O relato de Luca: “Eu fiz o papa rir, uma alegria inesquecível”

Foto: Luca Genova

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30 Mai 2017

Há momentos para se guardar o coração e, talvez, compartilhar apenas com a pessoa amada: pedaços de memória ou fotos conservadas em uma gaveta. Pois bem, imaginemos tomar um desses instantes únicos na vida de um homem. Mas, ao lado dessa pessoa, coloquemos o Papa Francisco, que explode em uma retumbante risada. Eis o resultado, na foto acima.

A reportagem é de Bruno Viani, publicada no sítio Il Secolo XIX, 29-05-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O jovem se chama Luca Cianelli, tem 26 anos e é auxiliar de expedição. É um dos quatro escolhidos para fazer uma pergunta ao papa em Gênova. Quem não se pergunta, olhando para as fotos, o que eles se disseram com os microfones apagados?

“Eu lhe confidenciei que, nas suas palavras, uma tinha me tocado em particular – revela Cianelli –, ele realmente a tinha lido no meu coração. Mas qual em particular é um segredo que eu guardo comigo.”

Nesse diálogo misterioso, o único ponto certo é o início. Uma questão muito séria sobre o “discernimento vocacional”. Na visão cristã, isso significa como entender qual é a “vocação” de cada um na vida: “Santo Padre, o senhor quis que, no próximo ano, se realize o Sínodo dos Bispos dedicado aos jovens”, é a pergunta do jovem. “De fato, ele terá como título ‘Jovens, fé e discernimento vocacional’. Nós pensamos que encontramos Deus na vida de todos os dias, na cotidianidade, na escola, no trabalho, com os amigos, na vida de oração, no silêncio da oração. E, por isso, pedimos ao senhor alguns conselhos para viver a nossa vida espiritual e de oração. Obrigado!”

“Obrigado, Luca, pela sua inquietação... Para ser discípulo, é preciso o mesmo coração de um navegador: horizonte e coragem”, começou Bergoglio. E depois: “Se você não tem horizonte e é incapaz de olhar até mesmo para o seu nariz, nunca será um bom missionário. Se você não tem coragem, nunca o será... A contemplação, a capacidade de contemplar o horizonte, de fazer um julgamento próprio, de não comer aquilo que lhe servem no prato, esse é um desafio...”

Os tempos “teatrais” de Bergoglio são inconfundíveis (“Você é genovês? Navegador: horizonte e coragem. E a todos os genoveses, eu digo: avante!”), o uso das palavras tão populares que pareceria desrespeitoso na boca de qualquer um que não fosse o papa: “Eu gosto muito desse Jesus que perturba, que incomoda; porque é Jesus vivo, que move dentro de você com o Espírito Santo. E que bonito um jovem ou uma jovem que se deixa importunar por Jesus; e o jovem ou a jovem que não se deixar tapar a boca com facilidade, que aprende a não ficar com a boca fechada...”.

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