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“Não há soluções fáceis para problemas complexos”. A vigente radicalidade de Donna Haraway

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27 Julho 2019

“Não é necessário entender tudo”, disse a bióloga e filósofa Donna Haraway (Denver, 1944). Com esta premissa, combateu preceitos e ideias presentes no debate público nas últimas quatro décadas. Haraway não fala a partir de uma construção lógica do sujeito e o predicado, e sempre que pode evita as metáforas, que são a chave de toda a nossa linguagem. “É necessário pensar muito bem no modo como elaborar as abstrações”, ratifica.

A reportagem é de Paula Corroto, publicada por Letras Libres, 26-07-2019. A tradução é do Cepat.

Não é simples compreendê-la, mas nos dias atuais, muitos anos após o seu famoso Manifesto Cyborg, no qual com uma perspectiva feminista dava ênfase à simbiose entre o ser humano e a máquina – muito antes que os celulares fossem uma continuação de nossos braços –, continua sendo uma das filósofas culturais mais influentes. E retornou com outro manifesto: Seguir con el problema, publicado originalmente em 2017 e agora em espanhol pela editora Consonni. Porque o problema, como continuar habitando esta terra que nos destrói, como continuar a convivência de todos: seres humanos, diferentes espécies e robôs, persiste.

“Importa quais histórias contamos para contar outras histórias”, admite também Haraway. Desta vez, deteve-se no conceito de Antropoceno, que de acordo com os cientistas define a época geológica atual, em que as atividades do ser humano modificam a Terra. E a partir daí todo o debate recente sobre a mudança climática, aquecimento global e demais emergências climáticas, muito relacionadas também com a energia. A filósofa, sempre radical em seus delineamentos, não concorda com o termo, nem com o modo como estes problemas estão sendo combatidos. Propõe chamá-lo de Capitaloceno, já que possui uma visão de que o homem volta a ser o centro e olha para cima.

Sua tradutora e boa conhecedora de suas ideias, Helen Torres, comenta que segundo Haraway, “as ciências modernas já não servem para explicar o que está acontecendo. Assim como a política não responde às necessidades. Sobre a mudança climática, há propostas que levam a procurar soluções na tecnologia, em como está nos salvará se a utilizarmos bem. Mas, essa não é a solução. Não há soluções fáceis para problemas complexos. Não se trata de: ‘iremos viver em Marte e isso soluciona tudo’. Há muitas coisas que toda pessoa pode fazer a partir de diferentes lugares”.

Simbiose e mundo multiespécies

Para começar, o que a filósofa propõe é mudar a denominação para Chthuluceno e, depois, “gerar parentesco”. Haraway encontrou o nome na raiz Chthulu, que faz referência aos deuses telúricos gregos, aqueles que viviam sob a terra, como a deusa Gaia ou Medusa. “Trata-se de, em vez de olhar para cima, olhar para baixo. E do que se trata é de gerar comunidade com outras espécies. É a ideia do tentáculo, das multiespécies e da simbiose, que também foi estabelecida pela bióloga Lynn Margulis, porque não existe nenhum ser que não viva em simbiose, ninguém pode viver só.

Contudo, quando surgiu o termo Antropoceno, esta ideia se afastou e foi colocado, outra vez, o ser humano no centro”, explica Torres, que acrescenta que, “agora, temos um pensamento ambientalista, mas sempre a partir de nosso lugar, do sujeito sobre o objeto. Esse é o relato que precisamos mudar”. São linhas de pensamento que também foram transitadas por escritores, pensadores e cientistas como Isabelle Stengers, Bruno Latour, Thom van Dooren, Anna Tsing, Marilyn Strathern, Hannah Arendt e Ursula K. Le Guin.

Neste sentido, um posicionamento radical de Haraway foi o experimento que fez com sua cachorra, que já era velha. Durante a menopausa da filósofa, as duas tomaram estrogênios – esta ideia da simbiose – e sua cachorra passou a ter incontinência urinária (os estrogênios eram extraídos de urina equina). A partir daí, Haraway estabelece uma crítica ao capitalismo e reflete sobre a pesquisa veterinária, as grandes farmacêuticas, a criação de cavalos para estimular estrogênios, os zoológicos, e as ações inter-relacionadas entre direitos dos animais e saúde das mulheres.

“É uma proposta radical porque, às vezes, ficamos aquém. Não somos amigos dos animais, não podemos tratá-los como se fossem outros humanos, mas, sim, nos ajudam a abrir outros caminhos. E neste caso se tratava de estabelecer de onde vinham os hormônios que tomamos”.

Crítica ao feminismo da identidade

Esta ideia se relaciona com uma questão feminista que rompe com algumas abordagens atuais. Ela já criticou certo feminismo, nos anos 1980, ao destacar que “não há nada acerca de ser fêmea que naturalmente una as mulheres. Nem sequer existe tal estado como o de ser fêmea, que em si é uma categoria altamente complexa, construída em discursos científicos sexuais debatidos e outras práticas sociais” (extraído do Manifesto Cyborg). E acrescentava que, contra o essencialismo, “as mulheres deveriam considerar o estabelecimento de coalizões baseadas na ‘afinidade’, em vez de identidade”, e esta afinidade “é resultado da alteridade, diferença e especificidade”.

Assim, quando exalta a ideia de “gerar parentescos”, detém-se no assunto da reprodução. “Aí faz uma crítica ao feminismo por toda esta ideia que existe agora de maternidade. O que acontece com as feministas, que custa a nos falar de limitar a reprodução humana [?]. Em 2100, seremos 11 bilhões de pessoas sobre a Terra e não há recursos”, comenta Torres, que reconhece que Haraway “está falando para nós, feministas brancas, que somos as que a lê e que estamos em uma posição de privilégio. É para nós que indica como exercer a maternidade e como seria se, em vez de cada pessoa se reproduzindo, houvesse três mães por criança. Precisamos esquecer o conceito de família nuclear e criar outras famílias”.

Com todas estas ideias, parece que Haraway amplia o que já contou no Manifesto Cyborg, onde apontava que a tecnologia não está separada do orgânico. Ela já superou o cyborg e fala dos holobiontes, uma entidade na qual todos estes campos, o orgânico, o tecnológico, estão articulados de tal maneira que não podemos separá-los. Vivemos em uma montagem ensamblagem.

“Cyborg é uma palavra que nos seduziu mais, mas agora utiliza um imaginário que nos prende muito mais à Terra. O cyborg falava de Blade runner, mas agora é um conceito mais biológico. O que está nos dizendo é que assim vimos os organismos vivos. É um retorno à Terra, mas a essa Gaia, um monstro que não precisa de nós, mas nós sim, e por isso temos que lutar”, explica Torres.

Todas estas propostas não são simples, mas como insiste sua tradutora, sim, são muito concretas. “Fala-nos sobre gerar outras formas de parentescos e de como se está fazendo em outros campos como a arte, a ciência, o ativismo. São pequenos projetos, mas marcam uma diferença”. Proposta da vigente radicalidade de Haraway.

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