• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Desenvolvimentismo Urbano, um modelo anticlimático. Entrevista com David Hammerstein

Mais Lidos

  • Especialistas internacionais e nacionais – Andrea Grillo, Maria Cristina Furtado, Faustino Teixeira, Ivone Gebara e Alzirinha Souza – apresentam suas primeiras impressões após a eleição de Robert Francis Prevost, o primeiro papa estadunidense da Igreja

    Papa Leão XIV. Desafios e expectativas. Algumas análises

    LER MAIS
  • Prevost, eleito Papa Leão XIV: o cardeal americano cosmopolita e tímido

    LER MAIS
  • O papa Leão XIV, o seu nome, a sua vestimenta e o seu discurso. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

22 Abril 2019

“A ideia de crescimento contínuo é uma farsa que não se mantém. Pensar que podemos consumir e extrair recursos, tanto em materiais quanto em valor humano, sem que haja consequências, é um absurdo”, comenta David Hammerstein, o sociólogo e ambientalista que foi deputado no Parlamento Europeu pelo grupo Os Verdes, entre 2004 e 2009.

A entrevista é de Eleuterio Gabón, publicada por Rebelión, 13-04-2019. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Afirmou em várias ocasiões que vivemos uma situação global próxima ao colapso.

Estamos em um Titanic e as elites estão deixando o navio em seus botes salva-vidas, são conscientes de que não nos salvaremos todos. O problema é que para manter a paz social, nosso sistema tem se baseado no consumismo individual, fomentando uma cultura de egoísmo e narcisismo pessoal que, por um lado, só gera frustração. Vivemos na ilusão de que podemos elevar o padrão de vida continuamente, sem nos darmos conta do que está acontecendo realmente com o planeta, isso é uma mentalidade doentia.

A ideia de crescimento contínuo é uma farsa que não se mantém. Pensar que podemos consumir e extrair recursos, tanto em materiais quanto em valor humano, sem que haja consequências, é um absurdo. A exploração do terceiro mundo não suporta, nem humanamente, nem materialmente.

O volume do consumo de água, cimento, combustível, produtos químicos, pesticidas não deixam de aumentar e somente são colocados remendos: ciclovias, reciclagem ... A energia solar e eólica representam 1% da energia consumida. Porém, não se trata apenas de uma questão de consumo de energia, falamos de uma crise total, os recursos são cada vez mais escassos, o planeta encolhe, 60% dos mamíferos desapareceram nos últimos 50 anos.

Estamos indo de cabeça para um colapso, a democracia liberal está desmoronando. A frustração começa a ser vista nos protestos, na classe média, na ascensão da extrema-direita. Vamos ver conflitos sociais muito duros quando a tensão social aumentar devido à escassez de recursos. Sociedades tendem a atingir seu máximo desenvolvimento pouco antes de seu fracasso.

Entre as propostas dos partidos políticos, tanto de um, como de outro extremo ideológico, parece que não se questiona, em nenhum caso, o modelo de crescimento.

Em geral, estamos presos. Por um lado, temos os globalizadores liberais, os maiores defensores desse modelo, que até afirmam que lutam pelos direitos das mulheres, dos homossexuais e do ambientalismo de maneira hipócrita. A outra opção é a da extrema-direita que defende os valores tradicionais, exalta a soberania nacional e usa de bode expiatório os migrantes, as mulheres, os homossexuais e as minorias.

Ambas as posições defendem modelos de crescimento, um crescimento baseado na exploração da maior parte do planeta. Os 25% do mundo que mais consomem devem reduzir seus níveis. Os migrantes continuarão chegando, são também refugiados climáticos, ambientais. Os problemas sociais são ambientais e vice-versa. Estamos imbuídos de um pensamento em que acreditamos que todo conflito é ideológico, sem percebermos a base biofísica de tudo.

Precisamos pousar, somos terrestres, dependemos dos ecossistemas. Temos que nos adaptar a uma austeridade solidária, sobretudo nos países do sul global. Para reduzir a pobreza, devemos reduzir a riqueza. Criar um creative commons de tecnologia sustentável, que acabe com as patentes. Devemos mudar os valores do individualismo para valores coletivos e mudar também nosso relacionamento com a natureza. Temos que ser conscientes de que estamos caminhando para um decrescimento, sim ou sim. Ou é minimamente justo, organizado e acordado entre ricos e pobres ou será autoritário, violento e caótico.

O crescimento urbano é também uma das causas do colapso ambiental que você explica. Na cidade de Valência, as políticas urbanas seguem projetando grandes construções, apesar da corrupção e das crises econômicas que trouxeram consigo este modelo. Não aprendemos nada?

O desenvolvimento urbano e a corrupção andam de mãos dadas, do mesmo modo existem laços entre as elites financeiras e os grandes construtores. O desperdício econômico de grandes projetos para seguir a lógica de ser competitivo e globalizante não está sendo realista. Obviamente não aprendemos nada, seguimos com grandes planos, há muitos exemplos: o Parque Central e seus arranha-céus com obras que produzirão poluição durante os próximos 20 anos ou a expansão do porto trazendo terras da Serrania, incluindo Teruel, para ganhar espaço no mar é algo insano.

Temos também o projeto dos 20 arranha-céus do Grao, aqueles não lugares, assépticos, sem qualquer demanda ou o Pai da Benimaclet, que destrói hortas para levantar 1.500 casas que ninguém pediu, apenas os bancos.

