19 Outubro 2018
Mulheres, homossexuais, ecumenismo, ecologia... Os grandes temas continuam aparecendo no debate dos padres sinodais, no momento em que as discussões se aproximam do final da segunda semana. Assim, o prefeito da Comunicação, Paolo Ruffini, destacou no briefing do meio dia desta quarta-feira que “os homossexuais não podem ficar de fora da pastoral”.
A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 17-10-2018. A tradução é de André Langer.
No encontro de hoje participaram também o prior de Taizé, o irmão Alois; o abade cisterciense, Mauro Lepori; o bispo da Islândia, David Bartimej Tencer; e o delegado fraterno, pastor Marco Fornerone.
Em sua intervenção, o irmão Alois destacou a “importância de mostrar a disponibilidade da Igreja para acolher e ouvir as pessoas que desejam compartilhar uma alegria ou uma dor”. “Muitas pessoas de diferentes denominações querem rezar juntas”, destacou o religioso francês, que observou que “esta questão deveria estar mais presente no Sínodo”.
Ruffini, por sua vez, insistiu em que nesta fase do Sínodo “estão muito presentes os temas dos jovens no ambiente digital e o acompanhamento por parte da Igreja. Nestas áreas, faz-se necessário um verdadeiro diálogo intergeracional”.
Lepori insistiu em que os padres sinodais “não querem ser 'carteiros que trazem um texto', mas testemunhas do que acontece no Sínodo”. Assim, destacou, os bispos estão “ouvindo muitas intervenções e testemunhos importantes que chegam ao coração e que vamos levar para casa como uma experiência de comunhão”.
“A contribuição ecumênica é importante neste Sínodo”, enfatizou o irmão Alois, destacando a diferença com o que aconteceu nos Sínodos anteriores. “É um modo a mais para fortalecer a comunhão”, disse o prior de Taizé, uma opinião compartilhada pelo abade cisterciense: “O Sínodo é como uma obra de comunhão, uma obra em processo”.
“Devemos ouvir o Espírito Santo e não apenas a nós mesmos”, acrescentou Lepori. Dom Tencer, por sua vez, assinalou que “este Sínodo foi muito bem preparado”, pois houve comunicação “com jovens de todo o mundo”. “Devemos valorizar as possibilidades oferecidas pela nova mídia”, ressaltou.
“Vejo uma experiência de conversão em que todos experimentamos a amizade com Cristo e com a Igreja. Devemos ouvir os jovens e testemunhar uma Igreja que coloca a comunhão no centro”, disse, por fim, o irmão Alois.
Fornerone, por sua vez, mostrou a alegria dos valdenses pelo “diálogo sobre a linguagem” e pelo desejo majoritário de “uma maior participação das mulheres”. Ruffini concluiu o breafing ressaltando que nas últimas intervenções falou-se sobre a Igreja no mundo digital, a migração, o meio ambiente e a família e “reafirmou-se o valor sagrado da vida”.
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“Nós não queremos ser carteiros que trazem um texto, mas testemunhas do que está acontecendo no Sínodo” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU