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01 Junho 2018

Mary del Priore e Angélica Müller desmistificam a ideia de povo cordial.

Com meia centena de livros publicados, a vida em sociedade ainda rende “pano para a manga” para a historiadora carioca Mary Del Priore. A violência é o assunto do mais recente, História dos Crimes e da Violência no Brasil, organizado por ela e pela historiadora Angélica Müller, que examinam a criminalidade e os fenômenos violentos ocorridos em diferentes épocas no País.

A entrevista com Mary del Priore é de Amanda Mont'Alvão Veloso, psicanalista, jornalista e possui especialização em semiótica psicanalítica, publicada por Estado de São Paulo, 26-05-2018.

Eis a entrevista.  

Como a violência constituiu a história do Brasil?

Todo e qualquer processo de colonização é construído por meio da violência. Extinção de povos autóctones, escravidão de índios e africanos e destruição de culturas fizeram parte da nossa e de outras histórias. No início da República Velha, a degola fez 10 mil vítimas na Revolução Federalista, no Rio Grande do Sul; o Contestado matou entre 3 e 30 mil “peludos”, como eram chamados os sertanejos pobres de Santa Maria; a Revolta da Armada bombardeou o Rio de Janeiro com canhões; e, na Revolução Constitucionalista, de 1932, aviões de guerra bombardearam São Paulo. Hoje, a violência é produto do individualismo e consequência de uma sociedade hipermoderna, que fragiliza os laços sociais e se caracteriza por atentar contra a integridade dos cidadãos sob diferentes formas.

Por que há uma recusa em se admitir o brasileiro como violento, a ponto de sermos pensados como um povo cordial?

Uma leitura equivocada da obra de Sérgio Buarque de Holanda fez alguns pensarem que “ser cordial” é abolir a violência no trato com o outro. Longe disso, o historiador quis dizer que a polidez é um disfarce que esconde as emoções. É uma defesa e um meio de resistência do indivíduo contra a sociedade, um instrumento para sobrepor os interesses privados aos públicos e impor a família ao coletivo. Podemos acrescentar que a família, tão cara ao ensaísta, pode ser o foco principal de todas as violências: contra a mulher, a criança e o idoso. Espancamentos, violência verbal e molestamento sexual preparam o futuro criminoso, ou sua vítima, em casa.

Em que medida a violência é efeito da impunidade?

Para as populações, a impunidade e a suposta impotência do Estado aparecem como fenômenos incompreensíveis e alimentam posições políticas extremas. O medo de perder a vida ou o patrimônio incita o populismo e dissemina valores belicosos contrários ao universalismo cidadão. Além disso, elas ensejam a substituição do Estado Republicano por outra ordem, invisível: a das milícias ou do tráfico, em que a autoridade moral passa a ser representada pelo “bandido”. A impunidade é a maior cúmplice do criminoso.

Quais são as características da criminalidade brasileira contemporânea?

Emergentes como o Brasil, Colômbia ou África do Sul assistiram a uma rápida difusão da criminalidade urbana nas últimas décadas. Mas ela também acompanhou o crescimento de cidades do interior, onde a riqueza expandiu o mercado consumidor de armas e drogas. Organizações em torno de atividades como o narcotráfico, a venda de armas, a prostituição infantil, o turismo sexual, a lavagem de dinheiro e os assaltos à luz do dia se multiplicaram. Na última década, o sentimento de medo e insegurança se acentuou acrescido pelos números de crimes, da degradação das periferias e da falta de emprego que incita milhares de cidadãos empobrecidos a aderir à delinquência como forma de sobrevivência. 

Há espaços na televisão e na internet dedicados à exibição da violência de maneira explícita. O que esse voyeurismo denuncia sobre nossa sociedade?

A representação da violência não é nova e é uma mina de dinheiro. Ela é um elemento-chave das mídias desde o teatro grego com seus assassinatos, suicídios e mutilações. Hoje, o público gosta de consumir violência. É uma língua fácil de entender no mundo todo. Não precisa de contexto, de bom roteiro ou bons atores: bastam explosões, tiros e artes marciais. Os jogos de videogame incrementaram a violência e, apoiados em um enorme budget de lançamento, são exportados mundo afora.

O livro aborda a violência institucional e também nas relações. Em que medida o reconhecimento dos crimes raciais pode ajudar no enfrentamento do racismo no Brasil?

Estamos cada vez mais atentos a crimes de racismo e, nas escolas, igrejas, mídias e famílias, há consciência de que diferenças físicas não podem implicar em desigualdade. Somos um país de 47,8% de pardos ou “morenos” e, portanto, lidamos com formas de ultrapassar o racismo há séculos.

A violência contra a mulher e contra os LGBT tem sido abordada com ações direcionadas. Que especificidade estas violências apresentam e o que contribui para sua escalada?

Estamos longe de ser um dos 72 países onde a homossexualidade é criminalizada e penalizada com execuções ou prisão, mas não conseguimos resolver contradições. Embora tenhamos uma legislação que prevê proteção contra crimes de discriminação e reconheçamos a união entre pessoas do mesmo sexo e a adoção por casais homossexuais, somos um país com taxas altíssimas de assassinatos de homo e transexuais. Quanto à violência contra a mulher, ela está em toda a parte e é um dos maiores obstáculos à eliminação da desigualdade entre sexos.

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