26 Janeiro 2018
Sobre a viagem do Papa ao Chile não é possível contentar-se com um único balanço, é preciso fazer uma "tomografia" para obter um resultado composto de vários elementos, que podem ser interpretados tanto em sua totalidade como individualmente, obtendo assim juízos inclusive opostos entre si. Expressando isso de outra forma: se no balanço total (peso bruto) da visita papal for incluído o episódio do bispo Barros (tara) a conclusão é negativa e a peregrinação do Papa Francisco aparece fortemente obscurecida pelo caso dos abusos sexuais. Se o balanço não incluir a questão Barros (peso líquido), a conclusão é positiva.
O comentário é de Luis Badilla e Francesco Gagliano, publicado por Il Sismografo, 25-01-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.
Isto permite dizer que a viagem de Francisco convenceu a maioria dos chilenos, mesmo que, antes da chegada do Papa, não expressassem muita empatia pelo encontro.
Mas se for considerado o episódio do bispo Barros, então a classificação sofre uma queda até se tornar negativa. Uma primeira pesquisa de opinião, de fato, descobriu que 61% dos chilenos considera que a visita do Papa foi positiva ("bom ou muito bom") excluindo "a tara Barros" (74% dos entrevistados desaprova a participação do bispo nos vários eventos do programa papal, enquanto aqueles que a aprovam estaciona em 14%). O 25% dos entrevistados pensam que a visita foi um "fracasso" e 12% fala de um "evento regular", isto é, sem momentos especiais de sucesso ou fracasso.
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Papa no Chile: peso líquido, bruto e tara. Um equilíbrio singular e único... - Instituto Humanitas Unisinos - IHU