02 Outubro 2017
O Papa Francisco nomeou o Cardeal Raymond Leo Burke entre os membros do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica. É uma notícia significativa, dado o papel que o cardeal assumiu no debate público dos últimos dois anos em relação aos Sínodos sobre a família e à exortação Amoris laetitia. Burke é um dos quatro cardeais signatários dos "dubia" e é também o único membro do Colégio dos Cardeais a ter repetidamente e publicamente falado de uma "correção formal" ao Pontífice.
A informação é de Andrea Tornielli, publicada por Vatican Insider, 30-09-2017. A tradução é de Luisa Rabolini.
O boletim da Sala de Imprensa do Vaticano anunciou a nomeação de cinco novos membros da do Tribunal da Assinatura Apostólica, o tribunal de última instância que julga em nome do Papa e é presidido pelo cardeal Dominique Mamberti. Em novembro de 2014, o atual Prefeito tomou o lugar de Burke, transferido para a Ordem dos Cavaleiros de Malta. Burke tinha sido prefeito do Tribunal desde 2008. A nomeação do prelado americano demonstra a estima do Papa por sua preparação canônica, já manifestada ao lhe confiar a nada fácil missão de recolher os testemunhos sobre o complexo caso das acusações de pedofilia contra o arcebispo de Guam, Anthony Sablan Apuron.
Junto com Burke foram nomeados membros e, portanto, juízes, o Cardeal Edoardo Menichelli, arcebispo emérito de Ancona, que foi por muito tempo um oficial do Tribunal e secretário particular do prefeito Achille Silvestrini. Depois foi também nomeado o Vigário emérito de Roma, Agostino Vallini, que foi Prefeito do Tribunal durante quatro anos, de 2004 a 2008. Entre os novos juízes nomeados por Francisco estão o arcebispo Frans Daneels, secretário do dicastério de 2008 a 2016 e o bispo canonista Johannes Willibrordus Maria Hendriks, auxiliar de Haarlem-Amsterdam.
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O Papa nomeia o cardeal Burke entre os juízes do Tribunal da Assinatura - Instituto Humanitas Unisinos - IHU