogos ultraconservadores geralmente focam seu discurso antissistêmico contra o chamado globalismo. Para os brasileiros, a mudança climática se tornou o principal cenário desses ataques ao multilateralismo, já que permite uma defesa nacionalista da Amazônia frente aos supostos desejos de internacionalizar a gestão da mata. “Vários líderes querem impor um governo internacional na Amazônia”, disse Araújo, em entrevista coletiva em Washington, na sexta-feira, embora não pôde citar nenhum deles.

No entanto, Bannon, um ex-banqueiro de Wall Street, deve ter tomado nota em sua reunião com o chanceler de que os intelectuais bolsonaristas não têm nada contra o internacionalismo, quando se trata da venda de ativos nacionais a companhias e bancos globais. Na reunião entre Araújo e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, durante a mesma visita a Washington, foi anunciado um chamado Plano de Desenvolvimento do Setor Privado na Amazônia, que inclui um fundo de 100 milhões de dólares administrado por empresas privadas multinacionais, que supostamente garantirão a biodiversidade amazônica.

Abrir a Amazônia aos investimentos privados “é a única maneira de protegê-la”, disse o chanceler brasileiro, talvez em referência aos grupos multinacionais mineiros e agroalimentares que aproveitam as oportunidades criadas na Amazônia pelas políticas de Bolsonaro.

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