19 Abril 2018
De acordo com o sítio austríaco Kath.net, a Congregação para a Doutrina da Fé, presidida pelo arcebispo jesuíta Dom Luis Ladaria, com uma carta de 22 de fevereiro, teria recusado qualquer autorização que permita a intercomunhão, isto é, que o membro não católico de um casal misto possa tomar a Eucaristia.
A reportagem é de Il Sismografo, 18-04-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto
Em fevereiro passado, a maioria dos bispos da Alemanha aprovou a possibilidade de dar a comunhão ao membro luterano de um casal misto, e, a esse respeito, imediatamente foram feitas as devidas consultas ao Vaticano. Além das cartas da presidência do episcopado, também chegou ao Vaticano uma carta assinada por sete bispos.
No dia 22 de março, sete bispos alemães enviaram à Congregação para a Doutrina da Fé – especificamente ao seu prefeito, o arcebispo Dom Luis Ladaria, e ao presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, cardeal Kurt Koch – uma carta com a qual pedem esclarecimentos à Santa Sé sobre questões relativas à possibilidade de dar a comunhão, “sob certas condições”, a protestantes casados com católicos.
Discutiu-se amplamente sobre esse assunto na última sessão plenária do episcopado alemão (19-22 de fevereiro), e há alguns dias, na imprensa local, insiste-se sobre o fato de que o episcopado prepara um documento a esse respeito.
Durante a plenária, em particular, quem falou foi o cardeal Reinhard Marx, arcebispo de Munique e Freising, e presidente da Conferência Episcopal, que quis enfatizar que, como ficara claro desde o primeiro momento, tratava-se de uma sugestão ou inspiração para ser aprofundada.
Os signatários da carta são: o cardeal Rainer Maria Woelki, arcebispo de Colônia; Dom Ludwig Schick, arcebispo de Bamberg; Dom Konrad Zdarsa, bispo de Augsburgo; Dom Gregor Maria Hanke, bispo de Eichstätt; Dom Stefan Oster, bispo de Passau; Dom Rudolf Voderholzer, bispo de Regensburg; e, por fim, Dom Wolfgang Ipolt, bispo de Görlitz.
A carta dos sete prelados alemães se pergunta: tal decisão pode ser tomada por uma Conferência Episcopal individual ou é necessária uma “decisão da Igreja universal”, portanto, do papa?
Uma nota do arcebispado de Colônia que enfatiza a relevância dessa questão acrescenta: “Da perspectiva dos signatários (da carta), a matéria em questão é um assunto de tamanha centralidade para a fé e para a unidade da Igreja que se deveriam evitar as estradas nacionais, separadas, para alcançar, ao contrário, uma solução global, unificada e útil, através do diálogo ecumênico”.
De acordo com algumas fontes autorizadas, a resposta da Santa Sé, em particular dos âmbitos competentes e envolvidos na questão, já estaria pronta para ser enviada.
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Congregação para a Doutrina da Fé não autoriza intercomunhão defendida pelos bispos alemães - Instituto Humanitas Unisinos - IHU