Em 2010, no Brasil existiam 290.692 fundações privadas e associações sem fins lucrativos segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE em parceria com e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, com a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais - ABONG e o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas - GIFE. A partir da base nos dados do Cadastro Central de Empresas - CEMPRE do IBGE.
Foram analisadas instituições dos municípios com pelo menos cinquenta mil habitantes e que atendessem cinco critérios: (1) privadas, não integrantes, portanto, do aparelho de Estado; (2) sem fins lucrativos, isto é, organizações que não distribuem eventuais excedentes entre os proprietários ou diretores e que não possuem como razão primeira de existência a geração de lucros – podendo até gerá-los, desde que aplicados nas atividades fins; (3) institucionalizadas, isto é, legalmente constituídas; (4) autoadministradas ou capazes de gerenciar suas próprias atividades; e (5) voluntárias, na medida em que podem ser constituídas livremente por qualquer grupo de pessoas, isto é, a atividade de associação ou de fundação da entidade é livremente decidida pelos sócios ou fundadores.
Fundações privadas e associações sem fins lucrativos no estado do Rio Grande do Sul – RS em 2010 representam 8,7% em relação ao total destas no país. Nos sete municípios pesquisados do Vale do Rio dos Sinos representam 5,9% em relação ao total do estado.
Das 1.508 organizações pesquisadas em 2010 nos sete municípios da região a maior parte delas, 32,8%, foram identificadas como “Religiosas”, havendo grande concentração destas nos municípios de Canoas e Novo Hamburgo, 131 e 130 respectivamente.
O município que apareceu com o maior número de entidades relacionadas à cultura e recreação, pesquisa e educação foi São Leopoldo. Conforme a pesquisa nos municípios do Vale do Sinos não foram identificadas organizações com atuação no campo da “Habitação”.
16.910 pessoas ocupavam vínculos formais de trabalho nestas organizações naquele ano. Novo Hamburgo era o único município pesquisado onde 946 pessoas possuíam vínculo assalariado em organizações classificadas na área da “Saúde” e dois vínculos formais em organizações ligadas ao “Meio ambiente e proteção animal”. A média salarial destes trabalhadores no município e nestas organizações era de 2,6 salários mínimos.
Canoas foi o município que no período possuía mais vínculos assalariados, 39% do total de vínculos da região. Organizações de “Educação e pesquisa” e “Desenvolvimento e defesa de direitos” empregavam 3.732 pessoas, 56% do seu total. Sendo que, a média salarial para quem trabalhava na área de educação 7,11 salários mínimos e com defesa de direitos de 3,59. A médio de remuneração do município de Canoas era de 4,58 salários mínimos.
As mulheres representam 65% destes trabalhadores. São elas a maioria nas organizações relacionadas à “Assistência social” e o “Desenvolvimento e defesa de direitos”, 70% das pessoas ligadas às organizações classificadas nessas categorias. A média salarial dos trabalhadores, homens e mulheres, nestas organizações variam nos municípios pesquisados de 1,5 a 2,73 salários mínimos relacionados à assistência social e de 1,85 a 7,8 salários mínimos.
Dos 5.915 homens relacionados a fundações privadas e associações sem fins lucrativos 55,6% se encontram nas classificadas como “Educação e pesquisa”. A média salarial dos trabalhadores, homens e mulheres, nestas organizações de ensino variam nos municípios pesquisados de 2,34 a 7,11 salários mínimos.