E, no entanto, tudo isso é vendido ao público como algo irrenunciável, e mais, é declarado em termos de um pacto fáustico: se você quer no seu bairro um centro social, parques, escolas ..., você tem que aceitar que haja um lucro de 30 % a 40% para empresas imobiliárias e construtoras que estão em parceria com uma holding estadunidense ou inglês, caso contrário, nada. É diabólico. Mas, há mais: os 50 novos hotéis no centro histórico, o Instituto Mediterrâneo de Paterna, o Corredor do Mediterrâneo, o PEC de Cabanyal ... são todos projetos anticlima.

O turismo parece também uma lógica irrenunciável dentro deste modelo

Precisamente, a exigência desses megaprojetos vem do consumismo turístico, não do povo. Por exemplo, a conselheira de turismo e futurista prefeita socialista Sandra Gómez recentemente comemorava por ter 2 milhões de turistas e até 5 milhões de pernoites previstas para este curso. O turista consome mais água, plástico e de tudo que um residente. O modelo turístico de serviços gera grandes quantidades de resíduos, para não mencionar os enormes níveis de poluição de navios de cruzeiro e aviões. Continuando este modelo, Valência enfrenta um delírio doentio de criminalidade ecológica.

Quais são as alternativas que podem ser propostas para frear esses modelos?

Você tem que mudar o chip de que o mercado comanda e qualquer lucro vale. O futuro deve passar por uma certa autonomia e produção própria de alimentos. Um modelo local é a melhor maneira de atuar globalmente para proteger o clima. Devemos apostar em um urbanismo de austeridade, reabilitação, aprender a recuperar a natureza dentro da cidade. Tem que retirar o cimento para tornar a terra permeável para que respire. Em Valência, debaixo do cimento está a horta.

Devemos parar com este pacto público-privado de privatização de terras públicas para sua venda e contrapor um modelo de pacto público cívico ou comum. Que a terra seja do povo, para fazer moradia cooperativa, preservar a horta para cultivar alimentos, diminuir o consumo de recursos, incentivar o artesanato local, aumentar e financiar o transporte público e coletivo.

Em suma, precisamos de uma economia do bem comum, para orientar a atividade pública em direção ao bem comum. Devemos apostar decididamente na austeridade e na autossuficiência, caso contrário, estamos hipotecando a área metropolitana de Valência antes da catástrofe que está se aproximando.

Em Valência, há muitos coletivos que estão agindo nesse sentido.

Absolutamente, e muitos, há anos. Temos a Per l 'Horta, Associação de Bairro da Nazaré, Som Energía, Valência de bicicleta, Valência não está à venda, Cuidem Benimaclet, coletivos veganos, vegetarianos, ecofeministas... No entanto, devemos acabar com aquela visão única da realidade em que só se pode conseguir coisas pactuando com os poderosos. Na política, não é fácil quebrar o modelo de cimento, mas é o que deve ser feito. Você tem que dizer basta. É preciso protestar para sobreviver.

Leia mais

  • “Estimular o consumo de água como produto é um atentado ambiental”
  • Dez teses sobre a ascensão da extrema direita europeia. O novo fascismo espreita o Velho Continente
  • UNESCO adverte para risco de aumento dos refugiados ambientais devido às mudanças climáticas e à desertificação
  • Desenvolvimento urbano como projeto prioritário
  • "Proteger o clima demanda mudança de hábitos". Entrevista com Niko Paech
  • Casa Civil recomenda extinção de conselhos do Ministério do Meio Ambiente
  • 4ª Assembleia da ONU para o Meio Ambiente. Ministros adotam resoluções sobre economia circular e produção sustentável
  • Green New Deal, o plano democrático para salvar o meio ambiente que assusta Trump
  • Meio ambiente, por que Trump é o Exterminador número um
  • Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, exonera 21 superintendentes do Ibama
  • Os adolescentes furiosos em luta pelo meio ambiente
  • Diretor da Agência Nacional de Mineração foi gerente de Meio Ambiente da Vale
  • A contaminação do meio ambiente e a mortandade das abelhas no RS. Entrevista especial com José Renato de Oliveira Barcelos
  • Um investigado por fraude ambiental comandará Meio Ambiente sob Bolsonaro
  • Meio Ambiente e Direitos Humanos no fim da fila
  • Com Salles no ministério, Bolsonaro abre ‘guerra’ contra meio ambiente
  • Ministro do Meio Ambiente diz que há ‘consenso’ para Brasil permanecer no Acordo de Paris
  • Ruralista e réu por improbidade, Ricardo Salles comandará a subpasta do Meio Ambiente. Nota do Observatório do Clima
  • Saiba quem é o novo ministro do Meio Ambiente. Nota do Greenpeace

Notícias relacionadas

  • Já entramos no cheque especial ambiental

    LER MAIS
  • Presidente peruano troca dinamite por diálogo com garimpeiros

    O ex-presidente do Peru, Ollanta Humala, usava explosivos para combater o garimpo ilegal de ouro na selva amazônica com o objetiv[...]

    LER MAIS
  • Analfabetismo ambiental e a preocupação com o futuro do planeta

    "Uma quantidade imensa de pesquisas, surgidas de diversos cantos, inclusive da academia colocam a questão ambiental entre as cinc[...]

    LER MAIS
  • Sobre transgênicos, hidrelétricas e o mau uso de informação. Greenpeace responde artigo de José Goldemberg

    "Ao sugerir que a baixa densidade populacional da Amazônia seria justificativa para a construção das hidrelétricas no local, a[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados