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10 Abril 2019

"Permanece viva a pergunta: e o pecado do “personagem ausente”? Que terá ocorrido com esse ator que sequer aparece no cenário? Transplantada para o momento atual, a pergunta muda de figura: e o pecado do assédio sexual, da sedução enganosa e do abandono? Ou, pior ainda, e o pecado de tantas formas de violência contra a mulher? Hoje como ontem, a cultura patriarcal, não raro, deixa a mulher num beco sem saída", escreve Alfredo J. Gonçalves, padre carlista, assessor das Pastorais Sociais, 07-04-2019.

Eis o artigo.

O episódio evangélico que se convencionou chamar de “a mulher adúltera” (Cfr. Jo 8,1-11) vem marcado por uma estranha ausência, como se no tecido do relato o autor tivesse esquecido um personagem de primeira ordem. De fato, onde está o homem adúltero com o qual, supostamente, ela teria sido surpreendida cometendo adultério? Todo adultério, para se efetivar, requer a relação entre um homem e uma mulher. Segundo a Lei de Moisés, essa última, por ter sido pega em flagrante, deve sofrer imediatamente a pena de morte reservada àquele pecado grave, o que significa ser apedrejada. E “os doutores da lei e fariseus” estão na iminência de o levar a cabo. Em momento algum, porém, o texto se refere ao companheiro da acusada. Um escudo cultural e religioso impede a visibilidade desse “personagem ausente”.

Talvez por isso Jesus fique em silêncio. Tem consciência da injustiça entre homens e mulheres. Depois, tenta ganhar tempo, pondo-se a “escrever na terra com o dedo”. Por fim, pressionado pela insistência dos acusadores, acaba insinuando: “aquele que não tiver pecado, atire a primeira pedra”! Quem sabe o estranho ausente não se encontre anonimamente presente entre os que, julgando a mulher pecadora, a rodeiam e apertam o cerco! E quem sabe não tenha sido exatamente ele o mais exaltado entre os pretensos juízes e, em seguida, o primeiro a afastar-se às ocultas e de mansinho! De alguma forma, Jesus rasga a máscara com a qual o desconhecido escondia o rosto e o pecado. Mas a lei e o anonimato o protegem.

Passados mais de vinte séculos, entretanto, o mesmo vale nos dias atuais para o destino da “mãe solteira”. Seus vizinhos e conhecidos – para não falar dos familiares, parentes e amigos – logo apontam o dedo em riste. Todos e cada um passam velozmente à acusação, por vezes sem dar-se conta de sua situação triplamente complexa: vítima talvez de um amor inexistente, seguido de uma gravidez indesejada, e que termina com um abandono covarde. Só, mãe e desamparada, deve assumir toda a responsabilidade. Também neste caso, a concepção de qualquer criança, em circunstâncias biologicamente normais, requer a relação entre duas pessoas, um homem e uma mulher. As convenções sociais, com dureza e prontidão, costumam criminalizar severamente a mulher. As mesmas convenções, entretanto, exibem um silêncio tácito e eloquente quanto à ausência do companheiro. Nunca ou raramente se ouve falar do “pai solteiro”. Tropeçamos, uma vez mais, com a figura do “personagem ausente”.

Conhecemos bem o desfecho dos acontecimentos narrados pelo Quarto Evangelho. Os escribas e fariseus, ao mesmo tempo procuradores, juízes e executores da sentença, sob o olhar de Jesus convertem-se em suspeitos, ou réus anônimos. A mulher acusada, por sua vez, trazida ao centro do palco, torna-se uma espécie de juíza silenciosa que interpela a consciência dos mesmos que a julgavam. Em lugar da morte, recebe misericórdia e perdão: “nem eu te condeno”. O que abre o horizonte para uma vida renovada, para a auto recriação do destino. O perdão, além disso, vem acompanhado de conselho que vale a salvação: “Vai, e de agora em diante não peques mais”! Perdoar é oferecer – hoje, aqui e agora – a oportunidade de recomeçar!

Transparece no relato o contexto patriarcal do mundo antigo. Por isso, permanece viva a pergunta: e o pecado do “personagem ausente”? Que terá ocorrido com esse ator que sequer aparece no cenário? Transplantada para o momento atual, a pergunta muda de figura: e o pecado do assédio sexual, da sedução enganosa e do abandono? Ou, pior ainda, e o pecado de tantas formas de violência contra a mulher? Hoje como ontem, a cultura patriarcal, não raro, deixa a mulher num beco sem saída. Numa relação desigual ou de abuso por parte do homem, tende a ser abandonada ao primeiro sinal de compromisso. Numa relação de amor recíproco, mesmo sendo objeto de ofensas, desprezo e difamações, vê-se incapaz de romper o relacionamento. Romper pode significar perseguição, violência e morte. Basta conferir os números relativos ao feminicídio por parte do ex-namorado, ex-noivo, ex-marido ou ex-companheiro.

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