27 Fevereiro 2018
Os comentaristas dos eventos ecumênicas se acostumaram há tempo - e especialmente a partir da publicação do decreto do Vaticano II Unitatis redintegratio (21/11/1964) – a recorrer a metáforas atmosféricas para indicar o estado do caminho que aproxima as Igrejas cristãs. Assim, nos anos imediatamente após o concílio, prevalecia a indicação, cheia de esperanças, de uma primavera ecumênica próxima, no sentido – de fato bastante difundido - que nesta área o tempo estava melhorando; enquanto na última década, após a terceira Assembléia Ecumênica Europeia de Sibiu (2007), tornou-se comum fazer referência ao outono, ou até mesmo a um inverno ecumênico, bem longe das expectativas pós-conciliares. Justamente em Sibiu, afinal de contas, foi o cardeal Kasper, então presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, a ressaltar que "um ecumenismo de mimos ou de fachada, em que se deseja apenar sermos gentis uns com os outros, não ajuda a fazer progressos; só o diálogo na verdade e clareza pode nos ajudar a avançar".
O artigo é de Brunetto Salvarani, teólogo, ensaísta e crítico literário italiano, publicado por Settimana News, 18-02-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.
As repetidas afirmações identitárias que ressurgiram, mesmo durante o encontro romeno, no final do Processo conciliar sobre a Paz, justiça e proteção da criação, poderiam ser consideradas como um autêntico sinal dos tempos, embora evidentemente ambíguo: tempos complicados para o ecumenismo, de temores pelas tendências relativistas, pela necessidade de discussões francas sobre questões percebidas como estratégicas, a partir da moralidade pública e da bioética ...
E agora, dez anos depois de Sibiu, que estação estamos atravessando? É legítimo, como me parece, argumentar que, se não exatamente uma nova primavera, pelo menos está se encerrando o inverno mais escuro, e parece estar se abrindo uma fase bastante rica de potenciais desenvolvimentos?
Alguns dados. O primeiro: chegou um papa de nome Francisco. Nomen omen: com a sua eleição, o povo do diálogo, não apenas católico - saído de estações marcadas mais por decepções do que por expectativas realizadas - levantou a cabeça, voltando a cultivar a esperança. Graças a sinais sugeridos por sua marca pessoal, pela cordialidade inesperada, pela saudação ao mundo e até por sua estratégica escolha de se autodefinir bispo de Roma antes que papa: porque alguém se torna papa por ser um bispo da Igreja que preside na caridade todas das Igrejas (Inácio de Antioquia, Carta aos Romanos I, 1); e não vice-versa. Uma opção carregada de significados, principalmente na gramática do ecumenismo, se as modalidades com que se percebe o primado petrino estão hoje entre os obstáculos mais complicados em vistas à unidade: isso já havia sido admitido por João Paulo II na encíclica Ut unum sint (1995).
Desde então, para Bergoglio seria uma sucessão inesgotável de gestos, encontros, declarações, com homens e mulheres de diferentes Igrejas, com uma forte sensibilidade amadurecida em terras argentinas. Com tantos momentos: as repetidas reuniões com o Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, agora parceiro regular das iniciativas papais, ou aquela, histórica, em Cuba com Kirill, Patriarca ortodoxo de Moscou; mas também, para ficar em nossa casa, visitando o Templo Valdense em Turim, em 22/5/2015, fato jamais ocorrido desde a época de Valdo, mais de oito séculos atrás, considerada com toda razão um ponto de não retorno nas relações entre as duas Igrejas.
O sentimento geral é que o impulso de Francisco nesta frente - mas talvez mais ainda pelo seu estilo (C. Theobald) - está começando a gerar resultados em uma igreja, a sua, acostumada raramente a pensar nos assuntos ecumênicos; e considerá-los, inclusive, elementos marginais, irrelevantes na construção de uma identidade católica autêntica.
