Alguns dos prelados subornados pelo 'bispo Rockefeller' devolvem o dinheiro

Bispo Michael J. Bransfield. Foto: Bob Roller | Catholic News Service

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14 Junho 2019

O caso do bispo que gastou milhões de dólares de fundos da Igreja em luxos pessoais e "presentes" para prelados poderosos, enquanto abusava de crianças, seminaristas e padres passa a conta aos membros da hierarquia estadunidense e do Vaticano. Pelo menos nove, dos 137 clérigos que o bispo Michael J. Bransfield subornou com um total de US$ 350 mil dólares, entre eles, os cardeais Kevin Farrell e Donald Wuerl e o arcebispo William Lori, foram obrigados a devolver o dinheiro, depois que o Washington Post pôs o escândalo à luz.

A reportagem é de Cameron Doody, publicada por Religión Digital, 11-06-2019. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Cardeal Farrell, Prefeito da Congregação para os Leigos, a Família e a Vida em Roma, confirmou, na semana passada, por um porta-voz que devolverá os US$ 29 mil dólares que Bransfield, o ex-bispo de Wheeling-Charleston, deu-lhe para reformar seu apartamento em Roma. Um porta-voz de Wuerl revelou à agência CNA que arcebispo emérito de Washington tem a intenção de fazer o mesmo com os US$ 23,6 mil dólares que ele recebeu.

Lori, o atual administrador apostólico da Wheeling-Charleston, confirmou que devolveu para a diocese os US$ 7,5 mil dólares que aceitou de Bransfield. O arcebispo de Baltimore e também responsável pela investigação canônica de Bransfield pediu desculpas, por outro lado, depois de ter eliminado do relatório os nomes dos prelados que receberam "presentes" de Bransfield, incluído o seu próprio.

Lori pede perdão

"Se eu tivesse que fazer isso de novo, especialmente numa época em que estamos tentando criar mais transparência e responsabilidade, estaria incluso no relatório os nomes dos bispos que receberam presentes, inclusive o meu, com alguma nota explicando que não havia nenhuma prova sugerindo que aqueles que receberam presentes, retribuíram de qualquer forma que fosse inapropriada ", disse Lori em uma mensagem de vídeo postada na internet.

"A transparência inclui admitir quando um erro de julgamento foi feito e este é certamente o caso aqui", argumentou Lori.

Mas se alguns, como Farrell e Lori, admitiram seus erros no 'caso Bransfield', e comunicaram sua intenção de devolver ou doar o dinheiro que receberam, outros cardeais como Timothy Dolan de Nova Iorque ou Raymond Burke, Patrono do Ordem de Malta, que também aceitou "subornos" do ex-bispo de Wheeling-Charleston, de acordo com a investigação do Post.

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