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06 Mai 2019

“Os gigantes da web não se importam com os nossos segredos, mas sim em saber o que compramos, o que olhamos, em que acreditamos. E importa que haja uma humanidade capaz de consumir, constituindo o motor imóvel de todo o processo. Portanto, essa enorme produção de valor é o verdadeiro capital humano sobre o qual se fundamenta o bem-estar digital e que deve ser pago pelos gigantes digitais”, escreve Maurizio Ferraris, filósofo, professor da Universidade de Turim, em artigo publicado por Il Manifesto, 03-05-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o artigo.

O que eu proponho não é uma esquerda despreocupada, mas sim uma esquerda finalmente pensativa, capaz de pensar nas dificuldades que a humanidade atravessa hoje e, raciocinando, analisando, encontrar as soluções, que devem ser diversas, porque o mundo é diverso.

Eu admiro Roberta De Monticelli e, justamente por isso, ver a minha proposta de um bem-estar digital sendo tratada como um jogo de palavras bem-humorado me desagradou um pouco. Eu absolutamente não estava brincando. Roberta encarna a ala nobre da esquerda, atenta aos princípios e aos direitos, necessária e indispensável, mas infelizmente fácil de guilhotinar com um tuíte contra os migrantes.

No outro polo, há uma ala conspiracionista que fala de exploração e de alienação como fruto de manobras do Kapitale, com um protesto que foi capitalizado pela direita. No meio, há um terceiro estado bem-disposto, aquele que lemos nos artigos do dia 1º de maio, em que se denunciava o desaparecimento do trabalho, só que se pensava no trabalho do século XX.

Para os conspiracionistas do Kapitale, eu simplesmente digo que tal coisa não existe, e que todos nós somos o capital, como parte de um mundo social mais complexo e inter-relacionado do que se pensava nos tempos de Marx. Para os aristocratas dos direitos humanos, eu digo que se ocupar com o real é o único modo de proteger os direitos. Ao terceiro estado preocupado com o trabalho, eu digo que o problema é precisamente o do trabalho, só que o trabalho não desapareceu, mas mudou radicalmente, e é justamente essa radicalidade que falta agora na compreensão do presente.

Já que estamos falando do bem-estar do futuro, convém partir do bem-estar do passado. A simples intuição de Keynes, que está na base do bem-estar do século XX e que permitiu que a esquerda socializasse a mais-valia do capital industrial, foi considerar a poupança e o investimento como as duas faces da mesma realidade.

Se se olha para o capital como para uma totalidade, é preciso superar a crença moralista de que aqueles que colocam o dinheiro no banco são premiados porque poupam. Não é assim: é premiado porque disponibiliza dinheiro que será investido, sustentando, em longo prazo, consumos que são o fim último de toda produção de bens. E o investimento constitui a via régia para obter aquilo que – em uma era de automação ainda imperfeita – constituía o objetivo fundamental do bem-estar, o alcance do pleno emprego. E, para que isso ocorra, escreve Keynes, “os indivíduos despreocupados de amanhã são absolutamente necessários para criar a razão de ser daqueles sérios e ponderados de hoje”. É o mesmo que dizer que só se poupa hoje para gastar amanhã, e uma poupança sem gasto não faz sentido.

O que é necessário para o bem-estar digital? Certamente, não as demonizações pelas quais o Vale do Silício seria uma cova de piratas, mas algo que a China está entendendo muito bem, embora esteja implementando ao seu modo, isto é, com pouca atenção aos direitos civis e às liberdades individuais.

A ideia é muito simples. A automação crescente e bem mais perfeita em comparação com os tempos do bem-estar industrial produziu uma disjunção conceitual sobre a qual ainda não se refletiu: o trabalho humano não é mais sinônimo de produção, porque esta é crescentemente assegurada pelas máquinas – e, na produção, a inteligência artificial, chamada a executar ordens, funciona melhor do que qualquer agente humano, assim como um braço mecânico acerta a cesta com muito mais sucesso do que qualquer atleta.

Nenhum humano, porém, estaria disposto a assistir a uma partida de basquete entre braços mecânicos. E construir robôs espectadores não faz sentido. Precisamente aí, portanto, torna-se indispensável a contribuição humana, que, como eu recordava no artigo do dia 19 de abril, é chamado a dar significado compartilhado a uma atividade insensata em si mesma, e pode fazer isso porque constitui o fim último de todo o processo.

Exatamente aí se esconde a intuição de fundo do bem-estar digital. No momento em que o trabalho não coincide mais com a produção, é necessário estabelecer em nível macroeconômico que o consumo é o verdadeiro trabalho, assim como nos anos 1930 o new deal se baseou no fato de que o investimento é a verdadeira poupança. Os consumidores são absolutamente necessários para criar a razão de ser daqueles indivíduos sérios, ponderados e entediantes que são máquinas, e o objetivo do bem-estar, o pleno emprego, é obtido muito melhor com o consumo, que diz respeito a todos, do que com a produção, que diz respeito a uma minoria cada vez mais exígua.

Isso não era possível antigamente, quando o consumo não deixava vestígios e não gerava conhecimento. Hoje, ao contrário, o enorme poder de arquivo e de cálculo das redes informáticas que possibilita, em princípio, a automação perfeita é também aquilo que permite coletar as informações de uso e de comportamento que derivam da nossa mobilização.

Os gigantes da web não se importam com os nossos segredos, mas sim em saber o que compramos, o que olhamos, em que acreditamos. E importa que haja uma humanidade capaz de consumir, constituindo o motor imóvel de todo o processo. Portanto, essa enorme produção de valor é o verdadeiro capital humano sobre o qual se fundamenta o bem-estar digital e que deve ser pago pelos gigantes digitais.

Para fazer com que eles paguem, porém, é necessário pensamento, e não despreocupação. O pensamento que consiste em reconhecer o consumo como trabalho. Roberta defendia que esse mundo de consumidores lembra um Admirável Mundo Novo, mas eu gostaria de lembrar que Auschwitz também é uma fábrica, com trabalhadores probos e uma moral produtiva impecável e do século XX, infelizmente dedicada ao extermínio.

Acampamentos e oficinas não são nobres em si mesmos; só o são se produzem o florescimento humano, e, inversamente, o consumo não é o equivalente de uma felicidade forçada e idiota, mas constitui o verdadeiro objetivo de uma humanidade que se reconheça como portadora de necessidades, de desejos e, portanto, de fins, ou seja, daquilo que nenhum autômato jamais poderá ter.

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