Um segundo elemento diz respeito ao fato que o ano de 2017 foi um ponto de virada do movimento ecumênico, já que, enquanto no mundo todo foi celebrado o 500º aniversário da Reforma, os protestantes e os católicos criaram eventos capilares de encontro, troca e debate, como nunca antes tinha se verificado. O balanço de tais celebrações contradiz totalmente a profecia de um declínio ecumênico.
Além disso, graças à virada imposta pelo próprio Francisco (caminhar juntos) na promoção de novas e mais intensas relações, bem como com os ortodoxos e protestantes das igrejas históricas e com os evangélicos que se encontram na galáxia pentecostal, o ano de 2017 poderia marcar a mudança de cenário ecumênico e começar uma nova fase das relações entre as várias Igrejas cristãs.
Claro, nem tudo é linear, e às vezes o dinamismo da Francisco pode ameaçar ofuscar as morosidades e preconceitos residuais de determinados setores da base católica. Assim como, no campo evangélico, resistem aqui e ali sólidos preconceitos antiecumênicos. No entanto, no cenário pós-moderno e pós-secular que a cada dia se consolida, o ecumenismo confirma-se como uma realidade que cresce silenciosamente nos fatos e nos comportamentos dos cristãos. Alguns chegam até a considerá-lo o caminho obrigatório para um cristão que queira fazer diferença no desafio do pluralismo e da globalização.
Para entender isso melhor, vamos voltar para o evento de Lund (31 de outubro – 1º de novembro de 2016), inauguração oficial do Jubileu Luterano e provável ponto de virada no plano ecumênico. Uma viagem eclesial, que as pessoas precisam entender bem: com estas palavras foi descrito pelo próprio Francisco, durante o voo de ida, dirigindo-se aos jornalistas. Duas ressalvas importantes e não casuais, para mais uma etapa desse pontificado para a qual o adjetivo de época, embora desgastado pelo uso, não parece exagerado.
Eclesial, no sentido de que em Lund se reuniram os representantes de dois irmãos, filhos de duas igrejas (e não de uma Igreja e de uma comunidade eclesial, como ainda timidamente se expressava o Vaticano II na Unitatis redintegratio, abrindo o caminho para décadas de ecumenismo em via dupla, para favorecer a relação com o mundo ortodoxo); mas também no sentido de que o que aconteceu trazia em si uma óbvia implicação sobre o que se entende por Igreja, se, por exemplo, for encontrada a força para agradecer a Lutero pelo que realizou a fim de que a leitura da Bíblia plasmasse qualquer identidade eclesial, não só a protestante; bem como pelos dons espirituais e teológicos recebidos através da Reforma.
Um evento - também - que as pessoas precisam entender bem, para evitar mal-entendidos ou ideias de que pudesse existir qualquer concessão para o inimigo, ideias bastante difundidas na web em sites ultraconservadores, para acolher, em vez disso, no abraço entre o Papa Bergoglio e bispo palestino Munib Younan, presidente da Federação Luterana Mundial, um momento agradavelmente evangélico: onde ambos os protagonistas podem legitimamente reivindicar serem pais misericordiosos e filhos pródigos reciprocamente necessitados um do outro, que se reencontraram, finalmente, depois de cinco séculos de feridas mútuas no ponto em que, como assumiram conjuntamente com franqueza admirável, "as diferenças teológicas foram acompanhadas por preconceitos e conflitos e a religião foi instrumentalizada para fins políticos". Continuando nos seguintes termos: "Através do diálogo e do testemunho comum não somos mais estranhos. Exortamos luteranos e católicos a trabalhar juntos para acolher o estrangeiro, para vir em auxílio daqueles forçados a fugir por causa de guerras e perseguições, e para defender os direitos dos refugiados e daqueles que procuram asilo".
Mas é preciso que as pessoas na base compreendam isso muito bem, para que os vários estímulos na relação intercristã, mencionados acima, transformem-se em histórias vividas concretamente nas Igrejas locais, paróquias, comunidades e pelos cristãos individualmente. Experiências que precedem e acompanham o diálogo teológico, tornando-o menos traumático e libertando-o de possíveis tendências ideológicas, frieza diplomática e lógicas politizantes, em uma jornada ecumênica em que Francisco está imprimindo quase um sentido de urgência, e um viés humano com reflexos eclesiais, mais do que diplomacia; até envolvendo as vozes da terra do povo.
A aposta, afinal, como é bem claro para o Papa argentino, não é insignificante, mas se trata da possibilidade, ou não, de resultar confiável aos olhos dos fiéis no Senhor Jesus, aos olhos do mundo.
Um terceiro ponto que é necessário avaliar diz respeito aos reflexos do que já foram notados no vértice, para saber como são vistos na base do ecumenismo. Especialmente porque aqui os sinais de um novo fermento são numerosos: não devem ser supervalorizados, como poderiam argumentar aqueles que estão acostumados a ver o copo meio vazio, mas seria injusto e míope subestimá-los.
Em 5 de dezembro do ano passado, houve a assinatura dos representantes de todas as principais Igrejas de um documento que oficialmente sanciona o início de uma Consulta ecumênica das Igrejas Cristãs presentes na Itália, que segue experiências semelhantes realizadas nos últimos anos em diferentes cidades, grandes e pequenas.
Não se trata de algo trivial, mas, na verdade, de algo já bem consolidado, que acostuma a pensar o cristianismo como um evento plural; que faz aflorar às diferenças óbvias (até mesmo numéricas) e conflitos normais, mas são abordados e gerenciados cada vez mais juntos como uma oportunidade valiosa para medir o grau de comunhão existente.
O novo organismo, no qual ainda está se trabalhando para uma sua melhor definição, de qualquer forma não será uma estrutura jurídica, mas um ponto de encontro estável que, como explicam os promotores, é "sinal da vontade de continuar ao longo do caminho percorrido nos últimos anos pelas Igrejas, com a intenção de ter um organismo de ligação e consulta mais rápido e ágil possível, a fim de intervir como cristãos sobre temas atuais ou de emergência e promover iniciativas conjuntas; um organismo, porém, que também possa ser reconhecido oficialmente por todas as partes em causa, portanto, pelas Igrejas envolvidas".
Simultaneamente, o ativismo inteligente do UNEDI (Serviço Nacional de Ecumenismo e Diálogo Interreligioso) da CEI (confederação episcopal italiana), liderada há alguns anos pelo presbítero Cristiano Bettega, está produzindo, ou promovendo, uma grande colheita de iniciativas: desde conferências de base (no curso de 2017, para acompanhar o ano luterano foram realizadas conferências, intensas e com grande participação, em Trento, duas vezes, e em Assis, por exemplo) até a criação de organizações regionais que reúnem os escritórios diocesanos para o ecumenismo (os últimos foram os das regiões da Liguria e Emilia-Romagna).
Certamente o Jubileu da Reforma foi um grande impulso para transpor o discurso sobre a redescoberta do outro também par o nível de base. "Houve centenas e centenas de reuniões, uma evangelização ecumênica muito forte", declarou Don Bettega. "Até mesmo os encontros mais restritos, foram simples, mas muito apaixonados: é um bom sinal de uma mentalidade ecumênica que aos poucos está se firmando".
Não só. Encontros tradicionais e consolidados confirmam e, aliás, melhoram a sua capacidade de atrair. As conferências ecumênicas de Bose, há muito tempo um marco de referência muito qualificado, especialmente no lado ortodoxo, e as do Instituto de Estudos Ecumênicos de Veneza, que atualmente está trabalhando em um projeto ecumênico sobre a teologia da hospitalidade, e aqueles constantemente promovidos pelo Instituto de teologia ecumênico-patrística de São Nicolau de Bari.
Sem esquecer o trabalho da SAE (Secretaria de atividades ecumênicas), a mais antiga organização existente no país, que nasceu logo após o Vaticano II graças a uma mulher corajosa, Maria Vingiani, e hoje liderada por Piero Stefani, que por sua vez sucedeu a Marianita Montresor, desaparecida prematuramente pouco mais de um ano atrás. A sessão de verão que organiza, há alguns anos encontrou um feliz abrigo em Santa Maria degli Angeli /Assis, e parece estar progredindo também em termos de número de participantes, hoje mais de 250, de quase todas as regiões.
