• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Os astrônomos e a epifania. Magos ou pastores? Artigo de Guy Consolmagno

Mais Lidos

  • O consenso cresceu como uma onda: "Mais de cem votos para Prévost no Conclave"

    LER MAIS
  • A brilhante jogada do Conclave: o Papa Leão XIV é uma escolha à altura da tarefa da situação geopolítica. Artigo de Marco Politi

    LER MAIS
  • Vozes de Emaús: Leão XIV: a abertura do pontificado. Artigo de Pedro A. Ribeiro de Oliveira

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

05 Janeiro 2024

"A parte mais importante do relato dos Magos não tem nada a ver com a própria estrela. Depois de deixarem as suas casas e depois de terem encontrado Aquele que reconheceram como rei, eles fizeram uma coisa totalmente inesperada: voltaram para casa. Mas, como nos diz Mateus, voltaram por outra estrada. O encontro os mudou".

A opinião é do irmão jesuíta estadunidense Guy Consolmagno, diretor do Observatório do Vaticano, em artigo publicado no jornal L'Osservatore Romano, 06-01-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O texto foi publicado pelo Instituto Humanitas Unisinos - IHU, 07-01-2016.

Eis o texto.

A festa da Epifania é especial para nós, astrônomos. Dentre todas as pessoas que acorreram para ver o Salvador recém-nascido, somente os pastores e os astrônomos são lembrados de modo específico.

Naturalmente, essa fama tem um custo. A Epifania também é um tempo em que nós, astrônomos, somos bombardeados por pedidos para "explicar" a estrela de Belém. Johannes Kepler tentou, como se sabe, explicar a estrela como uma "nova" produzida pela conjunção de planetas.

No dia 9 de outubro de 1604, ele calculou uma conjunção de Marte, Júpiter e Saturno; na noite seguinte, de repente, naquela parte do céu, entre Júpiter e Saturno, apareceu uma estrela luminosa. Kepler chegou à óbvia mas errada conclusão de que, de algum modo, era a conjunção de planetas que causava a nova estrela.

Hoje nós identificamos aquela nova estrela como uma supernova, a última avistada na nossa galáxia. Entre outras coisas, essa supernova inspirou em Galileu uma série de lições sobre a astronomia e, no fim, levou-o à primeira utilização de um telescópio para estudar as estrelas. Era 1609, o mesmo ano em que Kepler publicou a primeira das suas famosas leis sobre o movimento planetário.

A ideia de utilizar essa supernova para explicar a estrela de Belém veio para Kepler depois de ele ter se deparado com um livro do polonês Laurentius Suslyga, que colocava o nascimento de Jesus em torno do ano 4 antes da era cristã. Presumindo que as grandes conjunções como aquele que ele tinha acabado de observar levariam a "novas estrelas" luminosas, ele decidiu procurar tal conjunção no tempo indicado para o nascimento de Jesus.

Não é de se admirar que ele a tenha encontrado. E ele não foi o último a fazer isso. Desde então, milhares de estudiosos amadores examinaram as tábuas das conjunções – e hoje os programas planetários dos computadores – para encontrar prováveis explicações.

O fato é que existe um número infinito de disposições planetárias possíveis ou de cometas ou de planetas que explodem que podem coincidir com os cálculos (igualmente numerosos) para determinar a verdadeira data do nascimento de Jesus. O resultado de uma pesquisa recente por "estrela de Belém" feita no site Amazon.com foi de mais de 4.000 livros e vídeos à venda sobre o assunto. E praticamente todos convencidos de que a sua argumentação é a correta.

Sem dúvida, a maioria dessas explicações – e talvez até mesmo todas – são meras coincidências, assim como a fortuita disposição dos planetas e da supernova que, em 1604, enganou Kepler.

Um livro que expressamente não tenta dar uma explicação astronômica é o escrito pelo colega jesuíta do Observatório do Vaticano, Paul Müller, e por mim. Em vez de discutir sobre qual conjunção funciona melhor, nós fazemos uma pergunta diferente: por que é tão importante? Não o fazemos de maneira impertinente. É interessante observar o que exatamente nessa história fascinou tanto inúmeras gerações de astrônomos e apaixonados.

Talvez, em parte, se trata da esperança de que a ciência possa "demonstrar" que a Bíblia diz a verdade; trata-se de uma falsa esperança, porque, falando como cientista, eu mesmo sei como essas provas podem ser frágeis (eu também não confiaria em qualquer religião pela única razão de que a ciência a "demonstrou").

Mas, em parte, certamente, deve ser por causa do nexo entre a glória das estrelas à noite e a glória do Salvador no meio de nós. É essa, estou certo disso, a conexão que Mateus tentava estabelecer. De fato, a minha experiência como cientista me faz aproximar o relato dos Magos com uma série completamente diferente de perguntas sem resposta. O que os levou a se pôr em viagem e a se afastar tanto das comodidades das suas casas? O que procuravam, na realidade?

