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Agnes Heller: “1968 nos ensinou a investigar a modernidade”

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22 Julho 2019

"O que precisa ser investigado é o conceito de modernidade, muito mais amplo que o de capitalismo. Eu não acredito que seja a história que mudou, mas a consciência dela: depois de 1968, foi inaugurada uma nova maneira de olhar para a modernidade. As grandes narrativas acabaram. E é difícil conseguir olhar além do próprio horizonte pessoal e do próprio presente", afirma Agnes Heller, filósofa húngara, falecida na semana passada, em entrevista concedida a Anna Maria Merlo, publicada por Il Manifesto, 21-07-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

Segundo a filósofa, "na modernidade há um movimento pendular entre o universalismo e o particularismo que se expressa, por exemplo, na constante tensão entre o catolicismo e o protestantismo; ou, ainda, na economia, entre livre mercado e intervencionismo. Outros movimentos pendulares virão, mas a tensão nunca chegará ao ponto de ruptura. Agora, eu me pergunto: o fim das grandes utopias é uma perda ou um ganho? O que é mais importante hoje e para quem? É isso que precisa ser analisado: apesar do colapso de grandes esperanças, no entanto, a elas se deve um grande respeito".

Eis a entrevista.

Em sua opinião, existiu algum elemento de "universalidade" em 1968, a ponto de ter envolvido tanto o leste que o oeste?

Certamente marcou um ponto de virada. Não é coincidência que muitos representantes do pensamento pós-moderno, espalhados por todo o mundo, provenham dessa experiência. Dizia-se: queremos mudar a vida, aqui e agora. Não amanhã. Embora tenha tido diferentes conotações políticas dependendo dos distintos países - foi em toda parte um movimento "contra as grandes narrativas". Um movimento que defendeu valores da modernidade inclusive diferentes entre si, mas que tinha como base a defesa vital da liberdade.

A questão da liberdade é outra maneira de aludir à questão das necessidades, sobre a qual você escreveu um texto que teve uma grande ressonância no Ocidente. Você estava na época em Budapeste: em que contexto nasceu esse livro?

No final dos anos 1960, início dos anos 1970, estávamos na escola de Lukács. Mas nem eu nem meus amigos estávamos engajados no movimento de renovação do marxismo, que propunha um retorno às raízes, às fontes marxianas. O que nos pareceu evidente era o surgimento de muitas variações do marxismo, de muitas interpretações possíveis, em competição entre si: e foi precisamente isso que mais me interessava.

Em meu livro La sociologia della vita quotidiana (A sociologia da vida cotidiana), as necessidades foram o ponto de partida para entender as transformações sociais. Eu escrevi La Teoria dei Bisogni (A Teoria das Necessidades) continuando nesta mesma linha, antes do surgimento da nova esquerda. Naquelas páginas, eu rejeitava o paradigma produtivista. Mas para mim, este livro não era importante: era, na verdade, uma recapitulação das teorias de Marx, que deveria ter constituído a introdução à minha teoria das necessidades que, porém, nunca escrevi.

Meu livro não parte da estratificação social, porque na minha opinião as necessidades humanas não podem ser estratificadas. Em contraste com a tradição filosófica moderna, que se origina em Kant, segundo a qual as necessidades são quantificáveis, introduzi um novo conceito crítico, ou seja, a insaciabilidade das necessidades, não apenas materiais. Eu queria denunciar a maneira pela qual o mundo moderno considera os ganhos e as perdas. Eu ainda acredito nas necessidades radicais. Mas desde que escrevi aquele livro até hoje, algo mudou: não sou mais marxista. Porque não acredito mais que o presente seja uma breve passagem de um século dirigido para uma espécie de paraíso. Aqui vivemos, aqui morremos.

Em sua opinião, deveríamos abandonar todas as teorias que propõem uma filosofia finalista da história?

A nossa geração, em todo o mundo, acreditava na possibilidade de realizar a utopia após períodos de transição e de conflito. Nós estávamos certos de que poderíamos alcançar o paraíso na terra. Mas chegou a hora de abandonar todo finalismo e reescrever uma filosofia que parta de nós mesmos. A partir do questionamento daquelas necessidades radicais, que sendo induzidas por um capitalismo incapaz de satisfazê-las, permanecem tais. O que precisa ser investigado é o conceito de modernidade, muito mais amplo que o de capitalismo. Eu não acredito que seja a história que mudou, mas a consciência dela: depois de 1968, foi inaugurada uma nova maneira de olhar para a modernidade. As grandes narrativas acabaram. E é difícil conseguir olhar além do próprio horizonte pessoal e do próprio presente.

Na modernidade há um movimento pendular entre o universalismo e o particularismo que se expressa, por exemplo, na constante tensão entre o catolicismo e o protestantismo; ou, ainda, na economia, entre livre mercado e intervencionismo. Outros movimentos pendulares virão, mas a tensão nunca chegará ao ponto de ruptura. Agora, eu me pergunto: o fim das grandes utopias é uma perda ou um ganho? O que é mais importante hoje e para quem? É isso que precisa ser analisado: apesar do colapso de grandes esperanças, no entanto, a elas se deve um grande respeito.

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