Somaram-se a isso também os esforços de algumas associações, da Ação Católica até a FUCI que, em nível local e nacional, está investindo em cursos de formação de caráter ecumênico, promovendo, entre outras coisas, uma específica resposta a um problema que desde sempre tem afetado o movimento ecumênico, a questão da transmissão geracional e a presença dos jovens no mesmo.
Tudo isso, e muito mais, acaba sendo prontamente registrado no boletim informativo on-line Veritas in caritate, editado por Riccardo Burigana que justamente nas últimas semanas, atingiu a marca das cem edições. O que deve ser notado, em virtude do grande serviço que - cuidadosamente, pacientemente - está oferecendo, é seu objetivo precioso: fornecer uma imagem exaustiva quanto possível do que está acontecendo no mundo ecumênico na Itália, a partir do que ocorre, geralmente sem muito alarde, nas Igrejas locais, paróquias e outras comunidades. E é muito, muito mais do que um observador não envolvido diretamente no movimento ecumênico poderia supor.
Poderíamos então fotografar a situação existente, parafraseando a bela expressão da constituição conciliar Gaudium et Spes: unidos no essencial, livres nas coisas duvidosas, diferentes na expressão em multiplicidade de formas do mesmo evangelho (n. 92). Porque já hoje - apesar de tudo! - as diferentes igrejas vivem juntas, entre sucessos inesperados e decepções que perduram: uma convivência que não se assemelha à rarefeita delicadeza de uma irmandade monástica, mas à irmandade caótica e problemática de uma verdadeira família.
Por esse ponto de vista, como exortavam os teólogos do Grupo de Dombes, as Igrejas, todas, são chamadas a entrar em um “dinamismo de conversão”(1991); e a "superar a autossuficiência" confessional, como convida a Charta oecumenica (2001), no nr. 3.
Sim, para nós, cristãos imersos na cultura da pós-modernidade que vivemos a experiência de ser Igreja há mais de cem anos desde o início do movimento ecumênico e mais de cinquenta anos do Concílio Vaticano II, o diálogo ecumênico não deveria ser uma opção entre muitas, a ser ou não buscada, dependendo das estações, mas sim a forma comum de ser cristão hoje.
A busca da unidade por parte dos cristãos, não deveria ser lida como uma pura questão estratégica, adotada para angariar a força considerada necessária contra os outros, os não cristãos, ou (os chamados) não-crentes. Como declarava abertamente João Paulo II no Ut unum sint: " o ecumenismo, o movimento a favor da unidade dos cristãos, não é só uma espécie de ‘apêndice’, que se vem juntar à atividade tradicional da Igreja. Pelo contrário, pertence organicamente à sua vida e ação, devendo, por conseguinte, permeá-la no seu todo e ser como que o fruto de uma árvore que cresce sadia e viçosa até alcançar o seu pleno desenvolvimento" (n. 20).
E, como recordou há alguns anos (15/11/2010), na abertura da Assembleia plenária do 50º aniversário do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, o seu presidente cardeal Kurt Koch, "A esperança ecumênica é alimentada principalmente pela convicção de que o movimento ecumênico é a obra grandiosa do Espírito Santo; seríamos pessoas de pouca fé, se não acreditássemos que o Espírito levará à conclusão o que ele começou, quando, onde e como ele quiser. Com esta esperança, continuamos o caminho ecumênico, passo a passo. E isso, diante das inegáveis dificuldades da atual situação, já é bastante: é exatamente o que é exigido de nós. E isso é o essencial".
Tudo está resolvido, então? Evidentemente, não. Como foi corretamente salientado pelo liturgista Andrea Grillo a respeito das novas relações entre católicos e luteranos, refletindo do ponto de vista católico, "sem uma teologia da Eucaristia e do ministério à altura do desafio, não iremos muito longe". Em sua opinião, é claro que o gesto histórico feito por Francisco em Lund ainda está adiantado em relação às palavras com que foi possível comentá-lo; enquanto a irmandade que soube expressar e experienciá-lo está além dos conceitos e representações que podemos usar para descrevê-lo e avaliá-lo.