Observando as motivações que animam muitos dos meus colegas cientistas, não é difícil para mim crer que os Magos poderiam ter sido movidos por razões diferentes, tanto profundas quanto profanas. Talvez, eles tentavam verificar a precisão das suas previsões astrológicas. Talvez, eles queriam se afastar de um chefe irritante e de uma vida familiar infeliz. Talvez, eles buscavam um rei digno da sua veneração.

Outro mistério para mim é como eles o reconheceram Jesus quando O encontraram. Na época, assim como agora, também, as pessoas imersas nos estudos, de acordo com um estereótipo, tendiam e tendem a estar menos em sintonia com as realidades da vida comum. Pelo menos para mim, um recém-nascido parece igual ao outro. Mesmo assim, eles souberam deixar os seus presentes para um menino pobre em uma manjedoura.

E, talvez, a parte mais importante do relato dos Magos não tem nada a ver com a própria estrela. Depois de deixarem as suas casas, por qualquer que tenha sido a razão, e depois de terem encontrado Aquele que reconheceram como rei, eles fizeram uma coisa totalmente inesperada: voltaram para casa. Para aquele chefe irritante ou para a vida familiar infeliz. Para aqueles chatos cálculos astronômicos.

Voltaram da sua busca de um rei, embora tendo-o encontrado. Mas, como nos diz Mateus, voltaram por outra estrada. O encontro os mudou. No entanto, não mudou a sua vida ou o seu trabalho, nem o modo em que eles descobriam a verdade. Os "sábios" eram estudiosos, assim como aqueles que hoje trabalham no observatório vaticano. Mas o estudo não é o único caminho para a verdade. Até mesmo os pastores descobriram o menino na manjedoura. Eles foram inspirados pelo canto dos anjos. E é estranho que hoje ninguém peça que os pastores "expliquem" esse canto!

O Pe. James Kurzynski, sacerdote da diocese de La Crosse, no Wisconsin, EUA, escreveu sobre esse contraste no blog do Observatório do Vaticano. O Pe. Kurzynski é um astrônomo amador, isto é, um sábio, mas também um sacerdote, um pastor de almas. No fim da sua reflexão, ele pergunta aos leitores: "Como vocês chegam à verdade? Vocês são um dos 'magos' que gravitam em direção à razão natural? Vocês são um 'pastor' submisso à revelação divina? Ou talvez um pouco de ambos?".

O relato dos Magos nos inspira a olhar para o nosso caminho. O que estamos buscando? Por que o buscamos? Como o reconheceremos quando o encontrarmos? E somos corajosos o suficiente para levá-lo de novo para casa quando o encontrarmos?

Leia mais

  • O astrônomo do Papa: “As estrelas nos dizem que a ciência e a fé andam de mãos dadas”. Entrevista com Guy Consolmagno
  • “É uma heresia ler a Bíblia como um texto científico.” Entrevista com Guy Consolmagno
  • “Nossas almas e nossa imaginação precisam ser alimentadas”. Testemunho de Guy Consolmagno
  • Epifania: não perca a “estrela” de sua vida!
  • Epifania do Senhor – Ano B – A manifestação universal do Filho de Deus na fragilidade de uma criança
  • Epifania do Senhor – Ano A – Depois da noite escura, o menino-esperança para todas as nações!
  • Epifania do Senhor – Subsídios Exegéticos
  • Epifania do Senhor - Ano C - Qual é a nossa estrela?
  • Epifania do Senhor – Ano B – O Senhor de todos os povos e nações
  • Epifania do Senhor do Natal – Ano B – Da periferia do Oriente chega a Luz para todas as nações
  • Segundo Domingo do Natal - Festa da Epifania do Senhor
  • Festa da Epifania do Senhor – Ano A - A manifestação do Amor de Deus na fragilidade e a ternura do Menino
  • Epifania do Senhor: Ainda é Natal! Comentário de Raymond Gravel
  • Epifania do Senhor: Casa aberta para todos. Comentário de Marcel Domergue
  • Epifania, manifestação da antirrealeza de Jesus
  • A viagem iconográfica dos Três Reis Magos
  • Caça aos três Reis Magos
  • Em busca de uma síntese integradora: os três reis magos
  • O mito global dos Reis Magos. Artigo de Piero Citati

Notícias relacionadas

  • Em um presépio. Reflexão de José Antonio Pagola

    A leitura que a Igreja propõe para esta Noite de Natal é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas, 2, 1-14. O teólogo espanhol[...]

    LER MAIS
  • Natal: O Rosto Humano de Deus

    LER MAIS
  • "Encontramos Deus em nossa própria humanidade"

    "O Evangelho tem algo muito forte, muito duro, que não cabe em nossa cabeça. A partir do primeiro Natal que houve na história, [...]

    LER MAIS
  • Natal: A humanidade de Deus e a divindade do Homem

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados