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A crise na Europa é o resultado da democracia raivosa e aos brados

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18 Janeiro 2019

O silêncio de Gdansk, as tochas de Varsóvia. Os cortejos ordenados e atônitos desfilando em Cracóvia e todas as cidades polonesas. A Polônia vista de acima, nas imagens gélidas da noite entre segunda-feira e terça-feira, parecia um rio das esperanças e os medos de cidadãos saídos às ruas porque na noite de domingo, durante um evento de beneficência, não foi assassinado apenas o prefeito de Gdansk Pawel Bogdan Adamowicz – um modernizador, um polonês e um europeísta – no palco foi atingido no coração também o projeto de uma nação livre e tolerante, que rejeita a violência. Do lado do governo o zumbido, as declarações desencontradas e a condenação daqueles que temem ter tido parte dessa culpa, ter empurrado a faca, embora não estivesse em suas mãos.

Adamowicz foi morto por um jovem de vinte e sete anos que tinha passado cinco anos na prisão e tinha identificado no prefeito e em seu partido, Plataforma cívica, o objetivo de sua vingança. O PiS, Direito e justiça, que governa desde 2015, condenou: "A condenação chegou de todos, Jaroslaw Kaczynski, o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki e o Presidente Andrzej Duda. A reação foi única", afirmou Adam Michnik. "Mas deve ser lembrado que este crime foi alimentado pela propaganda do governo, por sua linguagem, pelas ofensas."

A reportagem é de Micol Flammini, publicada por Il Foglio, 16-01-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

A linguagem do ódio, da mentira, do desprezo mudou o rosto da Polônia, revolveu a política e envenenou o diálogo e "o que aconteceu em Gdansk é o resultado", diz Michnik. Este europeísta, fundador e diretor do jornal polonês Gazeta Wyborcza, que apoiou Lech Walesa e seu Solidarnosc porque acreditava em uma evolução democrática da nação, está convencido de que a Polônia esteja doente de ódio e de raiva.

Dois sentimentos que se descarregam contra tudo, contra a nação, contra os partidos de oposição, contra a Europa. “As pessoas entendem a Europa de uma forma elementar, é claro que a União só nos deu coisas positivas. Mas há uma parte da sociedade, a mais conservadora, que acredita que a Europa seja Sodoma e Gomorra. Que, se as drogas chegam até aqui, é porque atravessam as fronteiras da Europa, se é permitido o aborto, se existe o divórcio, tudo se infiltrou através das fronteiras e de outra forma nunca teria contagiado a sociedade polonesa. Inclusive parte dos católicos olha para a Europa de uma forma negativa, acredita que a União vai levar à perda dos valores cristãos”.

Depois há aqueles que entendem que Bruxelas é uma vantagem, um recurso que certa vez o líder polonês Jaroslaw Kaczysnki chamou sem qualquer filtro: "o caixa eletrônico de Varsóvia". Em virtude desta função prometeu que não haveria Polexit. Os cidadãos sabem o quanto a UE fez pela Polônia, não querem sair dela, mas existe uma parte radical da sociedade que, apesar de querer os privilégios do europeísmo, não compreende os seus valores. O europeísmo é parte do projeto polonês atingido no coração neste domingo, como também o era Pawel Bogdan Adamowicz, e este prefeito, determinado entusiasmado e corajoso, como Michnik diz, " deu a vida pela Polônia". A sua morte empobreceu esta democracia que ostenta uma história de heroísmo, de teimosia e de resistência. Toda a Europa percebe esta crise, um cansaço atormentado pelo desejo de um número crescente de partidos nacionalistas, no governo e fora dele, de reescrever o significado do projeto europeu.

"Se a Europa está em crise, é porque a democracia está em crise - diz o jornalista -. Nos últimos anos foi tirado tudo dela, foi desromantizada e teatralizada. Assim, os partidos populistas foram capazes de sussurrar primeiro no ouvido das pessoas, depois eles levantaram a voz, e por fim gritaram e de acordo com Michnik, desta forma, a democracia foi profanada, apequenada, transformada em uma caricatura. "Isso está acontecendo em todos os lugares, uma onda poderosa que atinge todos os países, Polônia, Itália, Hungria, Alemanha, França, Holanda. Cada um tem o seu populismo, cada um tem o seu anti-europeísmo, agora também a Espanha”. A democracia está na crise em toda parte, nos Estados Unidos com Donald Trump e também o Brexit foi o venenoso produto de uma democracia maltratada e distorcida, mas na Europa coincidiu com a guerra ao sonho europeu. "É uma onda que está se revelando muito forte, as ondas devem ser paradas e contidas, isso é o que estamos tentando fazer na Polônia, onde as últimas eleições mostraram que podemos ter sucesso".

A previsão de Michnik está cheia de otimismo, nas últimas eleições na Polônia, em outubro, o PiS obteve bons resultados, em comparação com as eleições de 2014, ganhou seis pontos, mas não conseguiu ganhar o que queria: as cidades. Os baluartes europeístas que na outra noite tomaram as ruas, em silêncio religioso e composto, com tochas nas mãos, para recordar que toda a democracia tinha sido atingida no coração. O paradoxo polonês, europeísta na rua e eurocéptico no governo, encontra-se numa alquimia de desejo de liberdade, antiga e histórica, e de ânsia, de medo de que a Europa prive a nação das suas raízes, mas 80 por cento dos poloneses permanecem favoráveis à integração europeia.

"É uma percentagem muito elevada porque as pessoas, mesmo aqueles que não entendem os valores democráticos da UE, dão importância às inovações europeias, como o mercado livre e as fronteiras abertas e não querem renunciar a isso, portanto a onda pode ser derrotada." O europeísmo dos poloneses pode parecer prático, mas foi esta forma de apego que fez o PiS esquecer o desejo da Polexit.

"Salvini e Kaczysnki se encontraram e parecem que se deram bem", diz Michnik, lembrando a visita do ministro italiano do interior em Varsóvia para lançar as bases de uma aliança em vista às eleições europeias.

Nenhum resultado saiu do encontro, só cortesias, mas que exista esta Europa dentro da Europa, e que esta Europa eurocéptica esteja desfrutando de um grande sucesso é um fato que poderia reescrever ou destruir o projeto europeu: "A visita de Salvini é significativa, indica que estes movimentos já não olham mais somente dentro de suas fronteiras nacionais, querem aliar-se, encontram-se e isso está acontecendo em toda parte ", mas é uma onda, recorda Adam Michnik, e as ondas devem ser contidas.

Nos cortejos silenciosos e iluminados por tochas que desfilavam pelas ruas polonesas, havia de tudo. Havia dor, medo, havia esperança, havia também raiva, uma raiva diferente daquela que dirigiu a faca contra Adamowicz.

Havia a impaciência daqueles que querem que a Polônia se vire, olhe para o seu passado na cara, olhe para o seu presente e perceba que algo no meio se quebrou, foi envenenado. Havia também o desejo de reconstruir, de recomeçar a partir da linguagem, dos símbolos, do respeito. As cidades polonesas, reunidas para homenagear Pawel Bogdan Adamowicz, estavam cheias do povo europeu.

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