O fato é que, em menos de cinco anos, Bergoglio, corajosamente, deixou para trás o modelo de pedagogia dos gestos de João Paulo II, que traduzia a trajetória inaugurada pela Nostra aetate, e o diálogo das culturas de Bento XVI em resposta ao enrijecimento causada pelo temor do choque de civilização depois de 11 de setembro, para abraçar uma autêntica teologia dos gestos: redesenhando tão radicalmente o paradigma do encontro entre as igrejas, focando nos traços da experiência espiritual, de oração, da escuta, do serviço aos pobres e da caridade. Do caminhar juntos. Em uma palavra: a teologia, não aquela dos manuais, mas aquela - franciscanamente - da vida vivida.
No quadro esboçado até aqui, ainda que brevemente, o que emerge é que, hoje, não é possível ser um cristão sem ser ecumênico: o ecumenismo está escrito no futuro de todo o cristianismo; e seu futuro só pode ser ecumênico.
Infelizmente, no entanto, também devemos reconhecer que o ecumenismo ainda é, em todas as Igrejas, um evento em crescimento, mas ainda minoritário. E, se tantos diálogos entre as Igrejas estão em andamento, elas raciocinam e agem muitas vezes no sentido do monólogo, como se cada uma fosse a única Igreja existente.
Inclusive por essa razão, alguns comentaristas, durante o evento na Suécia, destacaram a necessidade urgente de trabalhar também em um determinado tipo de ecumenismo, talvez o mais difícil e delicado, o intra-católico: entre os crentes de devoção e fé diferentes, que o próprio Francisco está insistentemente estimulando para que encontrem a coragem de se confrontarem uns com os outros, rejeitando os receios relacionados com o sectarismo.
Navegando na rede, de fato, como mencionado, naqueles dias não era incomum se deparar com intervenções de católicos profundamente escandalizados pelo que aconteceu, como se a visão ecumênica da Bergoglio e a sua cultura do encontro - símbolos autênticos desse pontificado - não passassem de uma rendição ao espírito dos tempos, ou até mesmo um claro indício de um sinal real do relativismo ... orientado a uma progressiva protestantização do catolicismo atual
E não faltaram aqueles que inclusive aproveitaram o desmoronamento das igrejas por causo do terremoto no centro da Itália de 30 de outubro de 2016, para atacar frontalmente o papa em sua decisão de estender a mão para os irmãos luteranos.
Estilhaços desgovernados ou sinais de um rompimento que está se expandindo e que deveria ser abordado com a devida parresia?
Difícil de responder; enquanto permanece o fato de que agora, mais do que em outros casos, a bola está no campo daqueles que são chamados a traduzir as instâncias de abertura que surgiram no campo ecumênico, no quotidiano das nossas comunidades: bispos, padres, pastores (durante a costumeira Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, de 18 a 25 de janeiro, mas não só).
Eles saberão se mostrar à altura de tal projeto, tão ambicioso quanto necessário e inadiável? Ou preferirão continuar trilhando os mesmo caminhos seguros já conhecidos, sem abertura para os ditames do futuro?
Eis aqui as perguntas, literalmente cruciais, que nos entregam a conjunção entre as "duas jornadas" de Lund e o ano do jubileu luterano, potencial fechamento do que nos havíamos resignado a chamar de inverno ecumênico. Porque cada palavra e gesto, nos últimos meses têm sido como uma pedra, uma pedra usada para traçar um novo caminho, transitável não só por aqueles envolvidos na construção do ecumenismo, mas por todo homem e toda mulher abençoados pela graça de Deus. Depois de tantas pedras usadas para destruir, eis agora novas pedras para construir. Evidentemente, se o quisermos de verdade.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Após o inverno ecumênico... - Instituto Humanitas Unisinos - IHU