16 Março 2018
No mês de janeiro, o mercado formal de trabalho do Brasil teve resultado positivo, com criação de 77.822 postos de trabalho. Uma diferença significativa comparando com o resultado do mês anterior, que fechou 20 mil postos de trabalho. Também foi a primeira vez em que houve um saldo positivo no mês de janeiro desde 2014, quando foram criados mais de 29 mil postos de trabalho. Os dados foram divulgados em fevereiro pelo Ministério do Trabalho e Emprego, através do Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.
O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, acompanha a questão do trabalho e publica mensalmente notas contemplando os dados do Caged referentes à região do Vale do Sinos e Região Metropolitana de Porto Alegre.
Na perspectiva regional, o mercado formal da Região Metropolitana de Porto Alegre também apresentou saldo positivo, com 2.774 postos de trabalho criados em janeiro de 2018.
A Região do Vale do Rio dos Sinos teve saldo positivo acompanhando os resultados da RMPA e do Brasil, criando 1.765 postos de trabalho no mês de janeiro. O município que apresentou o maior saldo foi Sapiranga, com 492 postos de trabalho criados, seguido de Novo Hamburgo, que criou 399 postos de emprego e Dois Irmãos, que apresentou saldo positivo de 240 postos de trabalho.
Apenas três municípios fecharam postos de emprego: Nova Santa Rita, que fechou 115 postos, São Leopoldo, com saldo de menos 53 postos, e Sapucaia do Sul, com menos 22 postos de trabalho.
O setor que mais contribuiu para este resultado positivo no Vale do Sinos foi o da indústria da transformação, que criou 1.753 postos de trabalho em janeiro, seguido pelo setor de serviços, com saldo positivo de 242 postos de trabalho e o setor de serviços industriais de utilidade pública, que criou 127 postos de emprego.
O setor que mais fechou postos de trabalho foi o do comércio, que registrou saldo de menos 321 postos de emprego. Construção civil, administração pública e agropecuária, extração vegetal, pesca e caça registraram saldos negativos pouco expressivos.
Dos trabalhadores contratados em janeiro na região, 72,84% recebem até 1,5 salários mínimos, 16,40% recebem entre 1,51 e 2,0 salários mínimos e apenas 10,76% recebem mais que 2,0 salários mínimos.
Sobre o grau de instrução dos trabalhadores: 0,11% são analfabetos, 1,69% têm até o 5º ano do fundamental incompleto, 2,88% têm até o 5º ano do fundamental completo, 10,25% têm entre o 6º e o 9º ano do fundamental, 15,78% têm fundamental completo, 10,74% têm ensino médio incompleto, 47,13% têm ensino médio completo, 5,52% têm ensino superior incompleto e 5,90% têm ensino superior completo.
Os homens representaram 57,84% das admissões do mês de janeiro e as mulheres, 42,15%. Quanto à faixa salarial, as mulheres representam 32,63% dos 1.376 trabalhadores contratados com salários acima de 2,0 salários mínimos, mantendo a mesma desigualdade já explicitada na nota sobre o trabalho em 2017 no Vale do Sinos.
Fazendo um recorte na faixa dos trabalhadores que trabalham entre 41h e 44h, podemos ver que 82,25% das mulheres que trabalham nessa faixa recebem até 1,5 salários mínimos, enquanto 65,98% dos homens se encontram na mesma situação. Esse é mais um dado que indica a existência da desigualdade entre homens e mulheres no trabalho.
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Mês de janeiro tem criação de postos de trabalho no Vale do Sinos e apresenta remunerações desiguais entre os sexos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU