Através de dados do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul – Detran – RS, o Observatório das Realidades Públicas do Vale do Sinos – ObservaSinos identificou os números de acidentes e vítimas fatais no trânsito do Vale do Sinos.
A tabela 01 apresenta o número de acidentes fatais no Vale do Sinos por município e a sua variação durante os anos de 2011 a 2013. Em 2013, a região registrou 184 acidentes com vítimas.
No Vale do Sinos, o aumento das ocorrências foi de 2% nos períodos de 2011 para 2012 e 2012 para 2013. O Rio Grande do Sul apresentou aumento no número de acidentes em 1% de 2011 a 2012. Porém, de 2012 a 2013, houve uma queda de 4%, chegando assim a 1770 acidentes fatais no estado em 2013.
O município que registrou mais acidentes fatais na região foi Canoas com 33 casos. De 2012 a 2013 houve uma redução de 13% no número de acidentes fatais no município. Por outro lado, Novo Hamburgo apresentou alta de 29% em 2013 e alcançou a segunda posição na região em número de acidentes fatais com 31 ocorrências no ano.
Dois Irmãos teve a maior redução de 2012 para 2013, com 55%. Mas também teve o segundo maior aumento da região um ano antes, chegando a 175%. Apenas Sapiranga obteve um aumento maior, que foi de 220%. Nova Hartz e Araricá registraram apenas 3 incidentes fatais em 2013. Ivoti e Nova Santa Rita com 4 ocorrências também apresentaram a menor quantidade de acidentes.
A tabela 02 exibe o número de vítimas fatais na região. Os números são muito parecidos com os de acidentes fatais. Canoas mantém o maior número de vítimas em 2013, com 34 mortes, porém houve uma redução de 21% de 2012 a 2013 neste índice.
De 2012 a 2013 o Vale do Sinos registrou apenas uma morte a mais. Enquanto que o Rio Grande do Sul registrou queda de 5% no número de vítimas fatais. Nova Santa Rita passou de 2 em 2012 para 4 vítimas em 2013.
A tabela 03 contém o número de vítimas fatais por acidente fatal. A maioria dos acidentes fatais no Vale do Sinos ocasiona apenas uma morte. Assim, a maioria dos municípios possui uma morte (1,00) por acidente fatal.
Canoas em 2012 registrou o índice de 1,13, o maior da região, igualando-se ao índice do estado. Mas um ano depois o índice já voltou para 1,03. Em 2013, Portão registrou o maior índice da região com 1,20.
A tabela 04 divide as vítimas fatais da região por tipo de via. No Vale do Sinos, o maior número de vítimas ocorreu nas vias municipais nos três anos da análise. Em 2013, 100 pessoas morreram nas vias municipais da região.
Em 2013, todos os municípios da região registraram vítimas nas vias municipais. Nas vias estaduais 8 registraram vítimas, enquanto que nas federais foram 9 municípios.
Canoas, Novo Hamburgo e São Leopoldo – os 3 municípios com o maior número de mortes - registraram a maior parte das vítimas em vias municipais no período analisado. Novo Hamburgo registrou 21 mortes em 2013, sendo o município com o maior número de vítimas no ano nas vias municipais.
Porém, quando um município possui uma população maior que a outra é provável que também haja mais vítimas no trânsito. O índice relaciona a população com o número de vítimas para que os números de diversos municípios possam ser comparados. Deste modo, o índice de mortalidade no trânsito equilibra as populações. Mas é válido lembrar que em municípios com populações menores – como Araricá – uma única vítima já eleva muito o índice de mortalidade do município.
Nos 3 anos Araricá registrou o maior índice de mortalidade atingindo o pico em 2012, com 59 vítimas a cada 100 mil habitantes. O segundo maior índice em 2013 foi registrado em Portão, com 37 mortes para cada 100 mil habitantes. Foi o maior índice registrado pelo município no período analisado e houve um aumento de 12 pontos de 2012 para 2013.
O menor índice em 2013 foi registrado em Canoas com 10. Em 2012, o índice era de 13 para o município. Já Sapiranga detinha o menor índice em 2011, com 7 mortes para cada 100 mil habitantes. Porém, em 2012 subiu para 22 e em 2013 – ano em que o município registrou o terceiro maior índice para a região - caiu para 21.